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BIOGRAFIA (CURTÍSSIMA)
Ah, quando eu escrevia
de beijos que não tinha
e cebolas em quase perfeição!
Os beijos que eu não tinha:
subentendidos, debaixo
das cebolas
(mas hoje penso
que se não fossem
os beijos que eu não tinha,
não havia poema)
Depois, quando os já tinha,
de vez em quando
cumpria uma cebola:
pérola rara, diamante
em sangue e riso,
desentendido de razão
Agora, sem contar:
beijo ou cebolas?
O que eu não tenho
(ou tudo): diário
surdo e cego:
vestidos por tirar,
camadas por cumprir:
e mais:
imperfeição
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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