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CLARO-ESCURO - 1.
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Um dia vais pla rua como quem
já não deseja nada deste mundo:
olhas prò céu, reparas no inferno
e todas as pessoas são iguais,
inocentes obstáculos povoando
a memória indelével. Continuas,
atravessas o parque e de repente
encontras o regresso já perdido
no dia do juízo. Fica aqui,
coisa inútil que alguém deixou arder,
resto de prata acesa em mil estilhaços
e espera pelo último semáforo,
pla última canção perto da noite
até que o vento seja o teu destino.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Aconteceu...que há muito Portugal desconhecido
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Não sou frequentadora de centros comerciais.
Não sou frequentadora de centros comerciais.
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Hoje precisei de ir buscar um DVD a uma FNAC, que não a do Colombo, onde estava esgotado. O funcionário, coitado, disse-me o centro certo, mas eu confundi os nomes e os arredores de Lisboa, troquei o Allegro de Alfragide com o Dolce Vita Tejo que fica na Amadora.
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Foi uma trapalhada! Não conheço estas novas zonas, prédios altos e estradas de várias faixas. Perdi-me, andei às voltas, reconheci o engano do centro mas repeti as mesmas dificuldades para chegar ao outro.
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Lisboa está rodeada de novas cidades (serão ou só dormitórios?), vias rápidas, túneis, rotundas e trevos que não conheço.
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Mas para passear prefiro as cidades do interior ou do litoral.
terça-feira, 5 de julho de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Poema - Alexandre O ´Neill
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O ladrão não rima com pão.
O ladrão não rema.
Quem remava era a minha mão.
O ladrão não rima com pão.
O ladrão não rema.
Quem remava era a minha mão.
domingo, 3 de julho de 2011
Aconteceu...que não acredito em bruxas mas que las hay, las hay!
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Mais uma viagem de avião. Arrumar a mala, agarrar o livro que se está a ler, não, este é capaz de ser uma má companhia...começa a irracionalidade a germinar cá dentro, é que esse livro é sobre uma pessoa que morreu num desastre de avião, será boa ideia? Depois de uns momentos de luta interior, o pensamento mágico é afastado e é mesmo esse que vai.
No aeroporto mandam entrar para o autocarro que nos levará ao airbus. Lá dentro os minutos passam até que chegam indicações para saírem. Avaria técnica no avião assim o determina.
Novamente os pensamentos mágicos aparecem, querem lá ver...logo hoje que trago o livro.
Lá partimos mais tarde. À chegada ao destino o avião andou cerca de dez minutos a voar por cima da ilha, para norte para sul, acabando por aterrar sem dificuldade.
A volta foi numa 6ª feira, a cadeira era a número 13. Mais dois sinais de "infortúnio"!
No entanto aconteceu a coisa mais bonita que já pude viver nesta rota, o piloto depois de arrancar,depois de chamar a atenção, parece que diminuiu a velocidade, e com o avião inclinado sobre o lado esquerdo deu uma volta completa de 360º ao Pico da ilha do Pico, suficientemente perto dele para se distinguirem pormenores e por cima das nuvens que o escondiam de terra. Foi um espectáculo maravilhoso, emocionante, que acabou com uma enorme salva de palmas.
A irracionalidade acabou vencida!
Etiquetas:
irracionalidade,
sinais,
superstição
sábado, 2 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Aconteceu... pensamento de Bernardo Soares
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Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.
Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.
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