Mostrar mensagens com a etiqueta mulheres. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mulheres. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aconteceu...que as mulheres podiam fumar

.
Na rádio do carro estavam a transmitir uma entrevista a um médico. Não a ouvi desde o princípio, mas falavam do cancro do pulmão e da relação com o tabaco. São entrevistas que fornecem informações que podem ser importantes, por exemplo dos perigos de fumar, embora julgue que todos os fumadores têm conhecimento, ou quase todos.
.
Tinha lido recentemente e ali também foi focado, que as mulheres portuguesas estão a ser cada vez mais fumadoras. Ora se hoje o cancro do pulmão é predominante nos homens, no futuro esta situação pode alterar-se.
.
E a certa altura, o entrevistador afirma que "era uma coisa boa do fascismo as mulheres não poderem fumar" e estou a citar de cor. Não sei a idade do jornalista nem do médico que não se manifestou em contrário.
Acontece que no tempo do fascismo eu era fumadora. Saltei com aquela afirmação. Não, não era proibido as mulheres fumarem, não senhor!
No fascismo havia muitas proibições em que as mulheres eram penalizadas. Foi o caso das enfermeiras não poderem casar, assim como as professoras primárias numa certa época do fascismo.
Quanto ao tabaco, os portadores de isqueiros tinham de ter licença. Podia-se fumar nos transportes públicos, cinema, circo, em quase todos os sítios. Havia anúncios a marcas de cigarros. Nos programas de televisão as pessoas apareciam a fumar. Havia convite ao fumo!
.
Era inconveniente as mulheres fumarem na rua, não por proibição mas por regras sociais retrógradas, em que a diferença entre mulheres e homens era muito marcada. Fumava-se na rua sim, faziam-no as mulheres que se conseguiam libertar dessas imposições.
.
Estas pequenas desinformações, "uma coisa boa do fascismo" incomodam-me.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

aconteceu...conferência de Isabel Allende

.
Enviaram-me por mail esta comunicação de Isabel Allende. Ouçam e pensem, vale bem o tempo que demora.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

aconteceu no taxi - 3 A culpa é das mulheres

Foi o 1º taxi em que entrei com separador, por um quadrado de abertura comunica com o cliente . Chauffeur de boné à Lenine, e de conversa imediata.Estava um dia gelado e uma conversa parece que nos aquece.

Naquela profissão desde 1976, vai-me explicando que "isto está muito mau", referindo-se ao lucro de um taxista. Lisboa tem cerca de 4000 taxis, o mais caro não é comprar o taxi é o alvará. Por isso muitos taxistas, como ele, fazem-se sócios de cooperativas que lhes "alugam" o alvará. Há várias modalidades, no caso dele deu o carro, paga as despesas do carro, seguro, oficinas, gasolina, e fica com cerca de 40%do dinheiro do dia.

Mas, diz ele, quando começou a trabalhar em 4, 5 horas fazia o que faz hoje, 70 a 80 € por dia ilíquidos. "Isto está mau" vai repetindo. Lamenta-se não ter ido para a polícia, isso é que tinha sido bem visto, e estava quase reformado. Assim, quando o fizer, vai ficar com "300€ por mês,já viu?", tenho de concordar que é pouco.

Conta da filha, enfermeira, com vários empregos, comprou casa, carro, tem de ser.Mora na periferia de Lisboa e perde horas em bichas.

Como ela, diz, toda a gente tem carro, para que precisam de taxis? "Olhe a senhora, se calhar só precisa por andar assim com o pé". Condescendo, é verdade.
Quer-me convencer das vantagens do taxi, porta à porta, sem pagar estacionamento, nem seguro, nem... Todas as casas agora têm vários carros, nem é só um!
Estamos a chegar ao meu destino e ele faz uma análise sociológica da questão "A culpa é das mulheres, antes eram só os homens que tinham carro"!