domingo, 24 de outubro de 2010

Poema - António Maria Lisboa

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POEMA DO COMEÇO
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Eu num camelo a atravessar o deserto
Com um ombro franjado de túmulos numa mão muito aberta
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Eu num barco a remoa a atravessar a janela
Da pirâmide com um copo esguio e azul coberto de escamas
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Eu na praia e um vento de agulhas
Com um Cavalo-Triangulo enterrado na areia.
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Eu na noite com um objecto estranho na algibeira
- trago-te Brilhante-Estrela-Sem-Destino coberta de musgo.

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