segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Galeto e coisas de adolescentes

 

259º dia do recomeço do blog

Interessante a Visita Guiada ao Snack Bar Galeto, em Lisboa. Não se pôr aqui mas pode-se ver no RTP Play episódio 20.


Lembrei-me de uma ida lá, estava na moda e eu teria uns 15 ou 16 anos. Fui com a Ana P que era minha colega de liceu. Muito feiosa, magra e pequena, descuidada no seu arranjo, forma de andar e de falar, era um autêntico rapazito.

Chegadas lá, escolhemos um banco frente a um dos balcões em contínuo mas com mudança de direcção, e lá pedimos já não sei o quê. A Ana ía a mastigar pastilha elástica, retirou-a da boca e colou-a na parte de baixo do balcão. Quando acabámos a nossa estadia ela quis recolher a sua pastilha. Procurou no sítio onde a tinha posto e encontrou...várias. Mexeu e remexeu e retirou uma que pôs na boca. Exclamou sem recato "Esta é a minha, porque é a que está mais mole". E saímos a rir como é próprio daquela idade.

Nunca mais a vi.

Quanto ao Galeto, não sendo um sítio que frequento, já lá fui em ocasiões em que era o único aberto nas redondezas.

domingo, 29 de novembro de 2020

Com 1 ano de diferença

 

258º dia do recomeço do blog

Escrevi isto noutro local há exactamente um ano. Claro, isto mudou muito, mas aquele dia também foi excepcional!

29-11-2019

- " Casa, metro Colégio Militar, saída S. Sebastião, Corte Inglês.

- Almoço piso 7.

- Filme "Um Dia De Chuva Em Nova York". Gosto sempre dos filmes do Woody Hallen!

- 45 minutos de passeata pelo CI.

- Filme "Passámos Por Cá". Um filme de Ken Loach a não perder. (Para mim e por razões profissionais, assunto mais que conhecido mas muito bem feito!)

- Presunto, pão e vinho no CI.

- Metro até Colégio Militar.

- Casa

Dia de chuva? Parece que houve mas não a senti. "

29-11-2020 

Não saí de casa. Houve chuva que vi pela janela e tempestade com raios e trovões que ouvi. O livro que estou a ler prendeu-me tanto que são quase 19h e continuo agarrada. Uma história de aventuras com piratas, inspirada na vida de Henry Morgan, muito bem escrito por John Steinbeck.

Coitados de quem precisava de trabalhar para ganhar, este dia de confinamento e recolher obrigatório às 13h. Isto está mau! 

sábado, 28 de novembro de 2020

O que não vale uma boa ideia!

 

257º dia do recomeço do blog

Terá sido na Índia a primeira vez que vi  a artífices a trabalhar na rua. Associamos à pobreza ver uma máquina de costura no passeio com um homem a costurar, um sapateiro com os utensílios no passeio, sentado no chão. E outras profissões.

Em Marrocos, na praça Jemaa el-Fna de Marraquexe, vi de tudo, eventualmente menos organizado que na Índia. "Dentistas", barbeiros, intervenção não médica a doentes, nomeadamente mentais.

Hoje, caí num anúncio português do sapateiro expresso móvel, que tem o seu atelier não num vão esconso de um prédio como era habitual mas numa carrinha apetrechada e que pára em certas ruas conforme as marcações. Para além de arranjar sapatos e malas, faz chaves, matrículas de carros e outras coisas. Tem uma oficina como há nos centros comerciais mas móvel. Achei o máximo, uma evolução do trabalhador de rua e também a facilitar ao cliente uma vez que vai ao seu encontro. Pode ser contactado por telemóvel, redes sociais, e-mails. Já foi finalista de  vários prémios pela ideia que desenvolveu e pôs em marcha. 

Li também que tem contratos com hotéis e empresas.

Dei comigo a pensar que em 2020 só comprei ténis, sapatos que não precisam de sapateiro. Com o teletrabalho em que tanta gente está, o uso do sapato deve ter diminuído.

No Brasil este sistema já existe. Mas lá, a classe média vive em condomínio e acredito que tenham mais trabalho por aí. Os anúncios nas carrinhas são variados, seja sapateiro, hospital dos sapatos e outros

Por cá será mais um a sofrer com a crise?

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Memória de prazer

 

256º dia do recomeço do blog

Não é tão frequente como se calhar apetecia, mas hoje almocei com os meus filhos.


O trabalho e os horários impedem um almoço assim, até porque mais habitual é ser com a família toda, o que também é muito bom. 

Numa altura em que não entendo completamente a razão, os restaurantes estão limitados no seu trabalho, fazer o que fizemos hoje é um acto de solidariedade para com eles.

E se se come bem no Galito, na Quinta da Luz, em Lisboa.

Atendendo aos riscos da covid-19 ficámos na pequena esplanada, com poucas mesas, e protegida do frio, tanto mais quanto tem aquecedores de exterior.

Falou-se, riu-se e deliciámo-nos com as iguarias. Iniciou-se a refeição com omelete com farinheira, seguiu-se aquele galo de tomatada, com batatas  fritas e migas de espargos. O gin e o vinho alentejanos são bons, a sericaia e o café completaram o festim.

Ah, esquecemo-nos de tirar uma fotografia a nós. Fica a memória do prazer.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Maldita Cocaína, morreu Maradona

 

255º dia do recomeço do blog

Foto retirada do Blog Duas ou Três Coisas

Ontem morreu o Maradona. Se me interesso um pouco por futebol é que tive marido e dois filhos, todos amantes deste desporto. 

Vi muitos jogos com eles, gozavam às vezes comigo quando já o jogo ia avançado e eu perguntava de que lado era a baliza de um dos clubes em jogo. Eu acho que percebia muito mais de futebol do que eles julgavam e esse treino que com eles fiz deu-me muito jeito no meu trabalho profissional. Para muitos miúdos que segui era assunto que lhes interessava e atrás dessa conversa outras se seguiam para os entender e ajudar a ultrapassar as dificuldades que os tinham levado até mim.

Por isso conheci o Maradona e agora que morreu, ontem, pude rever jogadas que a televisão passou. Feio, baixito e até simiesco de corpo, cortava a respiração vê-lo jogar. Passos quase impossíveis, velocidade de resposta e resistência e por fim, pontaria e golo.

Só fico com pena a pensar que algumas destas qualidades se deviam à cocaína.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Ainda as vacinas contra a covid-19

 

254º dia do recomeço do blog


Ainda não estão feitas, aprovadas, estudadas as contra indicações, a logística e mais. Mas até os negacionistas as querem já.




terça-feira, 24 de novembro de 2020

Filme - Mommy, mamã na tradução portuguesa.

 

253º dia do recomeço do blog


Neste estado em que me encontro, aposentada e em confinamento, estou quase sempre em casa. Passei a ver mais filmes na televisão, mais um filme e eventualmente uma série por dia do que antigamente.

A RTP2 dá muito bons filmes, tardios é verdade. Mas como estou por aqui, vejo quase sempre na manhã do dia a seguir.

Hoje vi o Mamã, título original Mommy, de Xavier Dolan, canadense, nascido em 1989, portanto 10 anos mais novo que o meu filho mais novo. Os seus filmes anteriores, porque já fez 5 filmes apesar da idade, têm sido premiados em vários festivais incluindo Cannes.

O que me chamou a atenção foi o título do seu 1º filme, "Eu Matei A Minha Mãe", que não vi. 

Da sua história pessoal li que tinha sido uma criança/jovem hiperactivo e impulsivo. E eu julgo ser possível que esse 1º filme e o que vi hoje serem de alguma maneira partes desse seu problema.

Sabemos que a repetição de temas pelos artistas, que são aqueles a que temos acesso através das suas obras, são sinais de traumatismo psíquico mas também tentativas de os elaborar.

Não vou falar do filme Mamã, filme pesado mesmo para quem trabalhou sempre na área que ele aborda. No entanto no início do filme é apresentado um diagnóstico de Hiperactividade, como já disse. Nunca gostei de rótulos pedopsiquiátricos nas crianças, e no filme vê-se bem como há "tanta coisa" por ali e que ajuda a uma compreensão mais global da situação, nomeadamente a relação familiar muito disfuncional, neste caso com a Mãe viúva e educadora única. Ambos com aspectos depressivos mascarados pela incapacidade de contenção dos impulsos, seguidos de culpabilidade.

O Canadá até tem uma escola de pedopsiquiatria considerada, mas neste filme só se vê o internamento, com uso colete de forças dos antigos e não o químico. E nenhuma outra intervenção. É cinema. Pela forma como acaba o filme, com o jovem a fugir do hospital, certamente para ir procurar a mãe, fica-se com a fantasia que a situação se perpetuará infinitamente. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Uma palavra de tranquilidade aos portugueses?

 

252º dia do recomeço do blog




Estes últimos dias já ouvi o Sr. Presidente da República, o Sr. 1º Ministro e a Sra. Ministra da Saúde falarem nas vacinas contra a covid-19 e situarem-nas para Janeiro.

Não nos esqueçamos que estamos a 23 de Novembro. A seguir será Dezembro e depois Janeiro. Não acredito neste prazo de Janeiro. As vacinas costumam demorar anos para se estudar tudo o relacionado ela, esta está há meses. Que garantias? 

Hoje dei-me ao trabalho de ter uma atenção redobrada para ouvir a Sra. Directora Geral de Saúde responder a uma pergunta sobre as vacinas. Assim:

- Não há uma única vacina, há várias vacinas, que são todas diferentes.

- Feitas com tecnologia diferente e têm indicações diferentes.

- E essas indicações na Europa ainda não foram aprovadas pela agência europeia do medicamento.

- Há pelo menos contratos celebrados com 4 empresas, 2 outras estão em vias de entrarem nesta pool de fornecedores de vacinas.

- Está a ser estudada toda a logística do transporte , rede de frio, local de armazenamento, de distribuição. Depende de onde venha a vacina, de outros países e dentro do nosso país, pontos de armazenamento e postos de distribuição.

- A estudar cada vacina, a quem se destina, a duração da imunidade, quem vai ser elegível para a levar.

- Se a imunidade se aplica apenas à pessoa que a leva, só para ela ou para os seus contactos.

"Uma palavra de tranquilidade aos portugueses."

Tranquilidade? Uma grande incerteza, isso sim!

domingo, 22 de novembro de 2020

O Zoom ajuda

 

251º dia do recomeço do blog


A vida não pode parar. É diferente e julgo que vai ser durante muito tempo. Mas temos de criar soluções, como ontem a Boutique da Cultura fez para rodear a dificuldade/proibição de juntar gente.

Estava marcado o lançamento do livro "Hoje Não Te Posso Abraçar" escrito por Maria Dias e ilustrado por Glória Rosa. Ainda não o tenho nem folheei, vi-o pela net, com capa preta como acharam que o assunto e o momento era adequado.

Era para ser presencial mas a altura não é adequada. Fizeram então por zoom.


Marquei-me com uma bolinha, sentada no meu sofá de orelhas. Cerca de 40 pessoas, ouviram-se as autoras. a Glória que não é uma ilustradora profissional falou um pouco sobre as dificuldades que se lhe levantaram mas também na ajuda que este trabalho lhe deu para este tempo de recolhimento que temos há meses.

E é isso mesmo, temos de nos ocupar, entreter, o tempo parado custa mais.

Foi um bom serão. 

sábado, 21 de novembro de 2020

Sábado, mais um com recolhimento

 

250º dia do recomeço do blog


Mais um fim de semana com regras de confinamento, às 13h fecha tudo, e é hora de recolher. Até às 5h da madrugada. Sobram as farmácias, pequenas mercearias e mais umas outras.

Está um sol lindo! Não fosse isto e estava todos na praia.

Levantei-me mais cedo, peguei no carro e decidi ir ao mercado de Alvalade buscar hortaliça arranjada e talvez peixe. Nem parei o carro! Imensa gente nas ruas, filas para quase tudo, engarrafamento de carros. De regresso a casa passei pelo jardim do Campo Grande. Sem estar atafulhado de gente havia quem corria, jogava ténis, passeava. Muito bom!

Moro numa espécie de condomínio, digo assim porque nenhuma rua no seu interior tem saída, pelo que vem quase quem cá mora ou quem nos visita. Uma tranquilidade enorme. Alvalade está na moda mas aqui está-se muito melhor. Também temos jardim, campo de futsal, parque infantil, uma ciclovia passa pela rua lateral, enfim, os equipamentos necessários. Se quiser passear temos mesmo ao lado restos de quintas, o pulmão de Lisboa que é Monsanto, um bom passeio um pouco mais longe mas que se faz a pá.

Esqueci-me da igreja, a dois passos. Como tenho a janela aberta para entrar o ar e o sol, ouvi agora o sino a dar as horas, 12h, com a música do Ave, Ave, Ave Maria, completa. Uma pessoa sente-se numa aldeia com este sino.

E antes que sejam 13h vou ali ao lado comprar flores à D. Maria do Céu que está sempre ao pé do coreto. Depois do Ave que outro nome podia ela ter ? 




Com a casa enfeitada, estou preparada para aqui ficar por aqui até amanhã.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

A solidão e o traumatismo. Humor nestes tempos precisa-se!

 

249º dia do recomeço do blog


1 - 9h da manhã, vou à janela e lá está a Lourdes sentada no murinho em que termina o passeio. A seu lado o seu cãozinho de raça, pêlo branco muito bem tratado, sentado a seu lado. Sempre a fazer-lhe festas. Ontem quando fechei a persiana, à noite, também lá estavam. Desde que não chova lá estão. Os dois. A dois passos ficam as escadas da entrada para o prédio do condomínio, classe média alta onde moram. Não vou tirar conclusões mas o sentimento de tristeza está presente em mim.

2 - Chamaram-me a atenção para um filme que passou há dias na RTP2. Fui esta tarde à gravações e pus-me a vê-lo. As Crianças de Windermere. Crianças e adolescentes judeus saídos de campos de extermínio nazis salvaram-se e são levados para Inglaterra. No filme há tentativa de recuperação do traumatismo que têm dentro deles. No centro onde foram colocados há desporto, arte, psicologia grupal etc. Baseado em testemunhos deles, quando adultos. E o futuro que construíram. Muito emocionante. 

Quando comecei a ver estive para desistir. Nesta fase preciso mais de Jerry Lewis, Louis de Funès, e outros cómicos para nos darem outro humor. Mas ainda bem que cheguei ao fim.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

O trabalho e o desencanto

 

249º dia do recomeço do blog

É triste ver hoje a discussão dos médicos novos sobre o trabalho, as condições de trabalho e de remuneração mas também o pensar/desejar a reforma.

O empenho da minha geração, a iniciar o trabalho pouco depois do 25 de Abril, com um mundo inteiro por fazer, era um ânimo que nos dava, um entusiasmo total. Não pensávamos em horário, era quando fosse preciso. Dia e noite se necessário. Sei que não posso generalizar, nem todos. 

Mas éramos respeitadas. O médico, o professor e o padre! E hoje? Trabalham que se fartam, muitos com risco da sua saúde aumentado pela Covid-19, ordenados cortados na crise P. Coelho assim como o pagamento das horas extraordinárias. Os professores, perderam a consideração que por eles tinham, até há pais que lhes batem. Quanto ao cura  há muito mais religiões de porta aberta que havia e não tenho conhecimento de avaliação do apreço que lhes têm. 

Trabalhei 40 anos como médica. Reformei-me nessa base acrescentando a idade exigida e que eu também cumpria. Só comecei a desejar a aposentação uns dois anos antes de a atingir. Até lá sempre disse que iria trabalhar até aos 70 anos, idade limite, o que não cumpri. 

Coitados dos mais novos!

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Milho de norte a sul

 

248º dia do recomeço do blog

Um dia destes telefonei para uma amiga minha que mora no norte. Cozinha muito bem! Desafiava-me então para ir lá comer os milhos e as couves que estão óptimas porque já há geada, coisa essencial para ficarem tenras.

Milhos? Acho que nunca comi, disse-lhe eu. Milho grosseiramente moído, com carne de vinha d´alhos e couves. Lá fui procurar no sr. google. Vi um vídeo e confirmo, nunca comi.

E se as palavras são como as cerejas, milho também o é.

Em casa dos meus pais, em Lisboa, fazia-se uma ou duas vezes e só no inverno uma sopa que aquecia e satisfazia. Papas de milho com couve. Era delicioso. Já comi num restaurante ribatejano o chamado requentado, sopa de feijão com couves e farinha de milho. A mesma inspiração.

Andando mais para o sul, quando estou no Algarve faço às vezes xerém. Lá, compro no mercado da Quarteira os bivalves que vêm com água do mar. Nunca ficam com areia. A água da cozedura aproveita-se para juntar ao refogado de tomate e misturar a farinha de milho mas não completamente em pó, depois os berbigões que tirei da casca e por cima camarões fritos em azeite e piripiri. 

E quase sem dar por isso, fiz um tour por Portugal.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Um dia do "novo normal"

 

247º dia do recomeço do blog

Achei que tinha de fazer um dia do "novo normal". O dia estava lindo, céu azul, sol brilhante e quente quando de frente, porque não aproveitar este verão de São Martinho?

Está em Cascais uma exposição organizada pela Bel-Air Fine Art, na marina de Cascais, que junta obras de várias galerias estrangeiras para vender. Não querendo comprar nada e regulando-me pelas regras anti corona vírus resolvi ir.


Esta, de Paul Sibuet (D 1986), escultor francês que eu não conhecia, achei-lhe graça. Ao ar livre, a escultura feita de resina com tintas. E tem lá várias trabalhando o mesmo tema, tintas a escorrer.


Também em resina, de Idan Zareski (DN 1968), francês israelita, terá vivido em muitas partes do mundo e as suas esculturas refletem as suas experiências de vida. São várias as que estão ali representadas. As cabeças são sempre do mesmo modelo mas com diferentes expressões. Li depois na net vi que tem muitas suas obras expostas na rua em lugar público. Gosto disso.

Na sala interior, que vi mais rapidamente atendendo às regras que são aconselhadas e embora quase sem mais pessoas, estão litografias, tapeçarias de artistas que conheço e outros não. Dali bem representado. Em tamanho pequeno esculturas de Jeff Koons, protegidas por caixas de vidro. 

Não sei preços, não sou compradora.

O passeio que se seguiu à beira da marina de Cascais soube muito bem. A vila de Cascais e as vistas que daí se podem alcançar são do melhor que conheço.

Foi muito bom! 

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

O futuro tem de ser diferente.

 

246º dia do recomeço do blog

Não deixa de ser curioso que no fim-de-semana de regras de confinamento maior, sem ninguém na rua depois das 13h e recolher obrigatório durante a noite até às 6h da madrugada eu só tenha posto "anedotas". 

Habituada a tentar compreender o que vai dentro de mim, embora possa parecer que não estou nervosa, a necessidade de pôr o aparelho que me impede de estar sempre a ranger os dentes, mesmo durante o dia, o adormecer muito tarde e acordar às 5-6 h da manhã, sem sono e não o ter nem para fazer uma sesta depois do almoço são sinais a ter em conta.

Acredito na gravidade de um vírus que sabemos agora que se transmite de pessoa para pessoa com uma força enorme. 

Ouvimos opiniões de um especialista, de outro e outro. Eles são intensivistas, virulogistas, de saúde pública, pneumologistas etc. Opiniões divergentes, acusatórias, números e mais números, de mortos, infectados, internados etc. Mais os que nada sabem e também poluem com opiniões.

Se no início desta pandemia eu ouvia e tentava compreender os relatórios técnicos diários, actualmente quase evito fazê-lo. Não, não é enfiar a cabeça na areia mas diminuir a minha ansiedade. As opiniões são diferentes porque muitas vezes têm alvos diferentes.

Hoje ouvi uma mesa redonda com um professor de saúde pública. O que falou são coisas básicas da organização da saúde pública, sim, ok mas agora? Agora estamos num período de doença aguda!

Li hoje um artigo interessante que saiu no jornal Público de um grande senhor da saúde pública, Constantino SaKellarides. Cito e termino por hoje " Por isso, este é também o tempo de, independentemente dos nossos posicionamentos políticos e de juízos mais ou menos informados sobre o que correu melhor ou pior no passado, dar força e alento aos que nos governam, valorizando com apreço o seu enorme esforço e determinação em servir o país em condições de dificuldade extrema."

domingo, 15 de novembro de 2020

2º dia de recolher obrigatório

 

245º dia do recomeço do blog




sábado, 14 de novembro de 2020

Dia de recolher obrigatório.

 

244º dia do recomeço do blog



sexta-feira, 13 de novembro de 2020

A incerteza é lixada!

 

243º dia do recomeço do blog

A confusão continua. 

Chamaram-me a atenção para uma entrevista que uma médica deu ontem na televisão. É uma negacionista e tem, como outros, um processo posto pela ordem dos médicos. Pela forma como fala, a ausência de capacidade de mostrar que pensa, tons quase como guinchos volta não volta, uma vergonha. Sem nenhuma capacidade de se basear na ciência foi um mau serviço que prestou. E daí não sei, quem tiver uns dedos de testa verá as incongruências e a perturbação psicológica da senhora.

No mesmo programa falou um jornalista, do grupo jornalistas pela verdade. Quando lhe foi perguntado se tinha carteira de jornalista disse que não. Então?

Estes que se intitulam pela verdade estão a prestar um péssimo serviço ao desvalorizar a gravidade da situação. 

O Zé Pataco é um restaurante que conheci há muito anos, numa viagem de estudo geológico em que me inscrevi. Fica em Canas de Senhorim. Era um pequeno restaurante onde se comia muitíssimo bem. Anos mais tarde arranjaram um novo espaço, com duas salas, mas sempre com o mesmo nível de qualidade da comida e do atendimento. Julgo que só um dos funcionários que servem nas salas não é da família, 3 filhos e 2 noras. O pai é o cozinheiro certamente com alguns ajudantes. Hoje li uma mensagem da filha Isabel a pedir para que as pessoas continuem a ir. Lá respondi que é longe, não dá agora mas tenho saudades do que lá se come a da forma como somos recebidos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Mas que grande confusão!

 242º dia do recomeço do blog

Mais Concelhos de Risco acrescentados à anterior lista. Em rodapé na RTP1 está a passar esta lista, que continua.

Mas qual será a lógica usada na divulgação? Ordem alfabética? Não. Distrito? Não! Zona de Portugal? Não. Um bom exemplo da informação Covid-19 a que já nos estamos tristemente a habituar e a ficar confusos.

Penamacor, Murtosa, Lamego, Vila Real de Sto António, Albufeira, Carrazeda de Ansiães, Elvas, Vila Nova de Paiva, Alvaiázere, Tábua, Portalegre, Portimão, Ansião, Tavira, Lagos, Aljustrel, Anadia, Sátão, Manteigas, Freixo de Espada à Cinta, Figueira de Castelo Rodrigues...

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Os negacionistas não têm medo?

 

241º dia do recomeço do blog

Tenho um profundo desprezo pelo Bolsonaro, Presidente do Brasil. Bruto, inconveniente, anti científico, e tantas outras coisas que me fazem detestá-lo.

Hoje num discurso disse, desvalorizando a covid-19, que não podemos ser uns maricas, cheios de medo.

Esta tarde entrei num prédio e no hall estava uma senhora à espera do elevador. E quando ele chega ela pergunta-me em brasileiro se vou para cima, convidando-me a entrar...com ela. Saiu-me, "muito obrigada mas eu sou maricas". 

E fiquei a rir-me sozinha. Se a senhora não tinha ouvido o bolsocoiso, que terá ficado a pensar?

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Pandemia e prevenção na saúde. Está a existir?

 

240º dia do recomeço do blog

Antes de mais quero afirmar que acredito na pandemia da Covid-19, muito grave.

Mas começo a preocupar-me a sério com as medidas tomadas pelo governo para lutar contra ela. Não compreendo a sua lógica. Confinamento, recolher obrigatório com muitas excepções. Nos dois próximos fins de semana ficaremos encerrados a partir das 13h. 13h? Mas que hora é esta? Porque não 15h ou 16h? Isto irá cortar de facto o contágio? 

É que ou há saúde ou economia, nestas condições, é difícil ou mesmo impossível conjugar. Bem diz o ditado, não se pode ter sol na eira e chuva no nabal.

Muito preocupada fiquei quando o Presidente Associação Portuguesa dos médicos de medicina geral e familiar (mgf), propõe que as consultas de vigilância sejam adiadas.

Aos mgf foram-lhe pedidas tarefas impossíveis de realizar. São eles que trabalham nos centros de saúde, que pelo telefone controlam todos os doentes infectados por covid-19 que se encontram em casa. Depois são eles que preenchem vários formulários para cada doente. Que tempo lhes sobra? Estão a rebentar pelas costuras. 

Quanto aos utentes deles, coitados, pouco lhes podem fazer. Pelo telefone maioritariamente, lá enviam os medicamentos pelo telemóvel.

Uma das actividades importantes em medicina é a prevenção. Avaliar e rever as pessoas para conseguir evitar que qualquer problema a começar não fique a crescer sem vigilância ou tratamento.

Ora o que hoje foi proposto pelo mgf que falou é que as consultas de vigilância sejam adiadas. Atrasadas já estão, adiadas é acabar com elas?

No início da pandemia a Ordem dos Médicos pediu voluntários para trabalhar. Ofereci-me mas nunca fui chamada. Pela idade? Pela minha especialidade?

Ora eu já não saberei fazer medicina directa, há muitos anos dedicada a uma pequena franja de doentes específicos. Mas não saberíamos, eu e muitos outros, fazer o trabalho burocrático que tanto tempo leva aos mgf? Iso anda mesmo mal organizado! 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Malandra da gaivota

 

239º dia do recomeço do blog

Esta foto foi tirada com o meu telemóvel de baixo para cima. O que vemos é uma gaivota pousada numa lona de correr que tapa uma esplanada. Estava um pouco corrida deixando com um espaço aberto por onde entrava ar, luz e sol.


Continuando, por baixo, apanhando o sol estava uma mesa com 4 pessoas a almoçar.

Tinha chovido pouco tempo antes e a gaivota ao poisar fez com que a água depositada na lona caísse inesperadamente em cima dos clientes.

Coitados, ficaram que nem um pinto...ou que nem gaivota. Foram malas, casacos, eles próprios todos molhados. 

Mesmo assim ainda mudaram de mesa para comer a sobremesa e o café.

Quanto à ave ficou lá em cima num ritual de limpeza das penas que durou imenso tempo. Infelizmente como era com o bico que se lavava, a cabeça estava sempre baixa, só por breves instantes a deixava ver e a foto foi o melhor que se pôde.

domingo, 8 de novembro de 2020

Bom que seja

 

238º dia do recomeço do blog









sábado, 7 de novembro de 2020

 

237º dia do recomeço do blog


Muito bom poder ver sentada no sofá um concerto em directo da Fundação Calouste Gulbenkian. Pela internet.

Foi o meu fim de tarde, o prazer de ouvir uma obra em estreia, baseada nas Cartas de Soror Mariana. Orquestra com uma excelente soprano, e um coro de três outras, tapadas como as freiras. Ah, e a orquestra e o maestro de máscara na cara excepto os sopros. Muito bom!

A 2ª parte foi a 2ª Sinfonia de Beethoven. 

Depois do jantar televisão. Assisti ao debate entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, realizado em Junho 1975 na Antène 2. Nunca tinha passado cá. De facto, uma categoria de homens. Os 2. Mário Soares enunciou os seus desejos, assim como Álvaro Cunhal. Meses depois deste debate dá-se o 25 de Novembro 1975 e o país dá uma volta à direita. Falaram em francês, correcto, Mário Soares com a pronúncia que lhe conhecíamos "mô ami miterã". Álvaro Cunhal com uma melhor pronúncia e uma rapidez de TGV. Que domínio da língua francesa. 

Embora Portugal tenha feito evolução mantém-se os grandes grupos económicos, os muito ricos, ricos, pobres e muito pobres, a viver abaixo do limiar de pobreza. Classe média perdeu bastante.

E hoje até se assiste a um partido extrema direita, fascistoide, a coligar-se com um partido social democrata! 

Não resisto a publicar a carta aberta de Gaelle Becker Silva Marques. Sim, o teu pai ia gostar de a ler. 

CARTA ABERTA AO actual PSD
A coligação do PSD Açores com o Chega é reveladora de uma grande enfermidade!
Enquanto filha de um ex-deputado do PSD, não posso deixar de manifestar um profundo desprezo pela decisão política dos actuais dirigentes deste partido.
Enquanto filha de um ex-Presidente da Bancada Parlamentar do PSD, não posso ficar calada perante esta assombrosa decisão.
Enquanto filha de um dissidente do Estado novo, de um grande lutador pela Democracia em Portugal, sinto-me na obrigação de denunciar o inimaginável e de acusar o actual PSD Açores de defraudar os ideias democráticos que o fizeram nascer e crescer enquanto partido. Acusar o actual PSD Açores de defraudar os portugueses que nele votaram, acreditando que os princípios fundadores do partido continuariam a ser os mesmos princípios de sempre e, por isso, os de respeito, de diálogo, de defesa da Democracia e de combate em prol da Democracia. Acusar o actual PSD Açores de defraudar os seus eleitores, que se reviram naqueles princípios e que deram o seu voto para que esses fossem firmemente aplicados em nome da Democracia. Acusar o actual PSD de defraudar, sem o mínimo sentido crítico, sem a mínima consciência histórica e partidária, de forma deliberada, oportunista e desonesta, o seu próprio partido. Acusar o actual PSD Açores de defraudar a memória dos seus fundadores, a memória de Francisco Sá Carneiro que acreditou que a reconstrução política através do diálogo era não só possível, mas louvável.
Também é como filha de um pai resiliente e lutador que denuncio. A que presenciou a uma realidade perturbante. A que cresceu ao lado de um pai que foi preso, perseguido, torturado e obrigado a viver no exílio porque acreditava no Ideal Democrático. A que soube o quão devastador foi para ele o afastamento com a sua família. A que soube como se acentuaram as complicações que os anos de Clandestinidade provocaram no seio familiar: ameaças de morte, rusgas, pilhagem. A que o viu abraçar-se ao seu próprio pai, bafejado pelas lágrimas, que o julgara morto e que por isso demorou a desculpá-lo. A que pressentiu e presenciou: as suas angústias, os seus terrores nocturnos, as suas cicatrizes no corpo, as suas tensões e crispações, os seus sobressaltos, a sua revolta contra a injustiça, a sua luta na defesa do oprimido, da dignidade humana, do direito das mulheres e de todos os direitos que um regime totalitário pretende à força, a ferro, a tiro e a sangue abafar e anular
Esta coligação não só ataca a Democracia, como também ataca directamente as famílias nos seus lares. Ataca o que de mais precioso se exala: o livre Pensamento, a Liberdade em si, a Humanidade, o direito à Escolha, mas também a Responsabilidade.
A política existe, antes de mais, para servir o eleitor. Jamais deve obstruir a livre circulação da democracia. Jamais deve pactuar com a gangrena que se queira instalar.
E é em nome de todos os cidadãos que acreditam nos valores da Democracia, mas também em nome do meu Pai, que hoje denuncio:
Acuso! Acuso o actual PSD de fragilizar a via democrática e de empurrar, mesmo que a longo prazo, a nação portuguesa para a via totalitária!
Não à gangrena!
A gangrena, Nunca Mais! Nem a da Esquerda, nem a da Direita!
E que o medo nunca nos cale!
Gaëlle Silva Marques
Hoje, no dia 7 de Novembro de 2020, dia em que o meu Pai faria anos, denuncio o que ele próprio denunciaria se ainda estivesse vivo.

Lá nos EUA continuam a contar os votos!

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Rir para fortalecer.

 

236º dia do recomeço do blog


Num dia como hoje no qual muitos estarão atentos às notícias da Covid-19 e das eleições nos EUA, eu estou para aqui a fartar-me de rir com um filme que a Fox Movies deu esta semana e que vi em adolescente.

La Grande Vadouille, em português "A Grande Paródia", uma comédia de 1966, passada durante a 2ª guerra quando um avião inglês cai em Paris e os 3 oficiais ingleses saltam de paraquedas. Depois são as peripécias para fugirem aos alemães com a ajuda de franceses.

Não sendo um grande filme, hoje pode considerar-se um filme de culto dentro do género.

Bourvil, Louis de Funès e Terry-Thomas entre outros justificam as minhas gargalhadas.


Reforcei forças. Poderei agora ouvir as notícias mais importantes como referi no início.

- ARS Norte assina protocolo com o hospital da Cuf Porto pagando: “1952 euros por cada episódio de internamento sem ventilação ou com ventilação até 96 h e de 12.861 euros nos casos mais graves e que permanecem além de 4 dias no hospital com recurso a ventilação". Quantas vezes mais que nos hospitais não privados?
- A MS afirmou que a situação nos hospitais de Penafiel e Amarante FOI complicada. Foi ou é?

Ouvi Trump a falar e a dizer barbaridades, vindas da sua quase certeza que vai perder. Não ouvi como certas pessoas um incitamento à luta armada interna, guerra civil, mas a suas palavras dão força aos grupos populistas e armados, que os EUA têm e muitos.

Aguardemos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Tudo no mesmo saco?

 

235º dia do recomeço do blog


Há quem não acredite na gravidade da Covid-19. Mas todos ouvimos notícias de hospitais a rebentar pelas costuras, da necessidade de contratar médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e outros.

Como tenho ouvido da Ministra da Saúde e outros políticos referir-se como profissionais da saúde.

"Desde o início da pandemia foram contratados 4406 profissionais para reforçar o Serviço Nacional de Saúde" 

De modo nenhum quero puxar dos galões perante esta aglutinação de profissionais com formação diferenciada, tenho o mau pensamento de isto servir para não mostrar a falta de contratação suficiente de médicos e enfermeiros. 

Ontem aconteceu-me uma cena curiosa. Fui acompanhar um familiar a uma consulta e pedi para assistir. Era a 1ª consulta. Através da máscara cumprimentei o colega, informando-o dessa qualidade.

Decorrida a consulta, a certa altura e perante os dados de um exame que ele tinha visto eu pergunto-lhe e constato que aqueles valores tinham ... e ele pergunta-me se eu sei ler análises, ao que lhe respondo que sei, sou médica, desta vez explicitando.

Até ali eu era uma colega profissional de saúde, assistente operacional, seria?

Nota - Pela minha especialização sempre trabalhei verdadeiramente em equipa. Às reuniões clínicas assistiam e participavam com a sua visão técnica todos os técnicos com formação diferenciada, e isso sempre foi uma mais valia para a qualidade da discussão. Mas isto é diferente.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

A falência das grandes empresas do espectáculo

 

234º dia do recomeço do blog


(...)"A lendária Metropolitan Opera de Nova York acaba de anunciar o seu encerramento até setembro de 2021. Os seus músicos, coros, técnicos de cena etc... estão sem salário desde Abril passado!"(...)

(...) "O Circo du Soleil está falido e corta mais de 3500 postos de trabalho." (...)

Retirei estes dois parágrafos de um texto que fala da destruição dos postos de trabalho resultantes do covid-19. A arte do espectáculo na qual trabalham milhões de pessoas está parada.

Esta situação pandémica é terrível para milhões de pessoas que perdem o trabalho.

Curiosamente tem havido novos milionários, ricos muito ricos com esta situação.

Recentemente na RTP2 passou um documentário sobre "As Vinhas da Ira" de John Steinbeck publicado em 1939. Tristemente actual.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Capuchinho vermelho em tempo de covid-19

 

233º dia do recomeço do blog


Desde que esta pandemia apareceu são muitas as avós e avôs abandonados, fechados em lares e que acabam por morrer por covid-19. Tem sido uma razia da 3a idade!

Hoje encontrei este cartoon. 


Não resisti!

domingo, 1 de novembro de 2020

Cinza e Poeira , policial islandês

 

232º dia do recomeço do blog


Acabei hoje o livro "Cinza e Poeira" da Islandesa Yrsa Sigurdartótti. Um pouco grande, mais de 500 páginas, que até mal jeitosos são para se segurarem. Mas este li-o muito bem.

Policial passado num ilha islandesa onde umas décadas antes uma erupção de um vulcão tinha soterrado todas as casas. Num trabalho de arqueologia encontram-se escondidos uns corpos. Uma enfermeira é assassinada com botox. O livro versa sobre o trabalho de uma advogada que tenta ilibar um acusado.

As várias linhas, corpos escondidos e o assassínio cruzam-se, passado e presente.

Nas últimas páginas, já o acusado ia ser ilibado, quando o próprio se acusa para livrar o filho. É um final inesperado mas um pouco aos trambolhões. Foi pena.