quinta-feira, 31 de março de 2011

Aconteceu...adeus às refeições em família? (continuação)

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Certas famílias "evitam" o tempo de estar juntas. . Uma refeição em conjunto e sem televisão pode ser um tempo de conhecimento e trocas.
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O conhecimento, no sentido das trocas de ideias e de experiências gera necessariamente sentimentos, emoções. Boas ou incómodas. . A relação com os outros, pode também ser um momento de grandes conflitos..

Comecemos pelo exemplo que dei no post anterior, ver televisão à hora da refição. Na mesma família haverá quem o deseja mas também quem desejaria outra coisa. São normalmente os homens que querem ver o telejornal e o futebol. As mulheres queixam-se que eles não falam, ficam presos ao écran. Os filhos acusam o pai de ser sempre ele a escolher o canal..
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E, durante algum tempo, este pode ser um motivo de mal estar, seguido até de discussão e zangas. E atrás destas, nunca resolvidas ou mal, outras virão, e a refeição poderá deixar de ser um momento de convívio agradável para passar um ambiente de guerra, gritos e choros..

Junte-se as mágoas que isto pode provocar e que, por nunca serem suficientemente faladas e digeridas, vão minando a relação da família.
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Outro motivo frequente de discórdia prende-se com a quantidade de comida que um filho deve comer, como se não fosse o estômago de cada um a dever decidir. Neste caso muitas vezes ambos os pais ficam de acordo, e a criança é o motivo de união da família à mesa, mas traduzida em discussão..
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Será também por isso, e por estes múltiplos desentendimentos que traduzem outros mais escondidos, dos quais nem sempre se quer tomar consciência, que há famílias a comer em tabuleiros e em espaços separados...e calados?

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