quinta-feira, 1 de abril de 2021

As máscaras e os brincos

 

375º dia do recomeço do blog

O último brinco que perdi foi num aniversário de um amigo, há uns anos, numa casa de fados que abriu só para a festa. 65 anos, 65 amigos. No final, já em casa, dei por falta de um brinco. Consegui pelo telefone falar com o aniversariante que ainda estava lá e o encontrou. Senti-me um bocado como a Cinderela quando perdeu o sapato. Tivemos de nos reencontrar para o recuperar. E ponto final.

Desde que se usa máscara, e eu uso sempre duas, uma cirúrgica e outra mais bonita (?), perco brincos com facilidade. Hoje foi um de prata com uma pedra da lua. Era bonito. Se alguém o encontrar que lhe dê bonito uso mesmo sendo só um.

Só a mim me acontece isto agora?

terça-feira, 30 de março de 2021

Bach, Freud, Thomas Mann e Júlia Mann.

 373º dia do recomeço do blog

Muito interessante a discussão do livro da Teolinda Gersão com a Deolinda Santos Costa, psicanalista, hoje num Facebook live organizado pela Porto Editora a propósito do livro O Regresso de Júlia Mann a Parati .

Comprei o livro mas ainda não o li. São 3 crónicas que se juntam num só livro a que se poderá chamar romance.

Na discussão ouvi falar da vida de Freud e de Thomas Mann. 

Por razões da minha formação tive de estudar bastantes coisas da obra de Freud, o que até me custou pela profundidade que era exigida. De Thomas Mann li e gostei imenso A Montanha Mágica e A Morte em Veneza. Mas de facto, deste último sabia muito pouco como pessoa. A conversa despertou-me curiosidade e fui procurar ler mais.

Falou-se de política, 2a grande guerra, judeus, inicial apoio de Mann a Weimar com posterior mudança de opinião e apoio aos aliados, família de ambos, relações com os filhos, um interesse em ambos pelo outro mas o despeito também, a inveja etc.

Eis como o FB que tanta gente despreza pode dar acesso a momentos tão interessantes.

Já para não falar do concerto da Gulbenkian que hoje transmitiu A Paixão Segundo São Mateus de Bach, com o maestro Michel Corboz. Uma maravilha!

segunda-feira, 29 de março de 2021

Diagnosticar não é fácil mas alguém julgava que era?

 372º dia do recomeço do blog

Não era Covid-19. Felizmente para mim também.

Até saber o resultado negativo, já de manhã aqui em casa, só pensava nas inúmeras coisas que tinha de fazer ou que me apeteciam fazer e me obrigavam a ir à rua.

Há doenças cuja apresentação não é a habitual. Sem as queixas mais frequentes, a observação no hospital provou que estava a fazer um pequeno enfarte do miocárdio, pelo que teve de ficar internado.

Eu que deixei de exercer, este é o 2º amigo que em poucos meses observo e envio para o hospital. Ambos ficaram internados e seria grave se não tivessem ido.

domingo, 28 de março de 2021

Hipóxia feliz, alcunha do Covid-19. Bolas!

 

371º dia do recomeço do blog

Chamada por um amigo que se sentia mal sem saber o que sentia, fui à sua casa com um oxímetro e um aparelho de medir a tensão arterial. 

De facto quase não se queixava de nada. Mas tinha um valor baixo de oxigénio no sangue sem a falta de ar compatível. E este é um dos sinais do Covid-19! A pessoa não se queixa de falta de ar!

Chamado o 112 lá está no hospital, grandes hipóteses de ser Covid-19.

Eu fui com duas máscaras, que nunca tirei, distância adequada excepto no momento de medir a tensão e medir o oxigénio, fiz lavagem das mãos com sabão da loiça. Mas estou à espera de saber o resultado dele, para já fico isolada. Bolas! 

sábado, 27 de março de 2021

Dia do Teatro

 

370º dia do recomeço do blog

Hoje é o Dia Mundial do Teatro. 

Na RTP2 deu antes do telejornal um filme sobre João Villaret que tinha dado já na pandemia. Não faz mal nenhum, pena é que tão pouca gente veja a 2. Depois do telejornal vai dar uma peça de teatro. Óptimo!

No entanto ontem o Ministério da Cultura fez chegar a muitos artistas a informação que tinham ficado fora de receber qualquer subsídio. Uma homenagem!?!

Gosto muito de teatro. Sou desde há muito assídua nos espectáculos de algumas companhias. Tenho visto "coisas" tão boas, temos artistas tão bons! Artistas, encenadores, coreógrafos e todos os outros necessários para porem uma peça em cena.

Sei, julgo saber que nada será como antes, mas aguardo com espectativa o poder assistir a uma peça ao vivo.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Qual o nome do Jardim do Cais do Sodré?

 369º dia do recomeço do blog

Continuo, sempre que posso a ver o concurso Joker.

Julgo que que quem assiste, vai  não só respondendo em casa às perguntas, sentado no maple, como imaginando uma pergunta difícil mas fácil para si se acaso estivesse lá à beira dos 75 mil.

Aconteceu há muitos anos, era eu miúda, uma história engraçada e proveitosa, com a minha Mãe.

A Camisaria Moderna, que já não existe, era talvez uma das melhores loja de roupa de homem que havia há muitos anos. Ficava no Rossio. E ia a minha Mãe a passar em frente, sai lá de dentro o Igrejas Caeiro, que lhe pergunta se quer participar ali num concurso.

Só um parêntesis, claro que já ninguém sabe quem ele foi. Na altura era muito conhecido. Actor, locutor, homem perseguido nos cargos públicos pelas suas posições antifascistas, foi depois deputado e vereador. E agora para completar, pertencente à maçonaria.

Continuando a história, o concurso era constituído por uma pergunta sobre Lisboa.

Identificando-se a minha Mãe pelo seu nome próprio e último apelido, a pergunta que sai era sobre a localização do Jardim Roque Gameiro. Acontece que era o apelido materno da minha Mãe e que ela tinha ido à inauguração. Ganhou dinheiro e roupa de homem para o meu Pai.

Mas uma sorte assim não acontece frequentemente. Seria uma pergunta que eu também saberia responder no Joker.

quinta-feira, 25 de março de 2021

A propósito de um policial

  368º dia do recomeço do blog

Há fases da vida em que os livros policiais ajudam imenso, diria mesmo, é o único tipo de literatura que nos prende.

"Sem o nariz, desaparecera todo o aspecto humano reconhecível." in. Vestido para a Morte de Donna Leon.

Há fases da vida em que os livros policiais ajudam imenso, diria mesmo, é o único tipo de literatura que nos prende.

Esta frase, aplicada ao rosto de um assassinado a quem foi destruído o rosto, fez-me pensar. Sim, não há mais nenhum animal como um nariz como os homens. Macacos, cães, gatos, leões, ratos, coalas, chimpanzés, elefantes, bois e todos os outros animais. 

O nariz do homem foi esborrachado e a cara também ficou amulatada. Só que ainda não sei se foi só a raiva que causou a força toda destruidora ou se é para impedir a identificação do homem. Logo ficarei a saber.