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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Aconteceu...a propósito de uma notícia - 7

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Li no jornal que começaram as provas de aferição dos alunos. Já depois de ter publicado este pequeno texto leio na televisão (sem som) que os alunos foram testados.
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"As Provas de Aferição de Língua Portuguesa e de Matemática dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico visam avaliar o modo como os objectivos e as competências essenciais de cada ciclo estão a ser alcançados pelo sistema de ensino. A informação que os resultados destas provas fornecem mostra-se relevante para todos os intervenientes no sistema educativo, alunos, pais, encarregados de educação, professores, administração e para os cidadãos em geral. Estes resultados permitem uma monitorização da eficácia do sistema de ensino, devendo ser objecto de uma reflexão ao nível de escola que contribua para alterar práticas em sala de aula, que assim podem e devem ser ajustadas de modo sustentado." in Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério de Educação".
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Portanto sem stress, o aluno faz as provas de aferição e pronto, estão feitas, acabadas. São informativas. Violinos!
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Comecei a pensar nos meus tempos de escola, que por acaso avaliava os alunos e tinha instituído o direito a estar no Quadro de Honra, mensalmente, e ter as Félicitations du Conseil de Discipline, se tinha durante um trimestre estado sempre no Quadro de Honra. E no fim do ano tinha uma cerimónia pomposa, com direito a cantar o Hino, a chamada Distribuição dos Prémios, em que os melhores alunos eram chamados ao palco para premiar o seu esforço e sucesso, o melhor tinha o chamado Prix d´Excellence. Recebiam-se livros, bons livros. Os nomes dos outros alunos, por disciplina mas também por certas aptidões eram citados e tambéns inscritos num livro distribuído anualmente. Nunca fui ao palco mas tive várias citações. Recebi vários livros que pela nacionalidade da escola, eram sempre em francês.
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Na minha vida de estudante tive várias fases, de boa aluna, com direito a Félicitations, a aluna irregular, um Quadro de Honra de vez em quando, e mesmo a aluna cábula.
Mas uma coisa eu sei, é que mesmo nos meus piores momentos o motor era o receio dos resultados dos testes. O que fazia com que, tivesse metas organizadas para estudar...para os ditos. Porque eles valiam de facto, eu sabia que testes fracos ou negativos eram dificuldades acrescidas para mim, na família, na escola e havia o risco real de reprovação em qualquer ano.
Não me fez nenhum mal, não fiquei traumatizada como está na moda dizer-se. Criou-me pelo contrário hábitos de trabalho, metas a cumprir, respeito pelas obrigações, e até entusiasmo pelo sucesso do trabalho que realizamos.
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A função da escola parece estar a falhar. Deve ensinar e fazer com que os alunos aprendam e fiquem a saber. Adquiram hábitos de trabalho e de curiosidade intelectual. Os pontos escritos com valor a sério serão uma das vertentes? Eu cá acho que ajudaria. E dever-se-iam chamar de avaliação, porque não?
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Não, não, não estou a esquecer as crianças com necessidades educativas especiais, mas não estou de acordo que seja facilitando que elas se fortalecerão, há que preparar intervenções específicas para elas, na escola, fora dela e muitas vezes noutras escolas especialmente preparadas. Mas este tema que já abordei um dia ainda que de forma breve, poderá ficar para outro dia.