quinta-feira, 2 de julho de 2020



110º dia de recomeço do blog

#histórias de família#


Há muitos anos...
As casas antigas pombalinas eram construídas com uma gaiola de madeira, anti-sísmica porque aguentava movimentos e energia de tracção e compressão. Este tipo de construção começou a ser realizado depois do tremor de terra de 1755. Dava-se um salto e a casa tremia.

Em 1969 houve grande um tremor de terra em Lisboa, 7,5 da escala de Tichter que durou 1 minuto. Eu estava a dormir, fui acordada e levada pelos meus pais para uma obreira de uma porta principal. Lembro-me do barulho das portas de ferro do elevador a abanar, terrível barulho e da despedida por morte que o meu Pai antecipou e felizmente não aconteceu.

Julgo que esta fragilidade do meu Pai, "tirou-me o chão". Fiquei com um enorme medo, sentia pequenos abanões de terra que confirmava pelas notícias de que tinha havido mas que não eram quase insensíveis ao ser humano.
Andei assim uns meses, cheguei a tomar uns comprimidos para me acalmar. E depois, passou.

Não morreu ninguém mas muita gente ficou sem casa. 

O pânico revelou que muita gente dormia nua, pois a fugiam de casa para a rua ou telhado e estavam em pêlo.
Uma parturiente mais a parteira também fugiram para a rua.
Que terá acontecido a esse bebé?

terça-feira, 30 de junho de 2020



109º dia de recomeço do blog

Hoje é domingo
Pede cachimbo
Galo montês
Pica na rês
A rés é de barro
Pica no adro
o adro é fino
Pica no sino
O sino é de ouro
Pica no touro
O touro é bravo
Mata o fidalgo
E chora o menino 
que é pequenino.

Não, não é domingo. Hoje é 3a feira.
Foi um serão delicioso, eu e o meu primo Paulo, de quem sou muito amiga. 
Estivemos a recordar situações familiares, algumas hilariantes e acabámos a relembrar lenga lengas que nos contavam. Ramo da família de Trás-os-Montes.


Esta é com os nós dos dedos, ritmicamente a bater na mesa, toc, toc-toc, toc, toc--toc

Nós queremos
Nozes e figos e marmelada
Queijo londrino 
E vitela assada.

Televisão para quê, hoje nem olhamos.

segunda-feira, 29 de junho de 2020



108º dia de recomeço do blog


Gosto muito de guiar, viagens por boas estradas e em que ver a paisagem não é essencial. Nada melhor do que uma autoestrada sem muito movimento.
Neste momento de covid-19 ando sozinha, desde que comecei a mudar de casa volta não volta para desenjoar do sítio. 

Vou sempre de rádio ligado, sobretudo na antena 2, mudando para a 1 ou a TSF na hora dos noticiários.

Para além de música, a 2 tem programas de palavras que são muito interessantes.

Hoje, nos quase 400 kms que fiz, ouvi pela 1ª vez um programa do Martim Sousa Tavares.

Lira de Orfeu, eram 17 horas quando o ouvi. E começou de uma forma muito curiosa. Ele explicou que no período de pandemia em que não podiam ir para o estúdio gravar, ele descobriu que o carro, num sítio isolado era o ambiente mais insonorizado que arranjava. Então todos os programas destes meses têm sido feitos lá. E fez aquele que ouvi hoje, permitindo-se não regravar quando algum som não desejado acontecia. E aconteceu, um cão a ladrar.

O programa, cultural, de música, histórias relacionadas, tem uma característica interessante, aparentemente realizado por associação livre. As coisas aparecem e depois conseguimos perceber o fio condutor. Da importância da rádio desde o seu aparecimento, Pablo Casales, o seu esconderijo em Espanha no tempo da 2ª guerra, o 1º concerto que deu em Londres, e ouvimos parte do concerto, ou uma rádio norueguesa quase no pólo norte que ninguém sabe de quem é mas que tocou uma música do Mário Laginha e pôs uns milhares de pessoas a sintonizar, ou a música E depois do Adeus tocada pelo Laginha e o Bernardo Sassetti que faleceu fez agora anos, etc. 

A rádio e os programas que ouvi fizeram-me uma excelente companhia na viagem. Obrigada à rádio que em casa tantas vezes é escondida pela televisão.

domingo, 28 de junho de 2020



107º dia de recomeço do blog






Estas são Mantas de Minde. São muito bonitas, de lã e cardadas. Podem ter vários tamanhos e há quem as ponha como colcha, na parede e até no chão. 
Quando eu era pequena e ia passar uns dias de férias a esta terra, que carinhosamente chamo aldeia, o barulho dos teares ouvia-se por todo o lado. Muitos eram manuais, há quem tivesse um em casa, ou vários em fábricas.
O barulho das lançadeiras a irem de um lado ao outro do tear com a lã era uma companhia. E riqueza, Minde tinha muita gente de fora que ali morava por causa do trabalho. Depois... hoje é uma terra mais vazia.

Agora fazem-se poucas mas ainda há quem as faça.  O CAORG, Centro de Artes e Ofícios Roque Gameiro tem aberta uma oficina onde, além de as ver fazer, podem-se comprar.

E resolveu inscrever-las num concurso "Maravilhas da Cultura Popular". Já passaram muitos patamares e neste momento é um dos 10 finalistas, as mantas a representar o Distrito de Santarém. Um concorrente por distrito.

Querem votar? 760 207 754. Só telefones portugueses, faz parte do regulamento. Preço da chamada 0,60€ mais o IVA. É até dia de 15 de Julho.

sábado, 27 de junho de 2020



106º dia de recomeço do blog



Um engano num cruzamento de estradas pode acontecer. Mas a situação que este veio a criar foi estranha.

Numa zona de plantações de laranjas é costume haver produtores a venderem-nas em bancas à porta de casa.Costumamos repetir as mesmas quando saímos contentes com as compras.

Descobri uma vez que em duas estradas diferentes havia uma banca do mesmo homem inesquecível pelas suas características físicas, enorme em altura e largura, patologicamente disforme.

O engano levou-me àquela que vou menos vezes.
Paro o carro e um homem que desconheço aproxima-se. Cumprimento e pergunto-lhe se não é ali que costuma estar um homem forte, ele depois de um silêncio diz-me que essa pessoa até é meu filho mas não tem nada a ver comigo. Nesta casa não existe. Aliás para mim é como se não existisse.

Fico atrapalhada. Uma zanga enorme devia estar ali. Mas incomodada não perguntei mais nada.
Nem comprei nada que não gostei dos produtos...ou foi pela forma despudorada como falou do filho, a mim uma desconhecida?
E quando me dirijo para o carro ele ainda disse, ai vai comprar lá, olhe que a banca a seguir é doutro filho, esse todo meu.

Procurei a outra estrada e a banca que eu queria. Laranjas com muito bom aspecto, comprei uns sacos.

Quase 300 kms pela frente deu para pensar o acontecido. 
Também se terá zangado com a mulher?


sexta-feira, 26 de junho de 2020



105º dia de recomeço do blog


#Dica sobre como poupar dinheiro#

Notícia de telejornal hoje - Aumentaram os depósitos  bancários durante a pandemia. 

Em Março uma notícia chamava a atenção para a possibilidade do dinheiro ser um transmissor do vírus Covid-19. 

Durante o confinamento muitos ficaram em casa por terem sido despedidos, por terem ficado em layout com ordenados reduzidos e portanto sem dinheiro. Outros ficaram em casa com os ordenados mantidos mas sem ter, para além dos supermercados e algum take away, onde gastar o dinheiro. Claro que há as compras pela internet mas nem todos os fizeram, a maior razão por falta de utilidade ou utilização.

Até a droga teve dificuldade de chegar a Portugal, visto os aviões e comboios internacionais terem sido suspensos!

E se houve pessoas que para não serem contaminados não mexeram nas notas?

quinta-feira, 25 de junho de 2020



104º dia de recomeço do blog



Da série #deixei isto mesmo para o fim# 

Estamos novamente com o covid-19 em grande, em Portugal sobretudo na zona de Lisboa e concelhos limítrofes. Mas voltou a subir em todo o Portugal e muitos países da Europa.

Está o país dividido em três fatias. Cada uma tem as suas regras.



Todos os dias há novos locais com um surto. Não, não é por se fazerem muitos testes, é porque o vírus anda por aí. Depois com os testes contabiliza-se.

Mas acho estas medidas uma hipocrisia!

É a classe que tem piores condições de trabalho e de habitação que mais se infecta. São problemas que já existiam antes do vírus. 
Eu não sabia que Portugal continuava com tantos problemas sociais!

"Mantenham as distâncias" diz quem manda.




Quem tem de usar transportes vai que nem sardinha em lata. Mostraram hoje na televisão uma carruagem à cunha!

O governo decidiu que a partir do dia 1 de Julho, daqui a quase uma semana aumentam o número de transportes, camionetes e comboios. 


Esta semana continuem a infectar-se!