domingo, 16 de janeiro de 2011

Poema - Alberto de Lacerda

.
Inventaste-me
.
Uma vez mais
Deixei-me ser inventado
.
Só os teus lábios
Verdadeiramente suspensos
Dos meus
Me restituiriam
A quem eu fui
Antes do labirinto ardente de palavras
Onde me inventas
E onde me abandonas consecutivamente
Coberto de sangue
Sem dares por isso.

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