sábado, 15 de agosto de 2020



155º dia de recomeço do blog


A nossa televisão

Tenho uma amiga que foi passar as férias para os Alpes franceses. Com filho e neto alugaram uma casinha, diz que muito gira e com boa vista. 

Diz que há imensa gente, sobretudo franceses, quer nas moradias do aldeamento onde a deles se situa, quer na aldeia próxima onde se vai a pé.

Não contavam com tanta gente. Em qualquer esplanada para jantar têm de marcar. 

Um pouco como aqui em certos sítios, o turismo português ocupou quase tudo e ainda bem.

Mas comecei por falar na televisão.

Não consegue fazer as grandes caminhadas, escaladas e outras coisas que tais que a família faz.
A minha amiga septuagenária fica por vezes em casa ou no jardim que a rodeia. Entre leitura, tricot e televisão o tempo passa depressa.

Disse-me ontem que tem saudades da TV portuguesa. Diz que os programas deles são péssimos e que até a Arte, que era um excelente canal já não é como era.

De facto, ontem até vi bastante televisão. de tarde um filme de culto numa estação de cabo, Blade Runner, que já tinha visto há muitos anos, e gostei de rever.

À noite na RTP2 um filme de Gus Van Sant, O Mar Das Árvores. Passado parcialmente no Japão, floresta Aokigahara onde muitos japoneses se vão suicidar ou desistir como neste caso mas depois de pensamentos, reconstruções das memórias da sua vida, empatia com outro, japonês com quem trocou aspectos das diferentes culturas.

A existência do canal 2, RTP2, é uma benesse. Esperemos que a economia dos números, nunca muitos espectadores, o consigam manter com esta qualidade.