267º dia do recomeço do blog
Ontem passou na televisão o filme "O Labirinto da Saudade", sobre a obra e pessoa de Eduardo Lourenço falecido esta semana, conforme aqui disse a 2 de Dezembro.
Nunca tinha visto o filme que achei muito interessante. Várias pessoas da cultura portuguesa com excepção do Gregório Dudivir (brasileiro) falam com ele e perguntam-lhe alguma coisa sobre a qual ele discorre o seu pensamento. Ele vai andando pelas salas de um edifício lindo, como se andasse pelo seu pensamento multifacetado ou as salas da vida, onde em cada uma está uma dessas pessoas. É bonito o filme, na imagem e música e pelo discurso dele.
Um dos que lhe perguntam a opinião é Siza Vieira, sempre de cigarro na boca, sobre a morte, o que será. E deu a sua própria opinião, ele que fazia obras de arquitectura, tem filhos, a vida terá uma continuidade que fica. Ao que ele retorquiu que Hiroxima em poucos minutos foi destruída, já ninguém sabe quem tinha construído mas todos sabem quem a destruiu. De facto neste exemplo é verdade mas não será uma resposta um pouco agressiva, ou destrutiva? Ou para nos pôr a pensar? Não é por acaso que a fixei.
É um filme de 2018. E hoje quis de revê-lo. Porque...imaginem que ouvi falar na Covid, o que me pareceu impossível porque ainda não existia nessa altura. Daí que hoje fui revê-lo. Claro que ninguém falou, a minha cabeça é que está covitada!