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..................................Foto - Magda
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Poema - Adília Lopes
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Comprei hoje
na Casa Batalha
uma camélia amarela
de pano
pendurei-a na parede
a tapar um prego
para não me esquecer
de me benzer
Comprei hoje
na Casa Batalha
uma camélia amarela
de pano
pendurei-a na parede
a tapar um prego
para não me esquecer
de me benzer
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Aconteceu...é pobre a comunicação dentro de algumas famílias
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É muito impressionante a quantidade de pessoas que não falam com os seus próximos! Falar no sentido de comunicar mais do que a enumeração de coisas, falar no sentido de transmitir sentimentos, aceitar o outro nas suas ideias e poder debatê-las.
Muita gente pensa que "discutir" é gritos, berros, e até cortes definitivos. Por isso vivem as relações de forma superficial, sem nunca aprofundarem nada.
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Nas conversas que tenho com crianças e jovens encontro muitas vezes um desconhecimento completo das suas origens, parentescos é assunto muitas vezes desconhecido, em que trabalham os pais também ignoram, já para não falar de coisas mais íntimas, como eram os pais na idade deles, ou, e isso ainda é mais frequente, como sentem as coisas que se passam com eles. São assuntos que nunca se falam.
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Mas muitos pais afirmam que falam muito com os filhos, porque todos os dias lhes perguntam o que almoçaram na escola, ou se trouxeram trabalhos para fazer em casa e a pergunta sacramental do se se portou bem, sem que isso corresponda a mais nada do que à pergunta em si. No fundo, nestes casos, não há verdadeiro interesse pelo mundo da criança!
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Com tantas disciplinas que há nas escolas, podia haver uma em que as crianças pudessem conversar, serem ajudadas isso, a ouvir, questionar-se, saber sentir os outros, intervir de forma construtiva...mas quem daria esta cadeira?
É muito impressionante a quantidade de pessoas que não falam com os seus próximos! Falar no sentido de comunicar mais do que a enumeração de coisas, falar no sentido de transmitir sentimentos, aceitar o outro nas suas ideias e poder debatê-las.
Muita gente pensa que "discutir" é gritos, berros, e até cortes definitivos. Por isso vivem as relações de forma superficial, sem nunca aprofundarem nada.
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Nas conversas que tenho com crianças e jovens encontro muitas vezes um desconhecimento completo das suas origens, parentescos é assunto muitas vezes desconhecido, em que trabalham os pais também ignoram, já para não falar de coisas mais íntimas, como eram os pais na idade deles, ou, e isso ainda é mais frequente, como sentem as coisas que se passam com eles. São assuntos que nunca se falam.
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Mas muitos pais afirmam que falam muito com os filhos, porque todos os dias lhes perguntam o que almoçaram na escola, ou se trouxeram trabalhos para fazer em casa e a pergunta sacramental do se se portou bem, sem que isso corresponda a mais nada do que à pergunta em si. No fundo, nestes casos, não há verdadeiro interesse pelo mundo da criança!
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Com tantas disciplinas que há nas escolas, podia haver uma em que as crianças pudessem conversar, serem ajudadas isso, a ouvir, questionar-se, saber sentir os outros, intervir de forma construtiva...mas quem daria esta cadeira?
Etiquetas:
falta de comunicação,
ignorancia,
pobreza relacional afectiva
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Poema - A. M. Pires Cabral
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VELHA ENTREVADA
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Aquele que não conhece a doença
nem o progresso nem o desfeito dela
mal saberá que mal alumiado
poço de angústias é uma velha entrevada
disposta em cama de palha
que não lhe retarda - antes fomenta -
a podridão,
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na esperança e no terror
de que tudo acabe em breve.
VELHA ENTREVADA
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Aquele que não conhece a doença
nem o progresso nem o desfeito dela
mal saberá que mal alumiado
poço de angústias é uma velha entrevada
disposta em cama de palha
que não lhe retarda - antes fomenta -
a podridão,
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na esperança e no terror
de que tudo acabe em breve.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Aconteceu...Quanto vale uma pessoa? E até quando?
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O avanço científico e tecnológico é uma coisa espantosa!
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Os avanços da medicina conseguiram que a mortalidade infantil seja cada vez menor e a esperança média de vida aumente em todos os países ditos desenvolvidos.
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E as relações humanas, como estarão a progredir?
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Impressionamo-nos todos muito com a senhora que esteve nove anos morta dentro de casa com o seu amigo cão, que morreu junto dela? Há razões para isso!
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E que pensarmos daquele homem que, num open space com outros 23 funcionários, morreu no posto de trabalho e esteve cinco (5!) dias ali parado...porque morto?
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Os avanços da medicina conseguiram que a mortalidade infantil seja cada vez menor e a esperança média de vida aumente em todos os países ditos desenvolvidos.
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E as relações humanas, como estarão a progredir?
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Impressionamo-nos todos muito com a senhora que esteve nove anos morta dentro de casa com o seu amigo cão, que morreu junto dela? Há razões para isso!
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E que pensarmos daquele homem que, num open space com outros 23 funcionários, morreu no posto de trabalho e esteve cinco (5!) dias ali parado...porque morto?
"...Ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana".
Veja-se o que a chefia disse: "O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho". (N.Y. - EUA)
Veja-se o que a chefia disse: "O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho". (N.Y. - EUA)
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Será mesmo este o mundo que queremos?
Etiquetas:
falta de afecto,
falta de relações,
isolamento,
o valor do ser humano
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
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