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Hoje, como ontem, duvido de anteontem,
e nisto arrasto a minha vida
entre manhã e noite,
passado e futuro.
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Mesmo que fuja de ti, sei sem saber
que serei uma volátil substância
no rasto demente da fantasia.
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Portanto, ou se calhar, até ver,
nestas ondas sou verdade inteira,
breve herói,
voo intocável,
falso humano.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Aconteceu...granizada nos pomares e recordações do odor das maçãs de Moimenta da Beira
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Já aqui contei várias histórias do meu Serviço Médico à Periferia, em Moimenta da Beira.
Já aqui contei várias histórias do meu Serviço Médico à Periferia, em Moimenta da Beira.
O Centro de Saúde ocupava o rés do chão de uma moradia grande, antiga prisão desactivada. Como habitação, foi-nos distribuído o 1º andar, antiga casa do carcereiro. Da prisão restava dentro de nossa casa, um antigo quadro eléctrico com muitos botões, campainhas e luzes das celas, essas já transformadas.
Entravamos por uma porta, a que se seguia um corredor pequeno, e depois havia as escadas. Por baixo das escadas uma pequena divisão, aproveitamento do espaço, sem janelas.
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Poucos dias depois de ocuparmos a casa, várias pessoas nos vieram oferecer caixas de maçãs. Uns peros amarelos e umas maçãs vermelhas com o melhor cheiro que queiram imaginar.
Ensinaram-nos a forrar o chão daquele espaço que se transformou em arracadação de maçãs com cartões, e depois sem que elas se tocassem, dispô-las, lado a lado, no chão. E assim ficaram um ano, sem apodrecerem nem um bocadinho. E ainda vieram em caixotes para Lisboa para acabarem em compota.
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Mas, o que é inesquecível, é o maravilhoso cheiro a maçã que nos acompanhou durante esse ano pela casa toda, mal se transpunha a porta da rua.
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Esta semana durante 1 hora caiu uma granizada em 10 freguesias de Moimenta da Beira. As maçãs que se salvarem vão ser um bem precioso.
Entravamos por uma porta, a que se seguia um corredor pequeno, e depois havia as escadas. Por baixo das escadas uma pequena divisão, aproveitamento do espaço, sem janelas.
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Poucos dias depois de ocuparmos a casa, várias pessoas nos vieram oferecer caixas de maçãs. Uns peros amarelos e umas maçãs vermelhas com o melhor cheiro que queiram imaginar.
Ensinaram-nos a forrar o chão daquele espaço que se transformou em arracadação de maçãs com cartões, e depois sem que elas se tocassem, dispô-las, lado a lado, no chão. E assim ficaram um ano, sem apodrecerem nem um bocadinho. E ainda vieram em caixotes para Lisboa para acabarem em compota.
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Mas, o que é inesquecível, é o maravilhoso cheiro a maçã que nos acompanhou durante esse ano pela casa toda, mal se transpunha a porta da rua.
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Esta semana durante 1 hora caiu uma granizada em 10 freguesias de Moimenta da Beira. As maçãs que se salvarem vão ser um bem precioso.
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Serviço Médico à Periferia
domingo, 20 de junho de 2010
Aconteceu...que José Saramago disse
Pensar, pensar
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"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma."
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Revista do Expresso, Portugal (entrevista), 11 de Outubro de 2008, in Outros Cadernos de Saramago
Poema - José Saramago
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ARTE DE AMAR
Metidos nesta pele que nos refuta,
Dois somos, o mesmo que inimigos.
Grande coisa, afinal, é o suor
(Assim já o diziam os antigos):
Sem ele, a vida não seria luta,
Nem o amor amor.
ARTE DE AMAR
Metidos nesta pele que nos refuta,
Dois somos, o mesmo que inimigos.
Grande coisa, afinal, é o suor
(Assim já o diziam os antigos):
Sem ele, a vida não seria luta,
Nem o amor amor.
sábado, 19 de junho de 2010
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