sexta-feira, 21 de agosto de 2020



161º dia de recomeço do blog

Norte Shopping de manhã, de outra vez tinha ido ao Arrábida Shopping, qualquer dia conheço mais shoppings no Porto que em Lisboa!

Conheço é forma de dizer. Precisava de uma cola tudo para lhe colar a borracha à bengala. Como lá tem a Fnac foi um bom motivo para o convencer a sair de casa.

Muito rapidamente lhe interessou um livro e cansado, ficou sentado no café da livraria enquanto eu procurava o que precisava.

Não só consegui pôr uma pilha no meu relógio como encontrei uma papelaria, à séria, coisa que no Colombo não há!

Foi muito rápido, tudo no mesmo piso e logo voltei ao café. Já estava preocupado por não me ver. Mostrei-lhe satisfeita que o meu relógio já trabalhava.

À noite deu-me um relógio. Desta vez aceitei.

Doí esta fragilidade em quem conhecemos forte. 

quinta-feira, 20 de agosto de 2020



160º dia de recomeço do blog

Fiquei sem pilha no relógio de pulso. É um hábito, virar o braço e olhar as horas.

As empregadas cá de casa apressaram-se a dizer-me onde podia ir comprar uma pilha, uma drogaria que tem "essas coisas todas". Explicaram-me onde fica,daquela maneira que fico perdida. Lá arranjaram a morada, pus no "wase" e fui. Não a descobri e na zona não havia onde estacionar o carro. Desisti.

O relógio também está velho, comentei já em casa. Tenho outro igual em Lisboa, há anos em NY comprei dois, talvez este já com o vidro translúcido possa ter direito à reforma.

Ao serão ele apareceu na sala com uma relógio para mim. De homem. Comecei por agradecer mas depois lá lhe disse que não o iria usar. Nem dois outros que me trouxe a seguir.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020



159º dia de recomeço do blog


Quando se conversa muito ou se vê muita televisão, ler tem de ficar para trás.
Deixaram-me no quarto que vim ocupar um livro, de propósito se eu me apetecesse ler.

Como sempre trouxe um livro de minha casa. Mas este que aqui deixaram não tenho, por isso pensei logo que me ia agarrar a ele.

Rubem Fonseca, O Seminarista.
Já li vários dele. E gostei sempre.

Mas vim para ouvir, falar, até fomos almoçar fora, sempre ocupada, com gosto.

O tempo ficou ocupado. Só agora terei um bocado, já está tudo a dormir, até o cão, que ressona baixinho.

Vou aproveitar para ler.

terça-feira, 18 de agosto de 2020



158º dia de recomeço do blog


Um flash

Está doente por isso vim.
Estar atenta, fazer companhia, ouvir e falar.

A face escavada, uma leve pele descolorida em cima dos ossos, os olhos encovados e tristes e as sobrancelhas que não emagreceram e passaram a ser volumosas.

Tal como nos últimos tempos do meu Pai, daqueles em que já não há registo fotográfico.

Já foi dormir, está muito fraco. Conseguirei o que me propus?

segunda-feira, 17 de agosto de 2020



157º dia de recomeço do blog

Não estou de férias, estou aposentada. Por vezes quer dizer férias permanentes mas nem sempre.

Pela liberdade de tempo e horários, estive no Algarve antes da época de verão. Bom tempo, sem filas e praias livres de pessoas. Até no mercado do peixe da Quarteira, um dos melhores que há, não tinha filas.

Agora estão por lá filhos e netos e desde o fim da semana passada há vento, água fria e ar fresco. Parece que começou hoje a melhorar.


Há filas para os hipermercados, e mercado.

Que bom estar aposentada e poder ir quando quero. E sobretudo quando os outros não podem.

Boas férias rapazes, que o tempo melhore que sei que sabem escolher praias ainda quase desertas!


domingo, 16 de agosto de 2020



156º dia de recomeço do blog

Hoje fui beber café a uma esplanada com 2 amigas.

Umas das coisas que se falou foi o que é isto de ser amiga e quase todas na casa dos 70 anos quando e como se fazem amigos a partir dos 50-60 anos.

Não chegámos a conclusões novas mas estávamos de acordo.

Difícil fazer novos amigos excepto se tivermos pontos no passado em comum.
Com estas duas, frequentámos a mesma escola, no caso Lycée Français Charles Lepièrre em Lisboa.

Uma delas frequentou a mesma praia que eu, a chamada praínha, em Sesimbra. Era uma praia pequena, actualmente ocupada pelo Porto. Era amiga de um dos irmãos dela, que andou comigo no mesmo liceu em pequeno e outro meu colega nos últimos anos do liceu.
Médica como eu.

A outra veio do Brasil recomendada pelos meus tios. O pai era diplomata da ONU e acabou também no mesmo liceu e na minha turma. Fiz férias com ela algumas vezes na sua quinta na Beira. Os nossos Pais tiveram alguma relação. Um tempo longo nos separou quando escolhi medicina e ela letras. 

O que nos voltou a aproximar foi a criação de um grupo composto por alunos do liceu, onde nos organizamos em grupos de interesse, podendo pertencer a vários. Almoços, jantares e picnics. 

Destas aproximações algumas mantiveram-se. Quais? As que tinham passados de amizade que se cruzaram. E isso é essencial!

sábado, 15 de agosto de 2020



155º dia de recomeço do blog


A nossa televisão

Tenho uma amiga que foi passar as férias para os Alpes franceses. Com filho e neto alugaram uma casinha, diz que muito gira e com boa vista. 

Diz que há imensa gente, sobretudo franceses, quer nas moradias do aldeamento onde a deles se situa, quer na aldeia próxima onde se vai a pé.

Não contavam com tanta gente. Em qualquer esplanada para jantar têm de marcar. 

Um pouco como aqui em certos sítios, o turismo português ocupou quase tudo e ainda bem.

Mas comecei por falar na televisão.

Não consegue fazer as grandes caminhadas, escaladas e outras coisas que tais que a família faz.
A minha amiga septuagenária fica por vezes em casa ou no jardim que a rodeia. Entre leitura, tricot e televisão o tempo passa depressa.

Disse-me ontem que tem saudades da TV portuguesa. Diz que os programas deles são péssimos e que até a Arte, que era um excelente canal já não é como era.

De facto, ontem até vi bastante televisão. de tarde um filme de culto numa estação de cabo, Blade Runner, que já tinha visto há muitos anos, e gostei de rever.

À noite na RTP2 um filme de Gus Van Sant, O Mar Das Árvores. Passado parcialmente no Japão, floresta Aokigahara onde muitos japoneses se vão suicidar ou desistir como neste caso mas depois de pensamentos, reconstruções das memórias da sua vida, empatia com outro, japonês com quem trocou aspectos das diferentes culturas.

A existência do canal 2, RTP2, é uma benesse. Esperemos que a economia dos números, nunca muitos espectadores, o consigam manter com esta qualidade.