terça-feira, 16 de março de 2021

Confinamento e maus tratos.

 359º dia do recomeço do blog

Li hoje notícias sobre o aumento do trabalho que uma comissão de protecção de crianças e jovens em perigo teve durante o confinamento.

Maus tratos a crianças, com toques de malvadez mas também de grande perturbação psiquiátrica de quem o fez.

Doentes com esquizofrenia, por exemplo, ficam compensados quando tomam um antipsicótico. Pode ser por via oral, comprimidos, ou por meio de uma injecção mensal ou com uma periodicidade mais pequena. É de controle difícil quando uma família fica confinada. Para certos doentes as equipas de enfermagem vão a casa fazer o injectável.

Não sei como terá sido neste período mas fiquei muito impressionada com o que li, maltratos com marcas de queimadura na cara, zona que quando a violência "é controlada" é evitada para não ser vista. Foi o caso de uma professora que estranhou um miúdo fazer a aula por vídeo de máscara posta. Pediu-lhe para a retirar e tinha marcas de queimadura feitas por colher aquecida.

Foi retirado à família mais uma irmã pequena de quem ele tomava conta e estão agora protegidos. Certamente precisarão de apoio psicológico.

Mas o doente lá de casa precisa de tratamento sem falta.

Só uma frase de esperança, embora sejam alguns casos é uma percentagem ínfima em relação aos que não sofreram. 

Ainda bem que abriram as escolas!

 358º dia do recomeço do blog

2a feira e eu mantive-me a dar um passeio a pé. Em Lisboa.

Encontrei pessoas a fazer marcha, bicicletas que passaram por mim, outras a correr.  Poucos carros por onde andei mas prédios perto.

Foi com muito prazer que ouvi os risos e os barulhos de brincadeiras das crianças da escola, que reabriu hoje até ao 4º ano. Devia ser a hora do intervalo. 

Foi uma violência para as crianças mais pequenas terem de ficar em casa e tentarem aprender a matéria escolar através de um écran. 

Uma parte importante da escola que não vem nos livros é a socialização. A aprendizagem em casa não permite isto e por toda a vida vamos precisar de nos relacionarmos.

Foi também uma violência para os pais que tiveram de trabalhar em casa com as crianças. 

Não foi tudo mau, a algumas famílias permitiu-lhes um convívio e um conhecimento mais próximo. Mas por outro lado também sabemos como a proximidade gerou conflitos, chegando a situações de grande violência, a que algumas crianças foram sujeitas, por sofrerem directamente ou assistirem.

Ainda bem que abriram as escolas! 

domingo, 14 de março de 2021

O soutien. Cada vez mais distraída? A endoidecer?

 357º dia do recomeço do blog

Que chatice, acordo sempre cedo. Aproveito para ler no tablet o jornal que assino e só depois me levanto.

Isto para dizer que nessa altura estou já bem acordada.

Agarrei na roupa para vestir e levei para a casa de banho. Não reparei se o soutien estava lá.

Na casa de banho ao tirar o pijama vejo que dormi com ele. Falei sozinha sobre a minha distração.

Já dentro do duche, com ele ligado e a ensaboar-me vi que ainda o tinha vestido.

sábado, 13 de março de 2021

Com um ganchinho ficava melhor

 356º dia do recomeço do blog

Parte da minha vida usei franja. Usei e uso apesar da minha idade. Franja para a frente e a direito desde há umas décadas..

Na 3a e 4a classe tive a sorte de ser aluna da Alice Gomes, uma das introdutoras da educação pela Arte em Portugal. Eram aulas divertidas, aprendia-se sem dar por isso, através da música, da representação, do desenho. 

Lembro-me da Rosarinho, nunca mais soube dela, que numa representação de um quadro da Primavera, não sei como, ficou com a saia a arder. Vi a Alice Gomes saltar nem sei como por cima de tudo e abafar o fogo. Não passou de um susto para a aluna e para a professora. Foi muito rápido, a maioria nem teve oportunidade de se assustar.

Nem todas as minhas colegas se deram bem com este tipo de aprendizagem e houve algumas reprovações no exame de admissão aos liceus.

A minha Mãe, numa ocasião, pediu licença para ir filmar parte de uma aula. Nessa altura o meu cabelo era grande, risca ao lado e uma enorme franja comprida que me tapava um olho. E, uma vez que eu iria ser filmada pela mamã, a minha professora quis que eu com um ganchinho a segurar o cabelo ficasse com os dois olhos à mostra. E tanto quanto me lembro a franja lá ficou como eu queria. 

O filme, que vimos na altura, desapareceu. Alguém que o quis passar para cassete estragou-o. Tive pena.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Mais histórias com cabelo e cabeleireiros

 355º dia do recomeço do blog

Só há pouco tempo se veem as pessoas ostentar o seu cabelo encaracolado ou às ondas.

Eu fui uma desgraçada com a moda dos cabelos lisos.

Teria uns caracóis leves, aos quais quando eu era criança pequena a minha Mãe deitava vinagre no fim da lavagem para os tornar mais enrolados. Talvez nesta altura ou um pouco mais tarde eu chorava imenso quando me lavavam a cabeça, lembrei-me agora.

Também me lembrei que num cabeleireiro na Avenida João XXI me terei mexido tanto que acabei nua, envolvida num penteador, enquanto a minha roupa era pendurada e seca nos secadores de cabeça, onde as senhoras secavam os rolos da mise. Muito pequena julgo que nunca mais lá fui.

Depois deixei crescer o cabelo, um bocado ondulado...mas eu queria-o liso.

Volta não volta lá ia ao cabeleireiro, isto foi há tantos anos que o shampoo não era sempre usado, havia uns que para pouparem davam a primeira lavagem com sabão. Sentia-se o duro na cabeça.

E a propósito li há dias que agora há shampoo sólido!

Bom, voltando às peripécias, a maior parte das vezes lavava-o em casa. E tinha muito, a minha mãe punha a mão na minha cabeça e dizia que para chegar ao coro cabeludo parecia tão difícil como se fossem penas de pato. Quando secava ficava enorme, alto e o contrário de liso e escorrido como eu queria.

Era frequente naquela época passar o cabelo a ferro. Cabeça pousada na tábua, cabelo deitado sobre ela e com ou sem proteção o cabelo era penteado. Só não o queimava porque o meu era muito forte.

Depois veio a moda da mise-à-brasileira, um ou dois grandes rolos no cocuruto e todo o cabelo enrolado e esticado à volta da cabeça.

Mais tarde os secadores tornaram-se mais fortes o que facilitou o esticanso.

Hoje usa-se tudo. Desde que me aposentei, a pouco e pouco deixei de usar o esticado, deixo-o com os meus jeitos, deixa-me rir, já nem lhe chamo ondas. Mas como 75% é branco e como tal mais fino também não é tão volumoso.

O meu anda enorme. Ontem soube que os cabeleireiros vão abrir na próxima semana. Qualquer dia vou lá cortar um pouco.

quinta-feira, 11 de março de 2021

Cabeleireiro num dia especial

 354º dia do recomeço do blog

Ando com uma "trunfa" enorme, já chega por baixo dos ombros. 

Comparado com tamanhos que já usei, isto não é nada.

Passei há pouco por uma rua de Lisboa e lembrei-me da história do meu cabelo no dia do meu casamento. Cabelo enorme, pelo meio das costas. Para ficar bem, liso como eu queria e se usava, franja à Sylvie Vartan e liso como o da Françoise Hardy, tinha de ser arranjado no cabeleireiro. Estamos no início dos anos 70.

Marquei para as 8 horas da manhã, antes do registo civil, única cerimónia que houve e que era na rua paralela àquela.

Subi as escadas e estavam as funcionárias e outra cliente à porta. Um problema com a fechadura e não a conseguiam abrir. Um imprevisto desagradável.

Saí a correr, o tempo era curto e entrei noutro cabeleireiro ali perto e onde nunca tinha ido. Tinha já várias clientes.

Eu de fato calças e casaco de veludo grenat, a explicar às senhoras que era a noiva e precisava de ser atendida com urgência. E sim acreditaram e passei à frente. 

quarta-feira, 10 de março de 2021

"Perdi os óculos"...e o FB

 353º dia do recomeço do blog

Escrever no FB tem que se diga. Sigo várias pessoas que escrevem coisas interessantes, informam e ajudam-me a pensar. Política actual ou não, artigos de literatura e divulgação de livros, avisos de teatros, concertos, ainda ontem ouvi o da Gulbenkian, e outros assuntos. Porque são pessoas consideradas e até mediáticas, não escrevendo para os órgãos de comunicação, dão me muita ajuda.

Outros escrevem umas balelas que têm imensas pessoas a ir ver e comentar.

Eu costumo pôr umas coisas divertidas, de 3 em 3 dias mais ou menos. Hoje pus: PERDI OS ÓCULOS DENTRO DE CASA: CONSELHOS PARA OS ENCONTRAR? JÁ VIREI TUDO!

E foi um "sucesso", imensa gente a comentar, falar da sua experiência pessoal, hehe, foi engraçado.

Já apareceram, nos bolsos do casaco de malha que vesti ontem. Assunto resolvido.

Agora vou fritar os croquetes pedidos ontem.