segunda-feira, 16 de novembro de 2020

O futuro tem de ser diferente.

 

246º dia do recomeço do blog

Não deixa de ser curioso que no fim-de-semana de regras de confinamento maior, sem ninguém na rua depois das 13h e recolher obrigatório durante a noite até às 6h da madrugada eu só tenha posto "anedotas". 

Habituada a tentar compreender o que vai dentro de mim, embora possa parecer que não estou nervosa, a necessidade de pôr o aparelho que me impede de estar sempre a ranger os dentes, mesmo durante o dia, o adormecer muito tarde e acordar às 5-6 h da manhã, sem sono e não o ter nem para fazer uma sesta depois do almoço são sinais a ter em conta.

Acredito na gravidade de um vírus que sabemos agora que se transmite de pessoa para pessoa com uma força enorme. 

Ouvimos opiniões de um especialista, de outro e outro. Eles são intensivistas, virulogistas, de saúde pública, pneumologistas etc. Opiniões divergentes, acusatórias, números e mais números, de mortos, infectados, internados etc. Mais os que nada sabem e também poluem com opiniões.

Se no início desta pandemia eu ouvia e tentava compreender os relatórios técnicos diários, actualmente quase evito fazê-lo. Não, não é enfiar a cabeça na areia mas diminuir a minha ansiedade. As opiniões são diferentes porque muitas vezes têm alvos diferentes.

Hoje ouvi uma mesa redonda com um professor de saúde pública. O que falou são coisas básicas da organização da saúde pública, sim, ok mas agora? Agora estamos num período de doença aguda!

Li hoje um artigo interessante que saiu no jornal Público de um grande senhor da saúde pública, Constantino SaKellarides. Cito e termino por hoje " Por isso, este é também o tempo de, independentemente dos nossos posicionamentos políticos e de juízos mais ou menos informados sobre o que correu melhor ou pior no passado, dar força e alento aos que nos governam, valorizando com apreço o seu enorme esforço e determinação em servir o país em condições de dificuldade extrema."