sábado, 3 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Poema - Alexandre O ´Neill
CHAVAL
Entre o Bem e o Mal
cresce a borbulha na cara do chaval.
O chaval ainda não sabe
que a barba,bem ou mal
feita, é uma banalidade matinal.
Entre o Bem e o Mal
cresce a borbulha na cara do chaval.
O chaval ainda não sabe
que a barba,bem ou mal
feita, é uma banalidade matinal.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Aconteceu...que hoje esteve um dia muito bom para estar de folga
Um psiquiatra americano fez uma investigação interessante, na segunda metade do século XX. Formulou como hipótese a provar que certas doenças mentais, nomeadamente a psicose, eram potêncialmente "contagiosas".
Numa casa residência de doentes mentais portadores de psicose, vários técnicos foram viver para lá, isolados do exterior durante um certo tempo.
Com regularidade iam fazendo relatórios-relatos da vida da casa. Os primeiros eram cheios de observações de comportamentos bizarros e descrições compatíveis com o esperado. Mas, e isso é o curioso, conforme o tempo ia passando, as observações relatadas eram cada vez com menos observações de coisas estranhas e quase tudo era vivido como uma terna "normalidade".
De certa maneira a hipótese foi provada. No fundo já se "sabia", que a psicose não só é invasora do próprio, como invade quem com ela convive sem outros modelos. Não que se fique com a doença, mas com uma adaptação a outras formas de funcionamento em deterimento do mais habitual.
De certa maneira a hipótese foi provada. No fundo já se "sabia", que a psicose não só é invasora do próprio, como invade quem com ela convive sem outros modelos. Não que se fique com a doença, mas com uma adaptação a outras formas de funcionamento em deterimento do mais habitual.
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Talvez por isso dizia-se e se calhar ainda há quem pense que os psiquiatras são todos um bocado passados. O ditado aligeira e diz que de médico e de louco todos temos um pouco.
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Talvez por isso dizia-se e se calhar ainda há quem pense que os psiquiatras são todos um bocado passados. O ditado aligeira e diz que de médico e de louco todos temos um pouco.
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Não trabalhando só com psicóticos, longe disse felizmente para todos, nos serviços pedopsiquiatria trabalhamos todo o dia com pessoas que nos procuram com os problemas dos seus filhos, de crianças sem pais , as suas dificuldades, angústias, seus comportamentos desajustados.
Ouvimos, falamos, relacionamos para procurar entender, ajudar o outro a perceber as suas dificuldades e a intervir conforme as necessidades e as possibilidades.
Certos dias trazemos na cabeça, ou no coração, as frases, o sofrimento que é vivido junto de nós. Acrescido de nem sempre temos os recursos necessários e necessitamos de, caso a caso, "inventar" soluções.
Certos dias trazemos na cabeça, ou no coração, as frases, o sofrimento que é vivido junto de nós. Acrescido de nem sempre temos os recursos necessários e necessitamos de, caso a caso, "inventar" soluções.
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Hoje tive um dia de descanso, que me soube muito bem. Foi o recarregar a bateria para amanhã continuar.
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quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Aconteceu...que detesto vento
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"(...) Há um vento impetuosamente solto na noite da minha vida(...)"
"(...) Há um vento impetuosamente solto na noite da minha vida(...)"
Ruy Belo
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Ouço nos noticiários que este vai ser o Verão mais quente dos últimos anos.
Não o tenho sentido. Aqui em Lisboa, um vento permanente e desagradável, empurra não sei para onde o calor.
Não o tenho sentido. Aqui em Lisboa, um vento permanente e desagradável, empurra não sei para onde o calor.
Será a crise, o vento ou ambos que fazem com que as esplanadas antigamente cheias estejam agora vazias?
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Nunca gostei de vento. Como se imaginasse que se com força raspasse o meu corpo me levasse partes salientes, quem sabe se as orelhas. E ficando os orifícios bem à vista entrasse dentro de mim e pudesse, com as ondas que provocaria, baralhar o meu interior.
Mas se ficar um verão com muito calor, com as temperaturas mais altas dos últimos anos, vejo-me a gritar pela sua filha, Ó Aragem, vem cá!
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