domingo, 2 de agosto de 2020



142º dia de recomeço do blog



O Sol está-se a pôr entre a Berlenga Grande e a Ilha Velha. Mesmo ao meio! Se abrirmos a foto vê-se bem.


Finais anos 50, início 60 do século passado, estando em Peniche de passagem, de forma completamente inesperada o meu pai resolveu que iríamos nesse dia à Berlenga Grande.

Lembro-me de ter muito medo ainda estavam a comprar os bilhetes, medo da viagem num barco com uma ar tão frágil. Mas tive de ir.
Lembro-me de não nos deixarem ir no tejadilho para onde o meu Pai me levou. E de distribuírem um balde de 5 ou 3 litros, era um balde grande, a cada pessoa.
Lembro-me de pouco tempo depois de sairmos para o mar desprotegido, ter começado uma viagem aventurosa, grandes ondas, a casca de nós ora empinava para cima ora para baixo de forma a parecer que as ondas varreriam o barco por cima ou que ... minutos depois eu e o meu Pai vomitávamos na borda do barco. Julgo nunca ter vomitado tanto na minha vida!
Finda a viagem, os ditos baldes estavam cheios dessa mesma coisa. Um nojo!

A minha Mãe fez toda a viagem sentada lá dentro foi uma das muito poucas pessoas que se "aguentou". E contou que um rapazola estava desfeito, melhor a desfazer-se, ele foi no balde, para o chão,  e a certa altura caiu mesmo e para não rebolar com o movimento das vagas agarrou-se aos pés de um banco.
O ponto este sim cómico, é que o pai dele dizia "Vasquinho, nunca ninguém na nossa família enjoou no mar". Não sabemos mas imaginámos que o apelido seria Gama, como o navegador português.