sexta-feira, 7 de maio de 2021

Dar à língua, confrontar visões, que falta me fazia.

Da parte da manhã um telefonema, uma antiga colega do meu serviço a desafiar-me para lanchar. Lá fomos, aqui no meu bairro, para uma esplanada. Imperial, tremoços e pica-pau. E muita conversa. Já estávamos quase a despedir quando lhe perguntei pelo serviço. Coitados, a pandemia criou muitas novas situações para o serviço de pedopsiquiatria, e os recursos são os mesmos.

Não faltam temas actuais de conversa. Os imigrantes do Alentejo, que parece que só agora as pessoas tomaram consciência da forma tipo escravatura em que estavam. A sociedade é muito hipócrita!

O ZMar onde uma parte deles foi colocado. Desconhecia o estado de insolvência em que se encontra. E da apropriação daquilo que parece não é dos "proprietários", serão das casas mas não dos terrenos. Admirou-me a forma como foi descrita a entrada no parque de campismo, como o ZMar está autorizado a ser. No entanto quantas entradas no bairro do Zambujal, no Bairro da Jamaica e nunca nenhum morador teve tanto tempo de antena como os daqui. O poder económico tem mesmo muito poder, muito injusto.

Me too, processo que começou há pouco em Portugal, é muito, mesmo muito complicado. Entre o não divulgar e o haver pessoas inocentes às quais a acusação falsa ficará colada, o meu coração balança. Terei de pensar mais.