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segunda-feira, 28 de março de 2011

Aconteceu...adeus às refeições em família?

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Quando eu era miúda, há umas largas décadas, lembro-me de algumas histórias que as empregadas lá de casa contavam da vida delas. Filhas de gente humilde, ou mesmo pobre da província, algumas dormiam na sua própria cama e sozinhas pela primeira vez quando vinham servir..

A Maria contava-me que eram 6 irmãs e dormiam todas na mesma cama, umas com os pés para a cabeceira e as outras ao contrário. A comida era pouca, ou pouco diversificada, coisas que o campo dava, pão e mais uma galinha que de vez em quando matavam. A sopa vinha na panela que pousavam em cima da mesa, à volta da qual todos se sentavam..

Os tempos mudaram. Estamos outra vez com situações económicas muito complicadas para certas famílias. Mas muitas habituaram-se a objectos, leia-se bens materiais, e fazem deles uma gestão muito mal feita..

Dizia-me um pai que o filho de 8 anos nunca come com os pais. A razão era que o programa de televisão que se vê na cozinha, onde os pais fazem as refeições não agrada ao rapaz. Esta situação tem alguns anos de instalação e vai ser difícil de alterar. O pai, encolhendo os ombros, justifica-se que ele nunca teve televisão em pequeno, e agora que pode dar ao filho esse prazer... . A mesa e o convívio deixaram de fazer parte das rotinas e hábitos. . Esta situação, mais frequente do que se pensa, é grave.

Pais e filhos criam caminhos divergentes. Se nada for feito para os aproximar, um dia serão quase desconhecidos, com todos os riscos que isso implica, quer para os jovens, quer para os pais quando forem idosos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Aconteceu...que com o mal do vizinho podemos nós bem

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De vez em quando somos confrontados com situações que nos dão um autêntico abanão.
Em termos de doença, por exemplo, acontece por exemplo vamos a uma consulta mas não imaginamos que a situação possa ser grave. Quando o médico dá o veridicto nem o entendemos, ou só parcialmente, ou até erradamente. E podemos mesmo ficar com alguma desorganização psicológica momentânea.
Não, não é má vontade nossa, mas só ouvimos e compreendemos o que podemos aceitar naquela altura. Depois, a pouco e pouco, vamos elaborando o choque da novidade e poderemos vir a compreendê-la mais tarde.
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É uma posição difícil para os pais que ouvem dizer que o que os filhos têm é isto, ou aquilo. Às vezes apetece não ouvir o que nos estão a dizer. Tirem-me deste filme, como se dizia há uns anos.
Quando me dizem que aqueles pais não querem compreender o que é evidente para um técnico, costumo dizer que não podem, tem de se dar tempo, uns sais (conversar), uma água das pedras (ir compreendendo as pessoas) e mais tarde poderão compreender/ver.
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Nem sempre é assim, alguns têm uma dificuldade acrescida. Como aqueles para os quais os filhos são o seu espelho para os outros. Poderão sentir como grandes feridas para eles próprios a doença ou as dificuldades dos filhos. E dificilmente poderão aceitar.
Outros, perante os problemas dos filhos, conseguem pôr-se na posição da criança, identificando-se por forma a compreender e sentir o que elas sentem, seja a dôr física, a irritação, a dificuldade de se integrar, brincar ou evoluir como os outros, tornando-se possível a sua relação positiva.
Estes pais são muito mais capazes de ajudar os filhos a ultrapassar as dificuldades.

Mas lá que há notícias que dão "digestões" difíceis, isso há!