domingo, 20 de dezembro de 2020

O meu telemóvel...para cumprir o dia.

 

278º dia do recomeço do blog

Casacos sem bolsos, onde guardar o telemóvel quando andamos em casa?

O TM é um objecto essencial. Penso às vezes que posso cair quando vou ou venho do quarto, se estou na cozinha e ele tocar está ali mesmo perto de mim. 

Quando trabalhava tinha o TM sem som durante as consultas. Das poucas vezes que me esqueci dele em casa, voltei atrás buscá-lo.

Este meu apego não é pois só sinal da idade, já era assim.

E acredito que sou uma pessoa que o usa pouquíssimo, ou melhor a quem me ligam poucas vezes.

O meu estava com um problema, a película estava de tal modo suja que eu tinha dificuldade em ver o "mostrador". No único dia em que passeei a pé por Lisboa vi uma pequena loja de artigos de comunicações. Entrei e quem me atendeu era francamente asiático, Índia, Bangladesh, Paquistão? Enquanto me mudava a película fomos conversando, ora em inglês ora em português. Nascido nos EUA de família do Bangladesh, estudou engenharia informática em Londres. Veio para cá e montou aquela lojinha. Conversa, película nova e trabalho de instalação 5€. Barato, muito barato e o meu TM ficou com um aspecto novo!

sábado, 19 de dezembro de 2020

Onde vos guardo?

 

277º dia do recomeço do blog

Sim, os escritores comigo este ano têm ganho muito pouco dinheiro. Não porque não leia, pelo contrário tenho lido bastante. 

Já no ano passado nesta época que não me entusiasma no seu aspecto comercial e obrigatório, resolvi oferecer livros que eu tinha gostado aos meus mais próximos. Alguns também comprados em livrarias solidárias, que recebem ofertas de livros por pessoas ou pelas editoras.

Aos meus filhos, alguns eram meus, até estavam assinados por mim e com a nota ou a dedicatória de quem mos tinha oferecido. Eles, que já são adultos, acharam piada pela ideia e gostaram. Outros comprados em Cascais na Déjà Lu, cujos resultados vertem para a Associação Trisomia 21.

Este ano, com os confinamentos, comprei vários na Livraria Solidária de Carnide, perto de minha casa. Esta tem um catálogo e mesmo sem sair de casa pode-se escolher e encomendar. O preço mais alto é de 5€. Os valores obtidos são para a Boutique da Cultura, Incubadora de Artes, com ateliers vários, um teatro. Um projecto resultou de uma proposta à Câmara Municipal de Lisboa inserida num dos projectos de apoio

Comprei os 4 volumes do Quarteto de Alexandria, escritos pelo Lawrence Durrell por 12€. Em estado novo, só um pouco amarelecidas as folhas. Edição Ulisseia 1973.

Dei este livro como exemplo. Comprei vários mas há lá muitos que não me interessam. Tem de se escolher.

Esta a razão pela qual não tenho comprado livros recém editados. Há vários saídos este ano que gostaria de ler. Que me desculpem os escritores que com as livrarias solidárias não ganham. Ficarão para outra altura.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Mulheres e suas caras

 

276º dia do recomeço do blog

Este ano estive muito tempo no Algarve e em Minde, fugindo ao apartamento de Lisboa. Lá podia apanhar ar livre e sol a sós ou com o distanciamento adequado.

A minha pele ficou uns meses bronzeada, cara incluída. 

A Isabelle Huppert, é uma maravilhosa actriz francesa que se protege de forma a nunca apanhar sol. De facto a pele da sua cara é muito clara, quase branca. Em termos de saúde a atitude dela é mais correcta, os melanomas são terríveis. 

Reparei agora nas suas sobrancelhas, finas e arranjadas, localizando-se só por cima dos olhos.

Pelo contrário, A Frida Kahlo, mexicana cuja obra pictórica tem uma marca que nunca nos faz duvidar que seja dela, não arranjava as sobrancelhas. 

Segundo li, Frida teria uma mono sobrancelha, que ao invés de depilar reforçaria com um lápis. Também ela não se protegia do sol mas coitada devido ao seu grave acidente esteve acamada muito tempo.

E porque peguei eu nestes factos tão sem importância de pessoas com tanto que contar? É que ontem dei um grande passeio a pé pela cidade de Lisboa. Houve sol durante parte do trajecto mas as nossas condições actuais não nos permitem apanhar sol na cara. 

Voilá! Máscara certificada com o padrão das mantas de Minde.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

O pato

 

275º dia do recomeço do blog





Um dia de sol! Estamos mesmo precisados, depois de tanta chuva molha parvos e céu cinzento. Uma esplanada junto ao rio Tejo, sem vizinhos nem máscara, o livro, um copo de vinho branco e mais tarde um prego e uma bica. Mas que bem que me soube!
A fotografia foi tirada quando uma nuvem branca passou tapando o sol. Não ficou bem, eu sei.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

RIP John le Carré

 

274º dia do recomeço do blog


Comprado em 2014,posto na estante, só no dia em que John le Carré morreu, 12 de Dezembro 2020, resolvi pegar-lhe e começar a leitura. 

Gosto de policiais, este é policial/espionagem. Começa-se e depois é só seguir. Bem escrito e interessante. Mais um ou dois dias fica lido.

John le Carré é o pseudónimo de David John Moore Cornwell mas para nós leitores terá sempre o nome com que escreveu os livros e com que bons filmes usaram os seus romances. Gostei muito do "Fiel Jardineiro".

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Vocalizes em "a"

 

273º dia do recomeço do blog


Dia de ensaio de côro. Por zoom, claro, o que faz com que seja outra coisa mas é muito bom nos tempos que correm. Iniciamos com os alongamentos da parte superior do corpo, ombros, cabeça, músculos faciais. E depois fazemos vocalizes atrás da maestrina. Nós com os microfones fechados, cantamos para nós. 

Depois, e um de cada vez, abre-se o microfone. Canta-se e a Sara chama a atenção para alguns aspectos a melhorar. Hoje cantei para todos, parte de When the Saints Go Marching in. Correu razoavelmente. Cantei eu e depois outros coralistas, vai correndo entre os presentes. Fiquei com a indicação que devo fazer vocalizes em "a". Começo amanhã.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Escrever como terapia?

 

272º dia do recomeço do blog

Porque escrevo desde há 272 dias sem interrupção? Já me fiz a pergunta várias vezes e pensei sobre isso.

O número de pessoas que passam por aqui é ínfimo, não será pois para ser lida pelos outros.

Recomecei a escrever a 15 de Março, altura do confinamento, alteração da minha vida. Sem destino nem assunto fixo, escrever é uma forma de pensar comigo. Tem dias em que não falo com ninguém, podia pensar para dentro, mas esta escrita no blog tem uma espécie de obrigatoriedade, "escreve Magda para pensares contigo própria". E faz-me pensar mais e tentar organizar o pensamento. Acho que se não o fizesse ia empobrecendo e destreinando o meu discurso.

As palavras, quando não usadas, vão desaparecendo da nossa memória. Temos de fazer um esforço para as encontrar, e se falarmos com alguém, procuramos as palavras e podemos não as encontramos. E o pensamento pouco fluido pode até ficar perdido na lógica.

Por isso continuarei a escrever, sem qualidade literária mas com uma finalidade, quase me atrevo a dizer, terapêutica.