domingo, 14 de fevereiro de 2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Poema - Sophia de Mello Breyner Andresen

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A CONQUISTA DE CACELA
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As praças-fortes foram conquistadas
Por seu poder e foram sitiadas
As cidades do mar pela riqueza
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Porém Cacela
Foi desejada só pela beleza

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

aconteceu...histórias com médicos

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Esta história passou-se há 30 anos no Serviço Médico à Periferia, com um colega meu, e é uma das mais engraçadas que conheço.
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Hoje é que o Sr. Dr. vem comigo às cerejas, disse uma doente velha e sempre muito insistente nos seus convites ao médico do seu posto.
A casa da senhora ficava a caminho do outro posto médico onde ele teria de ir trabalhar a seguir naquele dia. Convidá-lo era também ter boleia, coisa muito importante visto quase não haver transportes.
Mais uma vez aceitou levar a mulher e parou o carro a certa altura do caminho, quando ela lhe disse - é aqui!
No meio do campo, viam-se várias cerejeiras carregadinhas de frutos pequenos e vermelhos, um regalo para o olhar e um apetite para o paladar.
E, atendendo à idade e ao estado físico da mulher, o médico, armado com um saco que ela lhe estendeu, subiu ele mesmo para cima da árvore.
Eis que de repente ouvem-se uns tiros e logo o grito da mulher - fuja doutor, fuja, que vem aí o dono!
Com algum esforço, o médico lá conseguiu explicar a situação ao proprietário ...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Poema - valter hugo mãe

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o herberto helder tem duas
pernas e dois braços, e dois olhos,
tem nariz e boca e come, vive
numa casa, espreita pelas janelas,
por vezes sai à rua, sozinho ou
acompanhado, a falar, apanha
chuva, liga a televisão, sabe
onde fica a frança, lembra-se quando
era pequenino, inclusivé teve pai e mãe. é
impressionante o quanto um poeta
se pode assemelhar
às pessoas! a última vez que
falei com ele mandou-me um abraço.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Aconteceu hoje -3

Teremos sido nós, os Portugueses, que trouxemos o chá para a Europa depois de o ter provado no Japão, no século XVI.
Dizemos chá, como os japoneses, os tibetanos, os russos, os turcos, os árabes.
Já os nossos vizinhos espanhóis, franceses, ingleses, italianos e outros chamam-lhe qualquer coisa parecida com ti ou té.
Li que o simbolo oriental que indica esta planta, conforme as regiões pode ser lido por ti ou cha.
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Seja qual o nome que se lhe dá, ou o tipo de chá que se escolha, é uma bebida deliciosa, seja quente, em qualquer época do ano ou geladinho no verão.
Pessoalmente prefiro o preto, pesem as vantagens hoje apregoadas do verde, branco e vermelho, sem que há-ja no entanto estudos científicos que o comprovem.
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Sem que tenha sido combinado com alguma antecedência, hoje veio cá uma prima minha, da geração da minha Mãe, e à hora do lanche bebemos chá, coisa que faço todos os dias mesmo que esteja sòzinha.
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Depois de hesitar entre o Assam da Fauchon, o Montagne d´Or do Mariage Frères, o Darjeeling nº 37 da Kusmi, o Pekoe da Gorreana, acabei por optar pelo Prince of Wales da Twinings, uma vez que ela nunca tinha o tinha provado.
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Aberto o frigorífico e a despensa, dispus na mesa umas fatias de pão fresco, umas bolachas italianas fininhas e crocantes, boas para barrar, uns biscoitos, manteiga, 3 compotas diferentes caseiras e marmelada também feita cá em casa, e três variedades de queijos.
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A conversa fluiu entrecortada pelo bebericar, mastigar, saborear e comentar os vários paladares. Comparamos e trocamos receitas de doces.
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Acabado o lanche, ela comentou que se via mesmo que tenho costela transmontana, o que é verdade, por parte do avô materno.
E acrescentou, "se fosses só de Lisboa tinhas servido o chá com um bolo ou biscoitos".
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Achei graça à observação. Gosto da mistura regional que existe dentro de mim.