Olha-me bem nos olhos,
E diz-me se acreditas
Que eu possa alguma vez
Já não gostar de folhas secas,
Das velas remendadas das fragatas,
Do Sol, do Céu, de búzios, das estrelas,
Do mar batendo a areia,
Do voo das gaivotas,
Duns olhos que se dão numa promessa,
Das lágrimas, do riso, da alegria
Da Nona Sinfonia,
Do calor que uma mão consegue dar
A outra mão, sem mesmo lhe tocar,
Dos girassóis que Van Gohg pintou...
.
Olha-me bem nos olhos,
E diz-me que acreditas
Que até a morte vir,
Eu hei-de amar as coisas que tu amas
E nelas sempre te encontrar a ti.
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