257º dia do recomeço do blog
Terá sido na Índia a primeira vez que vi a artífices a trabalhar na rua. Associamos à pobreza ver uma máquina de costura no passeio com um homem a costurar, um sapateiro com os utensílios no passeio, sentado no chão. E outras profissões.
Em Marrocos, na praça Jemaa el-Fna de Marraquexe, vi de tudo, eventualmente menos organizado que na Índia. "Dentistas", barbeiros, intervenção não médica a doentes, nomeadamente mentais.
Hoje, caí num anúncio português do sapateiro expresso móvel, que tem o seu atelier não num vão esconso de um prédio como era habitual mas numa carrinha apetrechada e que pára em certas ruas conforme as marcações. Para além de arranjar sapatos e malas, faz chaves, matrículas de carros e outras coisas. Tem uma oficina como há nos centros comerciais mas móvel. Achei o máximo, uma evolução do trabalhador de rua e também a facilitar ao cliente uma vez que vai ao seu encontro. Pode ser contactado por telemóvel, redes sociais, e-mails. Já foi finalista de vários prémios pela ideia que desenvolveu e pôs em marcha.
Li também que tem contratos com hotéis e empresas.
Dei comigo a pensar que em 2020 só comprei ténis, sapatos que não precisam de sapateiro. Com o teletrabalho em que tanta gente está, o uso do sapato deve ter diminuído.
No Brasil este sistema já existe. Mas lá, a classe média vive em condomínio e acredito que tenham mais trabalho por aí. Os anúncios nas carrinhas são variados, seja sapateiro, hospital dos sapatos e outros
Por cá será mais um a sofrer com a crise?