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sexta-feira, 4 de março de 2011

Aconteceu... o que os outros vêem em nós e nos convencem do que somos. Às vezes impedem-nos o futuro.

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Não há ninguém que não tenha álgum aspecto positivo.
Mesmo a pessoa com maiores dificuldades têm qualquer coisa boa em si. Pode ser bonita, sem doenças físicas, simpática, divertidas, prestáveis, gostar de cozinhar, sei lá! Mas na escola não funciona, não aprende e é mau estudante.
Pronto, para muitos pais todo o resto positivo se apaga e só sobra o aluno.
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Muitas famílias só valorizam as capacidades académicas dos filhos. As conversas são sobre a escola, da maneira mais restrita.
Aos filhos perguntam "o que comeste ao almoço? portaste-te bem? tens trabalhos?". Esta conversa para alguns é diária e única. O que faz com que conversar com os pais seja uma chatice.
Mas mais grave, muito grave mesmo, é que muitos pais não conhecem verdadeiramente os filhos, nas suas qualidades, capacidades e qualidades. Desde que na escola não progrida, todo o resto fica apagado e desvalorizado.
Ou seja não os conhecem de forma mais profunda, só os conhecem através do seu desejo posto no filho.
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Isto é trágico. É exigido a certas crianças e jovens o que eles não podem dar. E só é valorizado o que não conseguem dar. Todas as qualidades são desvalorizadas.
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Muitas vezes isto resulta de atitude de negação dos pais. Já lhes foi dito, explicado, exames, relatórios, mas é demasiado duro para que eles possam ouvir.
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São famílias muito infelizes. Os filhos podem não conseguir reconhecer e valorizar as outras qualidades que no também têm. Tudo o que lhes reconhecem não presta. Resultado, são todos muito infelizes e têm vidas de insatisfação.