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domingo, 3 de janeiro de 2010

aconteceu estar a ler - 1

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(...) "Escolhia A Metamorfose em vez de O Processo, escolhia Bartleby em vez de Moby Dick, escolhia Um Coração Simples em vez de Bouvard e Pécuchet, e um Conto de Natal, em vez de Um Conto de Duas Cidades ou de As Aventuras Extraordinárias do Sr. Pickwick. Que triste paradoxo (...).
(...) Já nem os farmacêuticos ilustrados se atrevem com as grandes obras, imperfeitas, torrenciais, as que abrem caminho no desconhecido. Escolhem exercícios perfeitos dos grandes mestres. Ou, o que é a mesma coisa, querem ver os grandes mestres em sessões de esgrima, mas com combates a sério, nos quais os grandes mestres lutam contra aquilo, esse aquilo que nos atemoriza a todos, esse aquilo que nos acobarda e verga, e há sangue, feridas mortais e fetidez." (...).
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Imagem retirada da net
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No Inimigo Público de 9 de Outubro 2009 pôde-se ler:

“Dois mil seiscentos e sessenta e quantos?”
“Intelectuais pedantes não gostam que o título seja “2666””
“A Bola garante que Jorge Jesus seja Roberto Bolano”
“Código do cartão multibanco da maioria dos portugueses é 2666”
“ TVI ainda não sabe como enfiar à má fila referências a Roberto Bolano nos “Morangos com Açúcar””
“ Figuras públicas pediram reforma antecipada para ler 2666”

A mim bastou-me ser Natal, oferecerem-me o livro e ter muito tempo livre pelo pé partido que me obriga à imobilidade.

Da leitura hei-de ir dando notícias, mas sem saber sempre para onde se vai, ora com tonalidade mais depressiva ora irónica, a leitura é agradavel e prende. O livro é que é um tijolo pesado e pouco prático. Vou na página 271.