segunda-feira, 1 de junho de 2020



81º dia de isolamento social (COVID-19)

Desconfinada mas isolada



Locutores, animadores, gente conhecida da televisão, passam na RTP a dizer que quando isto acabar vão a correr abraçar a família, comer percebes, ou ainda encher a casa de amigos... Deve ser para animar a malta mas discordo. Não sei quando iremos abraçar alguém, dar beijinhos e juntar muita gente em casa. Acredito que vamos manter regras de distanciamento muito mais tempo.
Não seria muito mais útil se fizessem demonstrações do que fazer ou não com as máscaras?

Hoje na praça havia sardinhas. A pesca começou ontem. Brilhantes, curvadas de fresco mas pequenas e para o magro.

Havia algumas pessoas a comprar, caixas de esferovite cheias. Seria para um grupo de amigos ou para algum tasco? Não entrei no mercado, só vi pelas portas abertas e nem a que preço estavam a ser vendidas.

Eu estava à porta da venda do pão, mesmo ao lado do mercado. Um casal estava a seguir a mim na pequena fila, todos de máscara tal como a padeira. Falavam na broa. Se ali haveria, e a mulher disse ao homem para ir comprar o pimento. Pelos vistos já tinham sardinhas.

Já aviada de pão alentejano, segui o meu caminho. Tal como a maioria de pessoas com a máscara posta.

Mais à frente, a sair do mercado dos legumes estava o homem, o tal marido que tinha ido fazer o recado. Numa mão um saco de plástico e com a outra... levantou a máscara e espirrou para o ar.

Fiquei sem palavras!