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domingo, 8 de agosto de 2010

Aconteceu...que as férias de verão acabaram

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1 - Ontem ao jantar perguntei se alguém sabia se os consultórios e as clínicas a que recorrem, estão licenciadas.
Claro que ninguém tinha pensado nisso, e eu também não. Mas existem entre 200 e 300 clínicas não legalizadas segundo a ERS (Entidade Regularizadora da Saúde). Depois é um ai Jesus, que incrível! quando acontece algum problema grave com um doente, como recentemente aqui no Algarve. Mas afinal, quem, senão as autoridades, para pensar e actuar rápido quando sabe da existência de alguma? A bem da nossa segurança! Parece que não, porque nós é que devemos ver se está afixado o certificado na parede, nós é que devemos perguntar se há livro de reclamações, nós é que podemos ir à net ver no portal da Entidade como está a situação da clínica onde pensamos ir, segundo afirmou o presidente da ERS!

2 - Alguns bocados dispersos de conversas de vizinhos da praia:
Entre adolescentes crescidos: "Ele - então tu és a favor do casamento entre gays?" Ela - " Claro que sim, qual o problema?" Ele " E a adopção por gays?" Ela - "Claro que sim!" Ele - "E coitado do puto, chega ao 1º ano e perguntam-lhe o nome do pai José e o da mãe António, já viste o que vai ser?" Ela -" Não achas que ser maltratado por hetero pode ser terrível?" E diz ele que deve viver noutro planeta "Ora, isso é raro!" e eu sigo que já estou de saída.

Entre jovens adultas - "Ela - Ontem foi giro! Eles não tinham dinheiro, paguei a todos a entrada, éramos seis, foram só 60€ e assim bebi a bebida de todos" Outra - "E depois?" Ela - "Sei lá, não me lembro de nada!", e eu sigo que vou dar um mergulho.

3 - É assim, as férias acabaram 6ª feira, este fim de semana é bónus.
Cá estou, de novo, em Lisboa.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Aconteceu...valores, por onde andam?

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1 - Há muitos anos, era eu miúda, uma colega de turma tinha sempre muitos lápis e borrachas que o pai lhe trazia do serviço. Era funcionário público. Como o meu também era, contei-lhe e pedi-lhe que me trouxesse lá do serviço alguns para mim. Nesse dia à tarde ele veio do serviço e levou-me à Papelaria da Moda. Aí chegados disse-me para eu escolher o que quisesse de lápis e borrachas, e folhas. Perguntei-lhe porquê, e lembrou-me do meu pedido e disse-me uma coisa que ficou dentro de mim como um valor, que os lápis e borrachas que lhe distribuíam no Ministério, eram para ele trabalhar lá. Por isso não os trazia para casa e muito menos para uso da filha.
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2 - Uma amiga minha era filha de um Director Geral de Finanças que tinha um telefone oficial em casa. Ao lado estava o telefone que ele contratualizou para uso privado, como a família fazer chamadas. Este preciosismo ainda se "usa" hoje?
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3 - Conheço quem use o carro distribuído pela função que tem, com chauffeur agregado, para fazer serviços de distribuição da família. Os "utentes do carro" nem perceberam a minha adjectivação perante o que sinto ser um abuso. É que pagamos todos. Será normal?
Quando prescrevo um medicamento e o doente não o paga na farmácia porque é comparticipado a 100%, se ele me refere que "é de borla", aproveito para lhe explicar que não, que é pago por todos nós. Esta noção não é clara para a maioria das pessoas, mas a alguns não lhes interessa ver isso.
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4 - Como escrevi há dias, os pontos escritos e os exames eram respeitados por nós e tínhamos receio perante maus resultados. Hoje, sabemos que com frequência pais vão às escolas pedir contas aos professores. É assim que se transmitem os valores? Sim, que o respeito é um valor e de pequenino se torce o pepino!
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5 - Aconselho a ler o artigo do Rui Tavares no Público de hoje. "Duas Facadas na República". Muito bem escrito! Ilustra bem com dois casos recentes, como vamos de valores!.
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Nota - sou bastante irreverente, embora alguns dos meus textos não o demonstrem. Mas é preciso indignarmo-nos com certas coisas e foi o que eu quis fazer.