quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Milho de norte a sul

 

248º dia do recomeço do blog

Um dia destes telefonei para uma amiga minha que mora no norte. Cozinha muito bem! Desafiava-me então para ir lá comer os milhos e as couves que estão óptimas porque já há geada, coisa essencial para ficarem tenras.

Milhos? Acho que nunca comi, disse-lhe eu. Milho grosseiramente moído, com carne de vinha d´alhos e couves. Lá fui procurar no sr. google. Vi um vídeo e confirmo, nunca comi.

E se as palavras são como as cerejas, milho também o é.

Em casa dos meus pais, em Lisboa, fazia-se uma ou duas vezes e só no inverno uma sopa que aquecia e satisfazia. Papas de milho com couve. Era delicioso. Já comi num restaurante ribatejano o chamado requentado, sopa de feijão com couves e farinha de milho. A mesma inspiração.

Andando mais para o sul, quando estou no Algarve faço às vezes xerém. Lá, compro no mercado da Quarteira os bivalves que vêm com água do mar. Nunca ficam com areia. A água da cozedura aproveita-se para juntar ao refogado de tomate e misturar a farinha de milho mas não completamente em pó, depois os berbigões que tirei da casca e por cima camarões fritos em azeite e piripiri. 

E quase sem dar por isso, fiz um tour por Portugal.