sábado, 27 de junho de 2020



106º dia de recomeço do blog



Um engano num cruzamento de estradas pode acontecer. Mas a situação que este veio a criar foi estranha.

Numa zona de plantações de laranjas é costume haver produtores a venderem-nas em bancas à porta de casa.Costumamos repetir as mesmas quando saímos contentes com as compras.

Descobri uma vez que em duas estradas diferentes havia uma banca do mesmo homem inesquecível pelas suas características físicas, enorme em altura e largura, patologicamente disforme.

O engano levou-me àquela que vou menos vezes.
Paro o carro e um homem que desconheço aproxima-se. Cumprimento e pergunto-lhe se não é ali que costuma estar um homem forte, ele depois de um silêncio diz-me que essa pessoa até é meu filho mas não tem nada a ver comigo. Nesta casa não existe. Aliás para mim é como se não existisse.

Fico atrapalhada. Uma zanga enorme devia estar ali. Mas incomodada não perguntei mais nada.
Nem comprei nada que não gostei dos produtos...ou foi pela forma despudorada como falou do filho, a mim uma desconhecida?
E quando me dirijo para o carro ele ainda disse, ai vai comprar lá, olhe que a banca a seguir é doutro filho, esse todo meu.

Procurei a outra estrada e a banca que eu queria. Laranjas com muito bom aspecto, comprei uns sacos.

Quase 300 kms pela frente deu para pensar o acontecido. 
Também se terá zangado com a mulher?


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