segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Surreal a organização de algumas salas de aulas!

 

185º dia de recomeço do blog


1º dia de aulas

Ouvi as directivas da direcção geral de saúde (DGS) quanto às condições propostas para sentar os alunos na sala de aula. Alunos separados mínimo 1 metro entre si. Iria jurar que inicialmente era 1,5 metro.

Qual a minha estupefacção quando oiço dizer que naquele 10º as mesas estão colocadas em U na sala, cada mesa tem 2 alunos. Ou seja a menos de 50 cm cada aluno tem 2 colegas, um de cada lado!

Estamos a brincar ou quê?

Não tiveram tempo para preparar as aulas presenciais? Ou estão à espera de mandar os miúdos para casa?

domingo, 13 de setembro de 2020

Vão começar as aulas

 

184º dia de recomeço do blog


Parece que começam amanhã as aulas. 

Depois de ler e até ver um filme-anúncio com indicações, ainda sinto mais pena dos alunos.

Máscaras, mesas separadas, o medo que se incute às pessoas nomeadamente aos alunos, crianças e adolescentes.

Vi que os pais não podem entrar na escola quando vão entregar os filhos. Imaginemos um pequenino que tem de suportar a hora da separação sem o apoio da pessoa que lhe dá segurança.

Brincar, parece que cada vez menos. A socialização ficará mais pobre. Mais grave até para o sucesso da aprendizagem é a indicação da dgs para que os intervalos sejam o mais curtos possíveis, 5 minutos.

Não sei como vai ser. Não estou muito preocupada com o adoecer, que a percentagem de crianças que adoecem é de mínima.

Estou sim com tudo o resto que se vive na escola com os amigos.

Aguardemos.

sábado, 12 de setembro de 2020

Para observar pássaros não podemos pôr espantalhos por perto


183º dia de recomeço do blog


Nas heras que cobrem as paredes do meu pequeno jardim dormem dezenas de pássaros. Maioritariamente pardais mas há também uns pretos, gordos e de pescoço comprido. Não sei o que são.

Ao fim da tarde, ainda de dia mas a escurecer, começam a rondar a hospedaria onde têm os quartos.

Gostava de os filmar mas mal ponho a cabeça fora do pátio para os espreitar, fogem logo. É uma nuvem que se afasta rapidamente. De manhã levantam-se mais cedo que eu.

Hoje resolvi sentar-me no jardim, telemóvel preparado para os filmar, enquanto lia. O mais imóvel possível.

De vez em quando um restolhar de folhas secas e uma osga a aparecer e logo a subir uma parede. Vi sete e fiquei contente, são tão úteis para comerem insectos e soube há pouco tempo que é uma espécie em vias de extinção.

O tempo passava e passarinhos...nada. De repente lembrei-me dos espantalhos. Seria eu para eles um espantalho? Então não iriam aparecer.

Vim para dentro rir da minha situação.

Voltei para fora e continuei a minha espera. Vários começaram a sobrevoar a zona mas sem parar. Só um pequenino veio brincar junto ao muro do fundo. Não sei se me viu. Eu não consegui vê-lo no vídeo que tentei fazer.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

11 de Setembro e memórias afectivas

 

182º dia de recomeço do blog


1973 - Cotovia, Sesimbra. 

Ainda de férias, resolvemos fazer um folar de Mirandela. Estava ao ar livre, a amassar na tigela quando a rádio começa a relatar o ataque no Chile, em que morreu o democrata Allende e é substituído pelo horrível Pinochet.

Foi de imediato um enorme choque. O povo unido nunca mais será vencido ...


2011 - Lisboa

No consultório. Acabada uma consulta passei pela cozinha transformada em copa, como habitualmente quando acabava uma consulta e antes de começar outra.

Uma colega que vem da rua entra esbaforida, aviões, torres gémeas, nova Iorque.

Nem a deixei continuar. E disse-lhe que estava só a beber um copo de água e ia chamar o doente que se seguia. Depois contava-me.

Ela ficou com a angústia. Eu só mais tarde.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

 


181º dia de recomeço do blog


Já é tarde, a RTP2 prende-me quase diariamente com os seus programas. 

Ontem depois dos Durells, IV série, ainda deu um filme/documentário Fojos,  sobre Castro Laboreiro e suas gentes realizado por João Canijo.

Há uns quantos livros cuja leitura é obrigatória para quem tem a mania, como eu, que tem uma razoável cultura.

O Quarteto de Alexandria, quatro volumes nas edições mais antigas (só num tijolão) na mais recente de Lawrence Durell falta-me ler. 

A série dos Durells é sobre a sua família, quando após regresso da Índia, deixam Inglaterra para irem viver para Corfu. E é nesta ilha que se passam os episódios que a televisão tem estado a passar.

Tão perturbados mas que interessantes eram. 

"Fojos" feito recentemente remeteu-me para um Portugal que conheci mas que julgava que já não existia. Pobre, escuro, sem acompanhar o desenvolvimento.

Já fui uma vez a Castro Laboreiro por culpa, forma de dizer, do José Saramago no seu filho Viagem a Portugal. A ilustração que usou foi uma fotografia de duas meninas, linda foto e lindas meninas, de uma enorme inocência. 

Quando chegar a Lisboa vou desfolhar esse livro de Saramago, que ouvi ontem vai ser objecto de um filme...ou será de uma série?

quarta-feira, 9 de setembro de 2020



180º dia de recomeço do blog

Cá na terra onde tenho casa herdada não há restaurantes com esplanada. Não há? Há sim, um. Come-se excelentemente bem e paga-se pouco. Mas é preciso conhecer para se entrar e conhecer alguém que dê boas informações para acreditar.

Hoje cheguei cá à hora do almoço. Calor, bastante. O distrito de Santarém é muito quente.

Lá atravessei o portão. Um espaço amplo em terra batida, uma dúzia de carros, sujos, ou de trabalho. À volta encostado aos muros restos de imensas coisas, paletes, plásticos, ramos de árvores, e preso com uma corrente de ferro um cão grande e feioso.

Por detrás dos carros a casa do restaurante e encostado o assador. Sim, porque aqui há um homem a grelhar o que é pedido.

Ainda cá fora e perto do restaurante umas seis mesas com cadeiras mal amanhadas, desta vez os assentos até seriam de carros, alguém lhos deu. E uns guarda-sois fechados. Que caloraça!

Lá dentro são poucas mesas, algumas corridas. Não mais de 20 pessoas cabem ali, mais os bancos desconfortáveis de um balcão.

Os grelhados são muito bons, batatas fritas sempre loirinhas, descascadas à mão e salada. Abundante até dizer basta. e o resto que toda a refeição e acompanhamentos necessários estão incluídos no preço. Não chega aos dez dedos da mão.

Só quem sabe. Mas desta vez não fiquei. O calor era demais. Fui a outro mais longe, sopa de pedra take away, que a minha casa estava muito fresca. Um grande almoço.

terça-feira, 8 de setembro de 2020



179º dia de recomeço do blog

Hoje houve notícias importantes, uma triste e outra interessante.
Morreu Vicente Jorge Silva, um jornalista (e outras coisas) importante na organização da comunicação escrita e na ética jornalista, coisa que ultimamente tem estado muito em baixo.
Ana Gomes confirmou a sua candidatura à Presidência da Republica. Militante do PS e já apoiada por alguns elementos. Não levará o meu voto mas é bem dela, que tem mostrado ser corajosa e persistente.

Não estive no entanto a ver os debates políticos televisivos nem sobre Vicente Jorge Silva.

É que também hoje saiu o resultado de um pedido de revisão de um processo crime, de um homem que tinha sido considerado inocente, libertado em Janeiro e que hoje foi condenado a 25 anos. O julgamento tinha demorado um ano.
E foi a um pequeno programa sobre como isto pode acontecer que resolvi assistir.
É terrível pensar que uma pessoa é injustamente condenada, até mesmo à morte em certos países, que em Portugal já foi abolida; mas também ser ilibado se de facto foi o assassino perverso do caso em questão.
O caso vai ser reavaliado em tribunal. Daqui a uns meses. Mais um ano?