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Faça férias cá dentro, diz o slogan. Em tempo de crise ou fica em casa ou vá para a terrinha, e se não tiver uma, escolha uma qualquer. E descanse.
Mas preparem-se, se escolher o interior centro-norte, arriscamo-nos a encontrar muitas casas com letreiros de vende-se, ruas vazias, praças e esplanadas vazias grande parte do dia, restaurantes fechados.
Há crise? Pois há, ninguém duvida. Os da terra dizem que nunca viram nada ssim, nem os imigrantes aos montes como é costume.
Mas quem tem negócio de comes e bebes pode dar-se ao luxo de folgar nos meses de verão, um ou mais dias? Ainda por cima em simultâneo com os outros restaurantes da terra? E será natural, tal qual refeitório de fábrica ou hospital, o horário ser rígido e estrito? Desculpe, já fechamos a cozinha...
Quanto a petiscos, ai Espanha, Espanha, porque não te copiamos, nós por cá as mais das vezes só nos servem uma sandocha.
Ou porque não imitar o Brasil, onde a qualquer hora se comem pasteis variados quentinhos, fritos à hora. Aqui, quando os há, são todos fritos de manhã (com raras excepções).
Petinga, jaquinzinhos, peixes do rio, todos em escabeche, quanto mais dias estivem de poisio mais saborosos ficam. E há muitos outros petiscos que duram dias e dias sem se estragar e poderiam esperar por ser servidos!
Para quando se criam condições para fazer férias cá dentro? A crise existe, todos sabemos, mas para chamar gente é preciso criar situações alternativas, ser criativo e servir bem.