terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Um tiro na cabeça? Que vergonha para quem o diz!

 320º dia do recomeço do blog

O meu neto adolescente é um rapaz que precisa mesmo de movimento. Vê-se bem a diferença com que se concentra a estudar depois de vir do desporto.

Já fez vários, desde cedo, tendo-os largado ao fim de uns anos. Actualmente faz surf e skate. Teve e tem aulas de surf, o skate aprendeu com amigos.

Mora em frente ao mar, importante dizer.

Durante o outro confinamento, com aulas pela internet, levantava-se às 6h para ir para o mar e vinha a tempo de se pôr em frente do computador. Sempre com um colega, que estes desportos sendo individuais não devem ser feitos sem companhia. Uma câimbra, uma queda, tem de se ter companhia.

As pessoas não sabem ou não querem saber que esta pandemia é má. Foi com um dia de sol que o passeio junto ao mar na Costa Azul, Oeiras, Estoril e as outras se encheu de gente. Resultado, neste confinamento foi fechado.

Voltando ao meu neto, ele continua a ir fazer surf, não em magotes como se vê na televisão em Carcavelos mas com 1 amigo.

Já foi 2 vezes apanhado pela polícia. No outro dia foi para uma praia por onde só se entra por rochas. A polícia foi lá chamá-los, fizeram ouvidos de moucos, foi chamada uma lancha da marinha e ao saírem depressa o amigo até se magoou nas rochas.

Adolescência é um período de sentimentos omnipotentes, eu sou, eu posso, de experiência dos seus próprios limites e de desobediência de algumas regras. Isto é uma explicação psicodinâmica mas as neurociências comprovam que o córtex pré-frontal só aos 23/4 anos fica completo.

Concordo com o que ele faz? Claro que não!

Fiquei muito chocada ao ler pessoas que comentam as notícias e que defendem que a polícia lhes devia dar um tiro na cabeça, outro escreveu empurrá-los para o alto mar para que se afoguem. Que vergonha de ditos!