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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Aconteceu...enquanto se espera

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A "literatura" das sala de espera dos serviços de saúde é frequentemente pouco cuidada. É raro ter alguma qualidade, resumindo-se aos jornais gratuitos diários na maioria dos hospitais privados, revistas vulgares, de pouca qualidade, na maioria dos consultórios. No meu serviço, num hospital público, são os técnicos que levam as revistas depois de lidas em casa o que faz com que o stock seja mais ou menos renovado.
Às vezes há uns incidentes curiosos, pois por distracção e pouco cuidado também, reparamos um dia com uma revista com conteúdo tratado de forma sensacionalista que poderia perturbar os nossos utentes. Foi prontamente retirada.
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A sala de espera da clínica de fisioterapia onde fui esta semana estava cheia de doentes. É exígua, tem uma fila de cadeiras fixadas às paredes laterais deixando um corredor estreito onde uma cadeira de rodas eléctrica não cabe. Lá no alto uma televisão acesa mas sem som. Só um dos lados da sala a pode ver, arriscando-se a ficar com um torcicolo e necessitar de mais sessões. Senti-me claustrofóbica, perguntei quantas pessoas estavam à minha frente e saí. Quando volto já há lugar. Uma mesa pequena, também na continuidade das cadeiras, tem algumas revistas. Escolho uma e ponho-me a folhear. É de viagens e tem boas fotografias e convites para passeios e férias. As revistas estão com bom aspecto mas alguma coisa estranha me chama a atenção. Demoro um pouco a perceber. Depois reparo nos preços, pois é, estão em escudos. Procuro a data da revista - 2001. Pego noutra e vejo que é da mesma idade. A mais recente era de 2003. Grandes relíquias!
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A sala de espera, assim como o atendimento pela funcionária que o acolhe, é o primeiro contacto do utente com o serviço. É desejável não esperar muito tempo na sala. Mas enquanto se está que se tenha uma sensação de estar a ser acolhido, como se a um porto seguro se tivesse chegado. Então sim, poderemos pensar, dormitar, tentar conhecer os colegas de espera, ler, ...
Será pedir muito?