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ARTE DE AMAR
Metidos nesta pele que nos refuta,
Dois somos, o mesmo que inimigos.
Grande coisa, afinal, é o suor
(Assim já o diziam os antigos):
Sem ele, a vida não seria luta,
Nem o amor amor.
domingo, 20 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Aconteceu...em Buenos Aires, taxista e Maradona
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Eu já desconfiava que volta não volta vou pensar na bola. Ontem vi parcialmente dois jogos, um enquanto pedalava no ginásio, outro enquanto comia um bitoque aqui no restaurante de bairro a que carinhosamente chamo de cantina, tal o uso como recurso.
Agora à noite vi pois o Maradona vestido de fato e gravata a festejar a vitória da selecção argentina.
Há uns anos fiz uma viagem pela Argentina e Chile. Hoje só me vou reportar a Buenos Aires, cidade grandiosa, capital europeia com dimensão americana. Ruas larguíssimas, museus incontáveis, jardins, bairros interessantíssimos, esculturas ao ar livre, eu gostei imenso e quero voltar.
Mas uma das coisas que me impressionou foi a qualidade dos taxistas. Muitos de meia idade, educados, cultos e prestáveis.
Um deles, numa deslocação em que me guiou por vários museus de artistas argentinos, foi falando das suas viagens à Europa, muito especialmente a Espanha, Madrid e o Museu do Prado que o encantou.
A certa altura da viagem passamos junto do estádio do Boca Juniors e eu falo no Maradona que eu sabia que tinha sido daquele clube.
Acho que até abrandou a velocidade, e em voz pausada diz-me que melhor fora que nunca o tivessem tido. E explica-me que quando um país tem um personagem daquele calibre, um ídolo para a juventude, essa pessoa tem de ser uma referência, um exemplo. Ora o do Maradona, na altura todo "encharcado" na toxicodependência, era prejudicial aos jovens.
Eu já desconfiava que volta não volta vou pensar na bola. Ontem vi parcialmente dois jogos, um enquanto pedalava no ginásio, outro enquanto comia um bitoque aqui no restaurante de bairro a que carinhosamente chamo de cantina, tal o uso como recurso.
Agora à noite vi pois o Maradona vestido de fato e gravata a festejar a vitória da selecção argentina.
Há uns anos fiz uma viagem pela Argentina e Chile. Hoje só me vou reportar a Buenos Aires, cidade grandiosa, capital europeia com dimensão americana. Ruas larguíssimas, museus incontáveis, jardins, bairros interessantíssimos, esculturas ao ar livre, eu gostei imenso e quero voltar.
Mas uma das coisas que me impressionou foi a qualidade dos taxistas. Muitos de meia idade, educados, cultos e prestáveis.
Um deles, numa deslocação em que me guiou por vários museus de artistas argentinos, foi falando das suas viagens à Europa, muito especialmente a Espanha, Madrid e o Museu do Prado que o encantou.
A certa altura da viagem passamos junto do estádio do Boca Juniors e eu falo no Maradona que eu sabia que tinha sido daquele clube.
Acho que até abrandou a velocidade, e em voz pausada diz-me que melhor fora que nunca o tivessem tido. E explica-me que quando um país tem um personagem daquele calibre, um ídolo para a juventude, essa pessoa tem de ser uma referência, um exemplo. Ora o do Maradona, na altura todo "encharcado" na toxicodependência, era prejudicial aos jovens.
Na altura gostei de o ouvir. Era um homem que pensava e tinha crítica.
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Se na infância os nossos pais e família próxima são as figuras maiores de referência na construção da identidade, na adolescência as figuras de identificação alargam-se, abrangendo outras pessoas que nos parecem importantes para nós. Por vezes professores, médicos mas também outros jovens e alguns idolos. Por vezes breves identificações feitas pela superfície como o uso de brincos ou do penteado de Cristiano Ronaldo.
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Mais tarde vi o Maradona sempre de charuto na boca, hábito importado de Cuba onde o terão reabilitado.
Hoje vejo-o como treinador. Oxalá se aguente saudável. Há doenças que em personalidades frágeis podem ter recaídas.
Hoje vejo-o como treinador. Oxalá se aguente saudável. Há doenças que em personalidades frágeis podem ter recaídas.
Etiquetas:
Buenos Aires,
cultura,
doença crónica,
Identificação,
Maradona,
recuperação,
Taxista,
Toxicodependência
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Poema - Renata Correia Botelho
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encosto a face à parede
mais triste do quarto, fiel
guardiã do sol posto.
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o coração que me deixaste
é uma casa difícil de habitar.
encosto a face à parede
mais triste do quarto, fiel
guardiã do sol posto.
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o coração que me deixaste
é uma casa difícil de habitar.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
Aconteceu...que vai haver muito futebol
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O facto de ter tido dois filhos rapazes e um marido que gostavam muito de futebol, fez com durante os anos que vivemos todos na mesma casa eu até acho que ia percebendo alguma coisa daquilo. Eles riem-se, dizem que não percebia nada, que era frequente perguntar de que lado era a baliza do clube tal, a cor do fato e outras perguntas que acho completamente normais.
Mas ouvia-os falar dos jogadores, sabia alguns nomes dos mais falados, ia sabendo quem tinha ganho ou perdido.
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O facto de ter tido dois filhos rapazes e um marido que gostavam muito de futebol, fez com durante os anos que vivemos todos na mesma casa eu até acho que ia percebendo alguma coisa daquilo. Eles riem-se, dizem que não percebia nada, que era frequente perguntar de que lado era a baliza do clube tal, a cor do fato e outras perguntas que acho completamente normais.
Mas ouvia-os falar dos jogadores, sabia alguns nomes dos mais falados, ia sabendo quem tinha ganho ou perdido.
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Isto era muito importante para mim.
À custa deles conheci também os desenhos animados que passavam na televisão, mais tarde algumas séries vistas pelos adolescentes, conjuntos musicais e músicas. Não só conheci como algumas coisas fiquei até a gostar. Deveria ter escrito que com eles descobri.
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E estes conhecimentos são muito úteis no meu trabalho com crianças e adolescentes. Estar fora do mundo deles, dificulta a comunicação e até a avaliação de como eles estão integrados no mundo dos pares da sua idade.
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Agora sem aquela fonte de informação caseira, tenho quase de estudar algumas coisas. Porque senão corro o risco de não os entender, nem mesmo entender o que eles percebem do assunto.
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Hoje foi o 1º jogo de Portugal no Mundial de futebol. Tenho de andar atenta.
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