segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Frio nas casas, sol na rua, confinamento difícil

 306º dia do recomeço do blog

20h57 minutos, 9ºC em Lisboa

Hoje é 2a feira e desde 6af que não apanho ar de rua. Como a maioria dos portugueses e embora more num bom andar, embora já com 40 anos mas de boa construção, tenho frio. Janelas triplas, roupa dupla e algumas horas de aquecimento ligado, daqueles que por terem "pedras" ficam outras horas ou mais a deitar calor. 

Mas a grande maioria dos portugueses não tem estas condições habitacionais. Casas de construção fraca, ar que entra pelas janelas mal vedadas, e outras coisas que tornam as habitações confortáveis.

Na maior parte das casas faz mais frio do que na rua.

Sempre me meteu espécie como se consegue dormir com frio!

domingo, 17 de janeiro de 2021

O confinamento é para se cumprir! Pela saúde de todos nós.

 305º dia do recomeço do blog

Hoje peço emprestadas algumas palavras do blog "duas ou três coisas" a propósito do actual confinamento. Não conseguiria dizer melhor.

"Ontem, o anunciado confinamento claramente falhou.

Hoje, ao que consta, há imensa gente por aí a gozar o sol, “nas tintas” para a lei de exceção.

Quando um governo dramatiza uma situação - e bem, em função de uma tragédia coletiva cada vez mais evidente - e aquilo que esse governo determina não é cumprido, ao que parece por uma utilização abusiva das exceções que se pensava irem ser utilizadas com honestidade e bom senso, somos obrigados a concluir que estamos perante uma diluição perigosa da autoridade do Estado. 

Ao contrário do que se possa pensar, a democracia não concede aos cidadãos o direito individual de decidir sobre aquilo que devem cumprir, dentro daquilo que lhe é indicado como devendo ser cumprido. A lei não é “facultativa”. (...) "

Eu diria esta lei que diz respeito à saúde de todos nós. Numa altura em que os hospitais estão a romper pelas costuras e os médicos e outros profissionais de saúde, que têm dado tudo o que têm ao SNS, estão exaustos. Porque não teria havido 25 de Abril se as leis todas  tivessem sido cumpridas.

sábado, 16 de janeiro de 2021

Um dia de sol no confinamento levou muita gente esquecê-lo. Eu cumpro!

 304º dia do recomeço do blog

Confinada a ler ao sol. Em casa. 

Não pensava interessar-me tanto com o livro da Alice Caetano, Palco Sombrio. Passado na Guiné, durante a guerra colonial, acompanha-se uma companhia de militares pelas situações que foram vividas. O dia, as noites, emboscadas, perdas de vida, conversas entre os militares, a comunicação com os familiares, crenças e outras coisas. Presente sempre o capitão miliciano Carlos Nery Gomes de Araújo. 

Estou agora a chegar a  parte interessante e divertida, quando Nery resolve antes de se vir embora encenar uma peça de Ionesco, A Cantora Careca.  

Um texto, sobre a comunicação, que se insere no teatro do absurdo. É uma peça pequena, que vi encenada pelo Nery no 1º Acto de Algés, nos anos 60. Falam, mas a referência à cantora só aparece uma vez, pela boca de um bombeiro que perguntará se ela continua a usar o mesmo penteado. Só.

De facto falamos muito e nada dizemos, quantas vezes? 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Depois do barulho veio a música

 303º dia do recomeço do blog

Confinar num prédio com um andar em remodelação, onde um martelo pneumático trabalhou todo o dia, foi obra!

O som da televisão ou o do rádio não abafavam o do martelo.

O esforço de concentração na leitura foi maior. E não era trabalho mas há por cá muita gente em teletrabalho. Coitados, espero que tenham bons fones.

Finalmente às 19h pude ver e ouvir a transmissão do concerto que se realizou na Fundação Gulbenkian ontem. Orquestra e 4 solistas, cantaram áreas de ópera. Muito bom!

Esta é das minhas preferidas, aqui na voz da Maria Callas.

https://youtu.be/5oZi2fovnZQ?t=253


quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Para o meu confinamento

 303º dia do recomeço do blog

Amanhã começa o novo confinamento. Apesar de achar que será um flop com tantas excepções para o poder não o cumprir.

Preveni-me:

Para me despedir fui almoçar numa esplanada à beira Rio Tejo, com sol.

Na Fnac comprei três livros apesar de ter começado um outro há poucos dias.

Comprei pilhas e já substituí as dos comandos da televisão, da Meo e da aparelhagem de som.

E haverá quem lhe vai custar muito mais do que a mim!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

A revolta do elevador.

 302º dia do recomeço do blog

O prédio tem 8 andares e um só elevador. Todas as semanas vou ao 5º andar onde moram os meus netos.

Frequentemente o elevador estava avariado e eu tinha de subir as escadas a pé. Ultimamente isso deixou de acontecer.

O elevador tem escrito 4 pessoas, 300 kg.

Acontece que no último andar mora uma família de 3, pais e 1 filho, gordíssimos. E sempre que tentavam descer, nem sei como cabiam lá dentro, o elevador parava. Insistiram muito tempo. Terão sido confrontados com a situação e depois passaram a descer só os pais. O elevador continuava a avariar. Finalmente passou a descer um de cada vez.

O elevador deixou de se revoltar.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Hoje senti-me um animal exotérmico

 301º dia do recomeço do blog

Hoje será só um apontamento curioso.

Num dia em que os números de infectados e mortes por Covid-19 nunca foram tão altos, hoje fui a uma consulta.

À entrada uma senhora fardada pediu para me tirar a temperatura e toda contente por mim e se calhar por ela disse-me que podia passar que marcava 33ºC.

Fiquei a olhar para ela. 33ºC, pode passar.

Assim nunca encontraram ninguém com febre. E se dessem umas noções básicas a quem faz este serviço? Mais um faz-de-conta?