domingo, 17 de fevereiro de 2013

Aconteceu...piropo na cadeia, sem prisão

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O título desta fotografia é Piropo.
Català-Roca, fotógrafo espanhol (1922-1998) de quem eu nunca tinha ouvido falar até hoje, ao ir ver uma exposição dele no Centro Português de Fotografia do Porto.
Duas novidades num só dia, uma vez que este centro está situado na antiga Cadeia da Relação, recuperada pelos arquitectos Souto Moura e Humberto Vieira, onde eu também nunca tinha entrado.
Belíssimas obras, as fotografias e o espaço onde estão expostas! 
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Não sei qual foi o piropo que este homem lançou à mulher. Mas lembrei-me que há muito tempo soube de um que ao cruzar-se com uma mulher muito bonita mas muito pequenina segredou: Gosto, vou mandar ampliar.
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Ainda se dizem piropos? 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Aconteceu...no meio de dias de chuva, haver um com sol


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Merece a pena uma visita ao Parque Almorol de Escultura contemporânea.
Um parque grande junto ao rio Tejo, em Vila Nova da Barquinha ganhou um prémio de arquitectura paisagista em 2007.

Verde muito verde pelo tapete, ao lado do azul das águas do Tejo, tem espalhadas várias esculturas de grande porte.
Elegi esta, de José Pedro Croft, 2012. Três paralelipípedos de aço, reflectem o exterior, árvores, relva, céu e o que mais ao seu alcance estiver. Embora estejam fixas, o reflexo varia. Nesta primeira, no céu um avião que passava deixando um rasto recto branco, ganhou curvaturas no aço.
Pela data da escultura, parece ser um parque que se vai construindo, acrescentando novas esculturas.
Muito bonito!

E para quem não leva pic-nic, umas enguias fritas com açorda de tomate ali num restaurante perto, foram um muito bom final.   

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Poema - Manuel António Pina

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O PÁSSARO NA CABEÇA
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Sou o pássaro que canta
...
dentro da tua cabeça
que canta na tua garganta
canta onde lhe apeteça

Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
mesmo as que julgas que não

Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada

E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão

e ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.