sexta-feira, 15 de maio de 2020



63º dia de isolamento social (COVID-19)



Só mais uma vez sobre o problema da miúda assassinada pelo pai e depois não digo mais nada.

Está tudo muito preocupado de quem vai ficar a tomar conta das 3 crianças sobrantes, 1 filho da madrasta e duas filhas do casal, uma com menos de 2 anos e outra de 4 anos.
O que não ouvi ainda falar é de como vão ficar estas crianças com esta história traumática na sua vida.

Mesmo a mais novinha! 
Todos terão ouvido barulhos, tareias, gritos e mesmo agressões que também havia entre o casal.

A do meio certamente também viu e ouviu muitas coisas.
O mais velho ouviu as agressões na casa de banho, e foi ele que notou que a miúda, deitada num sofá não reagia às suas palavras e quando a viu a espumar, foi ainda ele que telefonou à mãe a avisar. 

Estas crianças têm de ser acompanhadas psicologicamente. Têm de ser ajudadas a elaborar este traumatismo. E esse apoio psicológico deveria ser durante anos, que estas crianças nas tarefas que a adolescência vão ter novamente esta situação para "trabalhar", reorganizar.

Sim, que saber que o pai e a mãe foram assassinos,  frios e sem arrependimento na altura, como se pode pensar nisso?
Esperemos que os técnicos não queiram fazer já uma reparação da imagem dos pais, têm direito a ficar zangados.

E acabei por aqui este assunto.