domingo, 27 de dezembro de 2009

poema - Carlos Drummond de Andrade

.
QUALQUER TEMPO
.
Qualquer tempo é tempo.
A hora mesma da morte
é hora de nascer.

Nenhum tempo é tempo
bastante para a ciência
de ver, rever.

Tempo, contratempo
anulam-se, mas o sonho
resta, de viver.

Carlos Drummond de Andrade

1 comentário:

  1. Por vezes estranho-me e encontro-me na tentativa do desembaraçar as teias que me prendem. Do labirinto do Minotauro estou quase de saída. Pelo ar hei-de subir.
    Apenas hoje li o poema do carlos Drummond de Andrade. Obrigada passados já quase 4 meses.
    Sim, o sonho salva-nos, como a criação e o espaço.

    ResponderEliminar

Convido a comentar quando lhe apetecer.