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sexta-feira, 5 de agosto de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Poema - Ana Hatherly
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O SOM DA VOZ
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O som da humana voz
sereia fugidia
alicia
um infindável círculo de leituras
Na página do som
uma sintaxe obscura
empurra o céu
o céu da boca
pássaro esquivo
Erguer a mão
segurar a pena:
escrever
é parar correndo
O SOM DA VOZ
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O som da humana voz
sereia fugidia
alicia
um infindável círculo de leituras
Na página do som
uma sintaxe obscura
empurra o céu
o céu da boca
pássaro esquivo
Erguer a mão
segurar a pena:
escrever
é parar correndo
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Aconteceu...bolas de Berlim com sotaque brasileiro
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Tanto quanto me lembro, a variedade de bolos que se vendem nas praias tem vindo a empobrecer.
Já lá vai o tempo das caixas brancas de folha que as vendedeiras vestidas de saia, camisa e avental brancos levavam à cabeça assentes numa rosquilha.
Num perfeito equilíbrio poisavam-nas na areia, ajoelhavam-se e com cuidado abriam as várias gavetas que elas continham cheias de bolos variados. E formava-se em seu redor um grupo de crianças e mães para escolher e comprar.
Já lá vai o tempo das caixas brancas de folha que as vendedeiras vestidas de saia, camisa e avental brancos levavam à cabeça assentes numa rosquilha.
Num perfeito equilíbrio poisavam-nas na areia, ajoelhavam-se e com cuidado abriam as várias gavetas que elas continham cheias de bolos variados. E formava-se em seu redor um grupo de crianças e mães para escolher e comprar.
No Algarve havia os homens com as cestas de bolinhos de amêndoa de fabrico artesanal, queijinhos e arrepiados; e os vendedores de bolas de Berlim, todas arrumadas e apertadinhas umas contra as outras e ainda quentes por vezes.
O pregão era sempre o mesmo e as crianças que faziam bolas com areia molhada envolvidas em areia seca, sabiam-no bem. Boliiinhas, quentes e boas, há com creme e sem creme, numa música inesquecível.
Os bolinhos de amêndoas desapareceram. Os bolos variados levaram o mesmo destino.
As bolas persistem, mas com música diferente. É que são vendidas maioritariamente por brasileiros, há-as com creme de ovo e de chocolate, vêm enfiadas nuns sacos de papel, e perderam a graça toda. A música e as palavras do pregão mudaram e variam de homem para homem.
De vez em quando, muito raramente lá aparece um vendedor português, com as bolas apertadinhas umas contra as outras e a saírem lateralmente amolgadas. E depois o momento mágico, em que o vendedor pega uma com uma tenaz de bolos e a entrega amparada num guardanapo.
Parece que têm outros sabor. É dessas que compro.
Etiquetas:
bola de Berlim,
lembranças e recordações,
praia,
pregão
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Aconteceu...que o dia estava de chuva...ou experiências breves num dia de férias
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..................................Fotos - Magda
Podia escrever sobre a infância, a curiosidade, a agressividade, lembrar "Os Desastres de Sofia" com as suas regras rígidas e culpabilizantes, e tantos outros assuntos afins. Deixo só as fotos, "mosca presa contra a vidraça" e "o troféu", que mostram a minha cúmplicidade, esperando que o sol volte depressa.
..................................Fotos - Magda
Aconteceu...problema com o programa?
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Peço desculpa mas já há uns tempos que não consigo responder aos comentários que em "certos dias" me deixam. Leio, acedo ao local da escrita, escrevo e parece que tudo está a correr bem e depois...nada e volta ao início sem ter sido publicado . Tento de novo e a cena repete-se. Canso-me e um pouco irritada com isso desisto.
Vou passar a responder por mail, quando o souber ou por post se houver matéria.
Poema - Jorge Sousa Braga
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MULHER
Metade mulher metade pássaro
Metade anémona metade névoa
Metade água metade mágoa
Metade silêncio metade búzio
Metade manhã metade fogo
Metade jade metade tarde
Metade mulher metade sonho
MULHER
Metade mulher metade pássaro
Metade anémona metade névoa
Metade água metade mágoa
Metade silêncio metade búzio
Metade manhã metade fogo
Metade jade metade tarde
Metade mulher metade sonho
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