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.............................Foto - Magda
domingo, 19 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Aconteceu...a estética ou o gosto das massas
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Por vezes duvido se podemos ignorar certos fenómenos de massas. A minha estética, a minha doutrina é sempre melhor que a outra, pensamos todos e eu também. Tenho princípios que mantenho! Muitos dirão que sou uma snob. Ok, assim seja!
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Assim morando há perto de 60 anos na cidade de Lisboa, digo com algum orgulho, eventualmente completamente idiota, que nunca fui ao Cacém, como se isso me diferenciasse dos suburbanos. Também considero a música e os espectáculos que gosto os melhores.
Hoje liguei a RTP1. Vi a Avenida da Liberdade transformada em horta. Achei giríssimo!
Haverá alguém que se lembre aqui há uns anos de uma entrevista à porta de um ciclo preparatório, em que o jornalista perguntava aos alunos se já tinham visto campos de esparguete? Pois a grande maioria respondeu que não, que eram da cidade, raramente iam ao campo... Será que esta horta pode abrir horizontes às pessoas?
Até porque eu acredito que um dia próximo será feliz quem tiver um bocadinho de terra onde possa plantar umas batatitas...
Haverá alguém que se lembre aqui há uns anos de uma entrevista à porta de um ciclo preparatório, em que o jornalista perguntava aos alunos se já tinham visto campos de esparguete? Pois a grande maioria respondeu que não, que eram da cidade, raramente iam ao campo... Será que esta horta pode abrir horizontes às pessoas?
Até porque eu acredito que um dia próximo será feliz quem tiver um bocadinho de terra onde possa plantar umas batatitas...
Mas isto vinha a propósito do pai Carreira, o Tony. Talvez seja a primeira vez que assisti a uma parte do espectáculo, via RTP1, da sua actuação.O público ocupou toda a praça dos Restauradores e subiu pela avenida. Não me lembro de uma tão grande densidade de pessoas nos discursos actualmente no 25 de Abril ou outros dias importantes.
Milhares de pessoas, predominantemente mulheres, ouviam e cantavam música a música. Ouvi e não consigo gostar. Mas tantas gostam! Talvez não conheçam outros artistas que admiro, mas este muda vidas.
Ficamos por assim ou devemos fazer alguma coisa em termos da educação da estética? (novamente snobismo, arrogância e outras que tais?)
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estética,
estratégias,
gosto de massa,
publico
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Poema - Ana Hatherly
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AS IMPENSÁVEIS PORTAS DA ILUSÃO
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O que é que leva o meu barco
para esta praia
onde um poder esquivo
se contenta
com a ambígua oferta de palavras?
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Estamos aqui
no exíguo barco do desejo
exibido
na frágil singularidade do verbo
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Insatisfeitos sempre
aguardamos
que se abram
as impensáveis portas da ilusão
AS IMPENSÁVEIS PORTAS DA ILUSÃO
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O que é que leva o meu barco
para esta praia
onde um poder esquivo
se contenta
com a ambígua oferta de palavras?
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Estamos aqui
no exíguo barco do desejo
exibido
na frágil singularidade do verbo
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Insatisfeitos sempre
aguardamos
que se abram
as impensáveis portas da ilusão
quinta-feira, 16 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Poema - José António Almeida
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FLOR
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Algures por esses campos em volta
desta mesquinha vila da província
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deve haver ao menos uma flor.
Agora vou falar acerca dela:
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não é necessário ter muita fé
para saber que essa pequena planta
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existe, tem o caule débil, pétalas
de vermelho, mede poucos centímetros.
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É mais do que provável que no vento
ondule sob o sol cor de açafrão.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Aconteceu...Inês, um dois três, ou as semelhanças iludem
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Outro dia, outro local e ouço a mesma frase, Inês, um dois três!
Estava numa piscina e vejo uma miúda de uns 7 ou 8 anos dentro de água, as braçadeiras poisadas na borda e uma mãe a mandá-la sair. A Inês não ligou patavina à mãe, mantendo-se na sua.
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Não sei se a minha escrita consegue descrever a cena. A Inês não sabia nadar. Deixava-se ir ao fundo e dava impulsão com as pernas, vinha à superfície e repetia a ginástica. "Nadava" assim aos saltos de canguru. Só que cada vez se afastava mais da borda e assim ia ficando cada vez com menos pé. A cabeça vinha ao de cima mas já não completamente. Ora se aproximava da borda ora se afastava e perdia mais o pé, de forma perfeitamente aleatória. A continuar assim, tinha grandes riscos de se afogar.
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A mãe chamava-a, ela não obedecia. Até que a mãe agarrá-a por um braço, e zanga-se por ela ter tirado as braçadeiras. Ela teima que é assim que quer. Um braço de ferro instala-se entre as duas, a mãe obriga-a a sair da água, tentando puxá-la para fora. Nessa altura e percebendo que está a perder o round a Inês afirma que quer pôr as braçadeiras. Nessa altura a mãe foi firme, retirou-a da água. De castigo a Inês foi para casa e acabou dessa forma o dia de piscina.
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Imagino que este tipo de "guerra" da Inês com a mãe e eventualmente com outras pessoas é frequente. Nesta idade e fase do desenvolvimento, estamos perante uma situação mais complicada que a da criança de 2 anos. Estruturou-se um modo de funcionamento em que a criança não aceita a sua insuficiência infantil, não reconhece uma escala geracional, os pais como coordenadores dos filhos, os pais que sabem mais. Esta situação pode-se repetir na escola, com os professores e noutros meios. Mas muitas vezes é mais marcado na família nuclear. .
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E novamente reparo, Inês rima mesmo com um dois três.
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atitude acertiva,
omnipotência,
Oposição,
regras frustes,
relação pais/filhos
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Poema - David Mourão Ferreira
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PRAIA DO ESQUECIMENTO
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Fujo da sombra; cerro os olhos:não há nada.
A minha vida nem consente
rumor de gente
na praia desolada.
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Apenas decisão de esquecimento:
mas só neste momento eu a descubro
como a um fruto rubro
de que, sem já sabê-lo, me sustento.
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E do sol amarelo que há no céu
somente sei que me queimou a pele.
Juro: nem dei por ele
quando nasceu.
PRAIA DO ESQUECIMENTO
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Fujo da sombra; cerro os olhos:não há nada.
A minha vida nem consente
rumor de gente
na praia desolada.
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Apenas decisão de esquecimento:
mas só neste momento eu a descubro
como a um fruto rubro
de que, sem já sabê-lo, me sustento.
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E do sol amarelo que há no céu
somente sei que me queimou a pele.
Juro: nem dei por ele
quando nasceu.
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