segunda-feira, 10 de agosto de 2020



150º dia de recomeço do blog



Reformado, vive meio ano em Portugal, meio ano no Brasil, junto ao mar.
Suposto ter chegado em Abril a pandemia obrigou-o a manter-se no Brasil até Julho.

Fomos jantar hoje. Somos "para-primos", primos direitos da mesma pessoa, ele por parte da Mãe, eu por parte do Pai.

Subiu a minha casa antes de sairmos para jantar aqui no bairro.
Recebi-o de máscara, ele cara à vista.

Ficou admirado. Expliquei-lhe que a minha máscara era uma protecção para ele como uma dele seria para mim.

Descemos os 3 andares, ele de elevador, eu pelas escadas. Admirou-se. Lá lhe expliquei a razão.

Jantámos em mesas em diagonal.

Ao ir ao WC avisaram-no que tinha de pôr a máscara.

Admirada com ele? Claro que não, veio do Bolso-coiso que tem desrespeitado tudo e não faz nenhuma educação das regras de saúde pública.

O jantar, bem português, estava delicioso e foi muito bom reencontrá-lo.

domingo, 9 de agosto de 2020



149º dia de recomeço do blog


Na esplanada duas amigas conversam.
As duas de máscara e uma de óculos escuros grandes. Só se via o cabelo (franja) e o pescoço.

Diz a só de máscara, a falar a sério: Sabes, uma das vantagens disto é tapar-nos as rugas.
E olha para a outra, irreconhecível por estar completamente tapada.
E a ti também te beneficia.

Ao que esta responde com ironia: Estás aqui estás a defender o uso da burca, a bem das rugas!

E um grande silêncio segui-se.


148º dia de recomeço do blog


Tão satisfeita me senti na minha casa que ontem, sábado, me esqueci deste aqui onde escrevo.

"O que eu desejo é apenas uma casa. Em verdade,
Não é necessário que seja azul, nem que tenha cortinas de rendas.
Em verdade, nem é necessário que tenha cortinas.
Quero apenas uma casa em uma rua sem nome."

Manoel de Barros

sexta-feira, 7 de agosto de 2020



147º dia de recomeço do blog

Poisei. Hoje. Na minha casa. Em Lisboa.

Desde que começou o desconfinamento, fiz viagens de carro Portugal norte, Porto, Portugal centro, distrito de Santarém, Portugal sul, distrito de Faro.

Não foi assim linear, foram quilómetros e quilómetros, porque algumas das viagens foram repetidas, intercaladas, repetidas.

Cheguei hoje de Peniche/Baleal, conforme já escrevi. Com os meus netos.

Estive em fato de banho umas 2 horas. Um vento insuportável, nevoeiro quase todos os dias e a durar o dia todo, frio.

Nunca usei tanto o forro polar que à última hora resolvi pôr na mala. Assim como o casaco vela, quente e bem protector.

Com os netos. Gostaram. E eu gostei de estar com eles. Mas o Oeste tem dias difíceis!

quinta-feira, 6 de agosto de 2020



146º dia de recomeço 

Morreu hoje a Fernanda Lapa, Mulher importante nomeadamente na área do teatro. Fundadora da Escola de Mulheres, foi também uma lutadora pelos direitos das mulheres.

Tive a sorte de a ter visto e ouvido em Janeiro deste ano nas Comemorações de homenagem a Bernardo Santareno Médico e dramaturgo.
Também em Janeiro fui ver uma peça de teatro encenada por ela, "Nem Flores Nem Coroas" de Orlando Costa. Julgo que a sua última encenação.

Tanta gente com história e importantes para a cultura tem morrido ultimamente. Sempre a ficarmos mais pobres.
Mas felizmente há muita gente nova com garra, esperemos que tanto como ela.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020



145º dia de recomeço do blog

Acordei com foguetes lá longe. 

Faz hoje um ano foi ver a procissão noturna de barcos em Peniche. Uma fila comprida de barcos engalanados de luzes, embarcações de várias dimensões, com música que deles saíam. 

Nesse dia os restaurantes em Peniche estavam quase todos fechados ao jantar. 

São importantes estes eventos que juntam populações. 

No actual estado por causa da Covid 19, não  sei como será  hoje.

terça-feira, 4 de agosto de 2020



144º dia de recomeço do blog

Hoje está sol! 

Embora quase sempre a olhar para o mar que os meus netos com prancha de surf ou bodyboard por lá andam, ainda vou tendo uns bocados para ler.

Falta pouco para terminar "Uma ida ao motel e outras histórias" de Bruno Vieira do Amaral, escritor que recebeu já vários prémios entre os quais o Prémio Saramago.

Não é por preconceito mas não fosse ler publicado no jornal outra história "Wilson, Almada, Angola", grande e bem escrita que mostra bem que em Portugal existe o racismo, não teria comprado o livro.
O título é francamente por razões de comércio, o que lamento.

Todas bem escritas, focando aspectos do ser estar e  pensar de alguns portugueses, nomeadamente na margem sul de Lisboa, bairros suburbanos e outras gentes com quem nos cruzamos, gostei mais de umas que de outras, mas merece bem a pena ler.