quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

O Zoom ajuda ...

 

282º dia do recomeço do blog

Para não juntar mais bolhas familiares, hoje ao jantar de Natal éramos só dois. 

Mas o espectáculo que os netos costumam fazer veio por Zoom. O Francisco tocou piano, flauta e com as primas um teatro de fantoches com um texto criado por eles...com a ajuda da outra avó.

O programa estava demasiado grande, antes do jantar e com o bacalhau ao lume, a impaciência das cozinheiras fez adiar a 2ª parte para amanhã.

Não há dúvida, quem gosta mesmo do Natal são as crianças.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

As tradições vão-se aligeirando

 

281º dia do recomeço do blog


Não me entusiasmo com o Natal, já o disse. Mas faço questão de manter a tradição do paladar.

Este dia 23 de Dezembro tem umas horas na cozinha. Trato de alguns dos doces que a minha Avó Arminda e a minha Mãe faziam.

Rabanadas de leite e chá preto, nunca ouvi mais ninguém falar. O chá dá-lhes uma cor escuras, menos airosas. As fatias de pão feitio cacete, que curiosamente só se encontra nas padarias nesta época. Mas a avó tirava a côdea, o que transformava a obra numa coisa mais sublime. Não é fácil, desisti. Por cima, para quem quiser, uma calda de açúcar e canela. Canela em pau mas da séria. Grande, comprida, enrolada várias vezes, não, não se encontra nos supermercados.

E os Russos, que também dão um trabalhão. Uns quadrados pequenos de noz e amêndoa e que em toda a volta levam manteiga fresca que depois é molhada em noz e amêndoas picadas grosseiramente. Depois de feito num grande tabuleiro, cortados e trabalhados um a um. A minha mãe ainda os abria e recheava com o tal creme. Não sei como conseguia. Tão difícil!

Tradição aligeirada. Mas não chegam estas duas sobremesas?

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Quem canta seu mal espanta?

 

280º dia do recomeço do blog

Acabei as limpezas e arrumações, sentei-me e pensei  não vou ser capaz de fazer a centena de quilómetros que me separam de Lisboa.

Fui, até com menos custo do que tinha imaginado. Um banho completo refez-me. E mesmo chegando atrasada consegui entrar no ensaio do coro, por zoom claro. 

Quem canta seu mal espanta, diz-se. Mais do espírito que das dores musculares.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A força física treina-se...e não só no ginásio

 

279º dia do recomeço do blog

Acabou uma parte das obras da minha casa "da aldeia". Já muitas vezes falei disto, expliquei onde era, porque não é aldeia e das obras que começaram em Junho e ainda não acabaram.

No entanto, a parte interior da casa ficou pronta. E, como motor para vir ver e arrumar, foi o facto de um dos meus filhos mostrar vontade de passar aqui uns dias depois do Natal.

A culpa é minha. Não preparei a casa para obras. Mesmo assim, vá lá, vá lá, já vi pior. Mesmo assim quase tudo estava fora do seu sítio. No hall coisas da sala de cima, móveis em quarto errado, mesas da sala/cozinha ao contrário. E depois todos os múltiplos objectos que saíram do sítio. Uma casa antiga com objectos dos avós e até bisavós, muitos dos quais em "exposição", todos fora do sítio! Mas qual sítio? É que nem eu me lembro onde estavam. Nenhum importante, barros, pratos, nada de valor. Mas onde era o lugar deles?

O pior foram os móveis. E eu aqui estou envergonhada, tinha a ajudar-me uma empregada de 74 anos, com muito mais força do que eu! Mas nem sempre foi capaz e chamou o marido de 75 anos. 

O homem disse perante a minha incapacidade em fazer força o óbvio "falta de hábito, dra." Claro que tem toda a razão, uma burguesinha que nunca puxou pelo corpo. 

Os dois fizeram tudo o que exigia força. Amanhã terei de me desenrascar com os objectos que se seguram com uma mão. Mas vou precisar de escadote, mais uma avaria!

domingo, 20 de dezembro de 2020

O meu telemóvel...para cumprir o dia.

 

278º dia do recomeço do blog

Casacos sem bolsos, onde guardar o telemóvel quando andamos em casa?

O TM é um objecto essencial. Penso às vezes que posso cair quando vou ou venho do quarto, se estou na cozinha e ele tocar está ali mesmo perto de mim. 

Quando trabalhava tinha o TM sem som durante as consultas. Das poucas vezes que me esqueci dele em casa, voltei atrás buscá-lo.

Este meu apego não é pois só sinal da idade, já era assim.

E acredito que sou uma pessoa que o usa pouquíssimo, ou melhor a quem me ligam poucas vezes.

O meu estava com um problema, a película estava de tal modo suja que eu tinha dificuldade em ver o "mostrador". No único dia em que passeei a pé por Lisboa vi uma pequena loja de artigos de comunicações. Entrei e quem me atendeu era francamente asiático, Índia, Bangladesh, Paquistão? Enquanto me mudava a película fomos conversando, ora em inglês ora em português. Nascido nos EUA de família do Bangladesh, estudou engenharia informática em Londres. Veio para cá e montou aquela lojinha. Conversa, película nova e trabalho de instalação 5€. Barato, muito barato e o meu TM ficou com um aspecto novo!

sábado, 19 de dezembro de 2020

Onde vos guardo?

 

277º dia do recomeço do blog

Sim, os escritores comigo este ano têm ganho muito pouco dinheiro. Não porque não leia, pelo contrário tenho lido bastante. 

Já no ano passado nesta época que não me entusiasma no seu aspecto comercial e obrigatório, resolvi oferecer livros que eu tinha gostado aos meus mais próximos. Alguns também comprados em livrarias solidárias, que recebem ofertas de livros por pessoas ou pelas editoras.

Aos meus filhos, alguns eram meus, até estavam assinados por mim e com a nota ou a dedicatória de quem mos tinha oferecido. Eles, que já são adultos, acharam piada pela ideia e gostaram. Outros comprados em Cascais na Déjà Lu, cujos resultados vertem para a Associação Trisomia 21.

Este ano, com os confinamentos, comprei vários na Livraria Solidária de Carnide, perto de minha casa. Esta tem um catálogo e mesmo sem sair de casa pode-se escolher e encomendar. O preço mais alto é de 5€. Os valores obtidos são para a Boutique da Cultura, Incubadora de Artes, com ateliers vários, um teatro. Um projecto resultou de uma proposta à Câmara Municipal de Lisboa inserida num dos projectos de apoio

Comprei os 4 volumes do Quarteto de Alexandria, escritos pelo Lawrence Durrell por 12€. Em estado novo, só um pouco amarelecidas as folhas. Edição Ulisseia 1973.

Dei este livro como exemplo. Comprei vários mas há lá muitos que não me interessam. Tem de se escolher.

Esta a razão pela qual não tenho comprado livros recém editados. Há vários saídos este ano que gostaria de ler. Que me desculpem os escritores que com as livrarias solidárias não ganham. Ficarão para outra altura.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Mulheres e suas caras

 

276º dia do recomeço do blog

Este ano estive muito tempo no Algarve e em Minde, fugindo ao apartamento de Lisboa. Lá podia apanhar ar livre e sol a sós ou com o distanciamento adequado.

A minha pele ficou uns meses bronzeada, cara incluída. 

A Isabelle Huppert, é uma maravilhosa actriz francesa que se protege de forma a nunca apanhar sol. De facto a pele da sua cara é muito clara, quase branca. Em termos de saúde a atitude dela é mais correcta, os melanomas são terríveis. 

Reparei agora nas suas sobrancelhas, finas e arranjadas, localizando-se só por cima dos olhos.

Pelo contrário, A Frida Kahlo, mexicana cuja obra pictórica tem uma marca que nunca nos faz duvidar que seja dela, não arranjava as sobrancelhas. 

Segundo li, Frida teria uma mono sobrancelha, que ao invés de depilar reforçaria com um lápis. Também ela não se protegia do sol mas coitada devido ao seu grave acidente esteve acamada muito tempo.

E porque peguei eu nestes factos tão sem importância de pessoas com tanto que contar? É que ontem dei um grande passeio a pé pela cidade de Lisboa. Houve sol durante parte do trajecto mas as nossas condições actuais não nos permitem apanhar sol na cara. 

Voilá! Máscara certificada com o padrão das mantas de Minde.