sexta-feira, 14 de agosto de 2020



154º dia de recomeço do blog

Agosto 
Em criança com os meus Pais fazia sempre férias neste mês. Teria certamente a ver com o trabalho da minha Mãe, em que no consultório e como médica escolar era o mês mais morto, como se dizia. Para além da praia, termas e viagens ao estrangeiro o mês passava.
Depois, já maior e autónoma na minha adolescência, eram 3 meses em Sesimbra e os meus pais vinham trabalhar a Lisboa e voltavam à noite. Mantinham-se algumas viagens que não me davam muito prazer pelo calor e a peregrinação cultural que as regiam.
Casada e com filhos alugávamos casa em Setembro. Os dias eram mais curtos mas menos quentes no Sotavento Algarvio. Agosto era passado a trabalhar, com muito menos utentes a recorrerem ao serviço onde trabalhava. E era tão bom o trabalho mais ligeiro e depois passear por Lisboa!
Nos últimos anos e já aposentada, faço férias quando quero, considerando que isso é ter um programa diferente do habitual.
Há 3 anos estive a trabalhar numa oficina de joalharia no Chiado, Lisboa. Todos os dias apanhava o metro e saía junto à Brasileira. Quase nem se podia andar, tantos os turistas. Muito barulho, vários artistas de rua, alguns espantosos distanciados pelas esquinas. Abafado de calor e gente.
Actualmente fico em Lisboa. A casa que herdei em Vilamoura é usada pelos meus filhos que são obrigados a gozar as férias nesta altura. Meio mês para cada um.
Passear por Lisboa, agora, é esquisito. Quase tudo vazio, os poucos que se encontram estão de máscara e são maioritariamente portugueses. 
Mês morto! Até quando?