sábado, 25 de julho de 2020



133º dia de recomeço do blog

Desde há meses que não ía passear para um centro comercial. De facto não era essa a minha ideia, entrei no Colombo para marcar a revisão do carro para a semana que vem, mudar óleo e filtro.


Não sabia que a garagem tinha estado aberta durante o confinamento. mas certamente tem muito menos trabalho que antes disto tudo. Vários mecânicos e dois carros nos elevadores. 

Propuseram-me então que deixasse ficar o carro logo naquela hora e que hora e meia depois visse buscar.

E foi por isso que me passeei pelo Colombo.
Pouca gente, todos de máscara mas duas lojas tinham fila comprida para entrar. Lojas de 1ª necessidade? Não, nada disso. Lojas de roupa!

Passei o confinamento sem sair. Depois passei a saír mas não gastei roupa nem nada que se visse. Porque há quem precise tanto de ir às compras?
Talvez deva ver por outro lado, comigo muitas empresas iam à falência, ainda bem que há quem faça mexer a pequena economia.

quinta-feira, 23 de julho de 2020



132º dia de recomeço do blog

#Incêndios. E a prevenção?#

Tenho andado bastante pelas autoestradas e estradas interiores nestes últimos meses de desconfinamento.  Tem-me chamado a atenção para os imensos terrenos sem limpeza.

Um destes dias fiz a estrada Minde-Fátima e impressionaram-me os terrenos sem limpeza, onde que pinheiros e eucaliptos, fetos enormes e outros vegetais secos cobriam todo o espaço! 

Eu que tive de gastar uma pipa de massa para limpar um terreno, que ninguém quer comprar e só dá despesa!
E quem são os donos daqueles?

Hoje ao vir na A2, autoestrada do norte, comecei a ver uma coluna enorme de fumo ao longe, ali por altura de Ourém. pouco depois labaredas que chegavam ao asfalto. A polícia obrigava os carros a saírem da autoestrada e virarem para Torres Novas, impedindo assim a passagem na A2 entre Torres Novas e Fátima. Tive sorte, eu vinha no sentido norte sul e passei embora saiba que pouco depois foi fechado também.

Estariam os terrenos de Ourém, confirmei depois ter acertado na localização, também ao abandono e sem limpeza? Como resolver este problema dos fogos que nos assola todos os anos se a prevenção não é feita?

quarta-feira, 22 de julho de 2020



131º dia de recomeço do blog

#o trabalho e o afecto#

Há 20 anos a trabalhar como empregada doméstica na mesma casa, pouco fala da sua vida. Das 9h às 17h, todos os dias. Os problemas, percebi agora, ficam lá fora.

Embora a mãe de 88 anos estivesse adoentada, maleitas da idade, não contou que há 3 dias tinha sido internada num hospital central.

Como de costume às 9h de hoje chegou. Foi pois com admiração que soube que a mãe tinha morrido esta noite. Chorosa mas rapidamente compôs-se.
Ofereci-me para ficar por cá mais um dia e uma noite, e ela disse que amanhã de tarde cá viria para cumprir o que tinha acordado, fazer até ao fim de semana dia e noite, uma vez que o patrão, da idade da mãe dela, está a recuperar de uma operação.

Mas e os 5 dias a que tem direito? ainda se perguntou. Não vou usar, afirmou.

Fiquei a pensar, esta aqui como empregada doméstica ganha como um médico recém especialista. É um ordenado que não é frequente para este trabalho. Será o dinheiro? O dever do cumprimento? Ou tem a ver com o tipo de afecto com a mãe que não é tão forte como se supõe?

Amanhã vou embora, ficarei sem compreender.  



terça-feira, 21 de julho de 2020



130º dia de recomeço do blog

#Bangladesh#Índia#Vietname#

Na RTP 1 está a passar um programa da Catarina Furtado fez no Bangladesh. Miséria, um país de 20 milhões de pessoas em que a grande maioria vive abaixo do limiar de pobreza.

Nunca estive no Bangladesh, mas estive na Índia e no Vietname. 

Talvez na Índia tenha sido mais visível aos meus olhos a fome, a miséria, as famílias que vivem na rua permanentemente. Chamou-me a atenção a diferença dos sem abrigos de Lisboa. Os pertences ficam todos arrumados quando partem para o trabalho e à noite cozinham nos passeios.
Mas também vi outros ainda mais pobres. 

Não me posso esquecer de uma miúda pequena, de uns 7 anos com uma irmã bebé ao colo e outro irmão pequeno a seu lado. Uma pessoa que ia comigo tinha no bolso um Sugus, um repito e deu-lhe. A mais velha partiu-o com os dentes aos bocadinhos e distribuiu. Foi talvez a cena que mais me emocionou.

Senti que em certos momentos devo ter construído uma certa carapaça para diminuir a emoção provocada por certas situações.
Um amigo meu depois de viajar pela Índia, impressionado deixou de comer e chegou ao aeroporto bastante mais magro e frágil.

segunda-feira, 20 de julho de 2020



129º dia de recomeço do blog


Escrevo pouco depois da hora do almoço o que não é meu hábito.

De televisão ligada tento ouvir a conferência de imprensa da Direcção Geral de Saúde.

Caramba, quanto tempo ainda será necessário passar para perceberem que este modo de comunicação é completamente errado!

Muito demorado, sem suporte visual dos vários assuntos que têm respostas longas...e ocas. Quem consegue acompanhar? Como médica as palavras, os assuntos não me são estranhos. Mas fico esvaída, o débito verbal da ministra é insuportável, verdadeira picareta falante.

E porque continuo a ver?

domingo, 19 de julho de 2020



128º dia de recomeço do blog

#Malditos insectos#

Este ano tenho sido uma desgraçada. Será do calor que há mais pulgas, mosquitos e melgas? Ou estou mais doce?

Não há dia que não seja ameaçada por um bicho voador. Comprei "raid" de ligar à tomada mas não fico suficientemente protegida. Felizmente que não faço alergia aos repelentes, aos quais estou quase adicta. 

Desde a minha viagem ao Vietname, onde consegui não ser mordida, que faz parte da minha "necessaire" o roll on e o spray para os tecidos. 
Umas 2 vezes por dia dou por mim passar o repelente mesmo pela cara.

E porque me lembrei agora? Porque no escuro do quarto a única luz é a deste computador e já vi que vou ter companhia...ou não, que ele vai já fugir de mim.

sábado, 18 de julho de 2020



127º dia de recomeço do blog


#Bananas da Colombia#


Colômbia




Acabei de ver na RTP2 mais um episódio das Inesquecíveis Viagens de Comboio, em que Phillipe Gougler nos leva a conhecer sítios, pessoas e zonas diferentes do planeta. Hoje foi na Colômbia.
Muito interessante e quem puder veja os episódios todos. 

Depois de termos "andado" de motomesa, transporte dos pobres e a tábua dos miseráveis, dirigiu-se para as plantações de bananas.
Pelo clima, situam-se em locais muito altos e de difícil acesso, em que os trabalhadores para lá chegar têm de fazer caminhos incríveis de camionete de caixa aberta e depois a pé. 

Por vales lindos, altíssimos, as bananas serão transportadas nas garruchas que mostro na foto roubada na net.
O peso dos cachos, uns 15 kg são inicialmente transportadas aos ombros.
Um trabalho pesadíssimo!

Todos os dias como uma banana, frequentemente da Colômbia.
Vou passar a ter mais respeito nesse momento porque nunca pensei que a banana da Colômbia desse tanto trabalho.