segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Aconteceu...é pobre a comunicação dentro de algumas famílias

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É muito impressionante a quantidade de pessoas que não falam com os seus próximos! Falar no sentido de comunicar mais do que a enumeração de coisas, falar no sentido de transmitir sentimentos, aceitar o outro nas suas ideias e poder debatê-las.
Muita gente pensa que "discutir" é gritos, berros, e até cortes definitivos. Por isso vivem as relações de forma superficial, sem nunca aprofundarem nada.
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Nas conversas que tenho com crianças e jovens encontro muitas vezes um desconhecimento completo das suas origens, parentescos é assunto muitas vezes desconhecido, em que trabalham os pais também ignoram, já para não falar de coisas mais íntimas, como eram os pais na idade deles, ou, e isso ainda é mais frequente, como sentem as coisas que se passam com eles. São assuntos que nunca se falam.
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Mas muitos pais afirmam que falam muito com os filhos, porque todos os dias lhes perguntam o que almoçaram na escola, ou se trouxeram trabalhos para fazer em casa e a pergunta sacramental do se se portou bem, sem que isso corresponda a mais nada do que à pergunta em si. No fundo, nestes casos, não há verdadeiro interesse pelo mundo da criança!
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Com tantas disciplinas que há nas escolas, podia haver uma em que as crianças pudessem conversar, serem ajudadas isso, a ouvir, questionar-se, saber sentir os outros, intervir de forma construtiva...mas quem daria esta cadeira?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aconteceu...Foto - O sol põe-se todos os dias...

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........................Foto - Vicente (5 anos e 9 meses)

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Poema - A. M. Pires Cabral

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VELHA ENTREVADA
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Aquele que não conhece a doença
nem o progresso nem o desfeito dela
mal saberá que mal alumiado
poço de angústias é uma velha entrevada
disposta em cama de palha
que não lhe retarda - antes fomenta -
a podridão,
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na esperança e no terror
de que tudo acabe em breve.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Aconteceu...Quanto vale uma pessoa? E até quando?

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O avanço científico e tecnológico é uma coisa espantosa!
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Os avanços da medicina conseguiram que a mortalidade infantil seja cada vez menor e a esperança média de vida aumente em todos os países ditos desenvolvidos.
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E as relações humanas, como estarão a progredir?
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Impressionamo-nos todos muito com a senhora que esteve nove anos morta dentro de casa com o seu amigo cão, que morreu junto dela? Há razões para isso!
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E que pensarmos daquele homem que, num open space com outros 23 funcionários, morreu no posto de trabalho e esteve cinco (5!) dias ali parado...porque morto?
"...Ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana".
Veja-se o que a chefia disse: "O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho". (N.Y. - EUA)
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Será mesmo este o mundo que queremos?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Poema - Alberto de Lacerda

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REMEMBER TO REMEMBER
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Não te esqueças de recordar
Não te esqueças
......................de esquecer

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Aconteceu...para tudo há solução! Porque não ter filhos de plástico?

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Na sequência do minha publicação de 5 de Fevereiro, sobre a dificuldade dos pais em poderem trabalhar e deixar os filhos bebés em bom porto, talvez tenha sido inventada uma solução.
Vi uma reportagem sobre as bonecas "Reborn". Muito semelhantes no aspecto a bebés, cabeça pesada, por encomenda podem até ficarem parecidas com o comprador. Estará a aqui a solução para ter filhos sem chatices nem perigos? Não precisam de amas, infantários e outros equipamentos infantis.
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"Os filhos crescem e a gente tem uma vontade enorme de eternizá-los por algum momento, pra que eles fiquem sempre pequeninos, e protegidos por nós. Se o tempo não volta mais, então há uma única forma de relembrar todos os dias de como era seu filho(a) que não para de crescer, é eternizando-o(a) em boneco(a), pra que passe de geração a geração, o orgulho seu de viver." - retirado da net, do site de um anunciante.
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Maud Mannoni, psicanalista, teve uma filha com uma deficiência mental grave. Escreveu sobre a criança que não deveria crescer, uma vez que nunca atingiria a autonomia.
Quanto às outras, o prazer saudavel das mães e pais é vê-los crescer bem. Faz-se o "luto" do passado para viver o presente e perspectivar o futuro.
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Na entrevista televisiva, impressionou-me uma mãe e a sua filha de cerca de 20 anos, a falarem nas bonecas, já têm várias, como se de bebés se tratassem.
"Matar saudades da filha que já cresceu" e outras frases deste calibre foram ditas pela senhora quase com idade para ser avó (ou ter juízo?).
E a mostraram a cómoda cheia de roupa para a boneca, como algumas mães têm para as suas crianças.
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Será que são revendedoras das bonecas e aquilo não passou de publicidade gratuita? Caso contrário...o grosso da coluna anda à solta!