domingo, 26 de abril de 2020


43º dia de isolamento social (COVID-19)


O meu filho M veio entregar-me à porta e de braço esticado a 1ª refeição inteiramente feita por ele. Muito faz o amor, antigamente não cozinhava! Ainda há pouco a I fazia a comida e agora ele deu um passo em frente. Estava muito bom!

Domingo, dia de reunião de família. Desta vez recebi o convite para o Zoom, "Concerto do Francisco".

Como de costume há sempre aspectos a melhorar à última hora mas connosco a assistir.
Começou o concerto, giro como o miúdo gosta de se exibir. Com 1 aula da professora de piano por semana e uma de repetição comigo, vê-se a olhos vistos como tem melhorado.
Com a flauta a mesma coisa, a repetição aqui é feita com a avó Zé e são 5 minutos por dia. Nota-se imensa evolução! Tudo por skype.
Nada como estudar e treinar para se melhorar.

E a conversa recaiu como era suposto sobre o dia de ontem, o 25 de Abril.
Vimos vídeo da Inês com a sua varanda engalanada com cravos feitos pelas miúdas e colados na janela, mais a do vizinho de cima com bandeiras e rádio aos berros. Todos cantaram a Grândola e ficou giro para recordar.
Cada um de nós também contamos a nossa forma de festejar.
O V., meu neto mais velho, não quis cantar mas recitou o poema do Zeca. Muito bem, até.
Falou-se de um dos filhos do Zeca, história engraçada porque tratava-se de uma paixão que ele terá tido pela M aos 15 anos, escrevendo-lhe cartas de amor mas nunca se tendo declarado ao vivo. Seria tímido mas já dormia com a criada. As cartas eram transportadas da sua casa para a da M pela criada antiga, carteira e guardadora de segredos.

E reparo que são quase horas de jantar e eu com a sopa por fazer. Assim se passou uma agradável tarde.