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BEIRA-MAR
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Mitológica luz da beira-mar
A maré alta sete vezes cresce
Sete vezes decresce o seu inchar
E a métrica de um verso a determina
Crianças brincam nas ondas pequeninas
E com elas em brandíssimo espraiar
Em volutas e crinas brinca o mar
sábado, 15 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Aconteceu...viagem de taxi com versos
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O senhor Carlos Alberto Miguel é um poeta popular. Durante a curta viagem foi versejando, já parado junto ao hotel onde estou fez várias adivinhas, construídas por ele em verso. E suponho que teria todo o tempo do mundo perante uma ouvinte curiosa como eu sou, não fosse a central de taxis chamá-lo.
A propósito do clima nas ilhas dos Açores, dizem, que todos os dias têm as quatro estações do ano. E talvez assim tenha sido hoje, muito inverno, algum outono, pouco verão e primavera.
A chuva, o vento hoje tornavam a descida desagradável. Aquilo que normalmente é um passeio, rua abaixo, lentamente, deixando o olhar espraiar e ir namorando o mar azul e a ilha do Pico ao fundo, seria hoje pouco apetecível.Por isso, em vez de ir a pé chamei um taxi.
Chegou. O motorista com ar envelhecido precocemente, parecia um pescador, tez queimada, com grandes sulcos verticais. Falador, meteu logo conversa. E como se soubesse que eu gostava de histórias nos taxis, começou a debitar versos.
Não vale a pena correr na vida
Porque a nossa vida é vindimada
Cada casa é uma latada
Vem a morte leva tudo
E a gente fica sem nada.
O senhor Carlos Alberto Miguel é um poeta popular. Durante a curta viagem foi versejando, já parado junto ao hotel onde estou fez várias adivinhas, construídas por ele em verso. E suponho que teria todo o tempo do mundo perante uma ouvinte curiosa como eu sou, não fosse a central de taxis chamá-lo.
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clima dos Açores,
Taxista
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Poema - Natália Correia
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Sou filha de marinheiros
Pelo mar que também quis,
Pela linha da poesia
Sou neta de D. Dinis.
Aquilo que nunca fiz
É a minha bastardia.
Sou filha de marinheiros
Pelo mar que também quis,
Pela linha da poesia
Sou neta de D. Dinis.
Aquilo que nunca fiz
É a minha bastardia.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Aconteceu...a cultura serve para alguma coisa?
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Escrevi eu a 9 de Janeiro deste ano que "Ao domingo os museus são gratuitos". São, ainda, mas parece que vão deixar de ser.
Sei, a crise. Mas receio que com o pagamento do bilhete, muita gente altere o programa e deixe de ir "passear" pelos museus, criar proximidade com eles e com as obras de arte.
Mais tarde haverá mais gente menos sensibilizada, mais bruta, analfabeta e outras coisas que só empobrecem um povo.
Não tenho a certeza de qual o país em que estive e cujos museus visitei, em que os visitantes do país tinham entrada grátis. É chato, também achei isso uma vez que paguei, mas é uma defesa dos seus habitantes e do seu nível cultural.
É só uma sugestão, ok?
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crise,
cultura,
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política
domingo, 9 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
Poema - Nuno Rocha Morais
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Deveria ser dado que morrêssemos
Com um amor ainda vivo em nós,
Como deveria ser dado a um pássaro
Morrer naturalmente em pleno voo.
Com um amor ainda vivo em nós,
Como deveria ser dado a um pássaro
Morrer naturalmente em pleno voo.
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