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CÉU
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A criança olha
Para o céu azul.
Levanta a mãozinha,
Quer tocar o céu.
Não sente a criança
Que o céu é ilusão:
Crê que o não alcança,
Quando o tem na mão.
Manuel Bandeira
domingo, 24 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
aconteceu estar a ler - 3
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Ainda a propósito do 2666
Sacrofobia, gerirofobia, clautofobia, agorofobia, necrofobia, hematofobia, pecatofobia, clinofobia, tricofobia, verbofobia, vestiofobia, iatrofobia, ginefobia, ombrofobia, talassofobia, antofobia, dendrofobia, optofobia, pedifobia, balistofobia, tropofobia, agirofobia, cromofobia, nictofobia, ergofobia, decidofobia, antropofobia, astrofobia, pantofobia, fobofobia.
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Durante duas páginas e picos uma psiquiatra e um polícia que têm um caso, num dos encontros têm uma conversa em que enumeram e definem estas fobias todas que estão ali transcritas. Está bem, há gostos para tudo embora às vezes seja difícil de os entender.
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Continuo a ler este "tijolo" de 1000 páginas.
Aumenta a minha curiosidade sobre o porquê do sucesso do livro. Irei perceber?
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Poema - Maria do Rosário Pedreira
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Que é das palavras? Como chamar
por quem as esconde se, sem elas,
nem o silêncio tem nome?
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Aconteceu...a propósito de uma notícia - 4
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O que não se faz em nome da "ciência"!
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Ouço na RTP1 que uma criança, cujos pais andam em conflito pela sua guarda, é retirada pelo juíz da casa da mãe e internada num lar, com afastamento quase total do seu meio habitual.
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Não sei os contornos da situação, mas ouço 2 pedopsiquiatras e 2 psicólogos (um deles com formação em medicina legal), advogados, todos mais ou menos de acordo quanto ao disparate da medida tomada pelo juíz.
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A institucionalização de uma criança é a mais grave medida que se pode defender, e sempre depois de todas as outras se terem mostrado inválidas. E parece não haver dúvidas que não é defensável para este caso.
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O que um juíz, de 30 anos de idade fez, certamente sem apoio de uma opinião técnica, ninguém consegue compreender e todos acreditam que não só não será bom como será muito mau para a criança.
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SAP, Sindrome de Aleanação Parental, descrito nos anos 80 por Gardner, só é sindrome no nome (não é uma doença) e está na moda. Na boca de todos, desde os jornalistas, pais, psicólogos, advogados e alguns médicos.
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Uma criança filha de pais separados recusa ir ao pai? É um SAP!
Sem nenhuma dúvida para alguns, que papagueiam sem pensar. Mas não há só branco e preto, há muitas outras nuances que é preciso ter em conta.
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Gardner na altura defendeu que a criança nesta situação deveria ser retirada ao progenitor aleanador "conforme o grau" da situação. Não foi comprovada a vantagem desta medida.
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Alguns anos mais tarde Gardner suicidou-se. Remorso insuportável?
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técnicos de saúde mental
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Poema - Gonçalo M. Tavares
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Não é um roubo retirares da paisagem
uma andorinha ou uma cadeira, mas não é simpático.
Daí a considerares o que digo um convite à imobilidade,
parece-me exagero.
Move-te, sim, mas acrescentando
coisas e assuntos à paisagem onde entras. Eis só.
Gonçalo M. Tavares
CONSELHOS INÚTEIS
Não é um roubo retirares da paisagem
uma andorinha ou uma cadeira, mas não é simpático.
Daí a considerares o que digo um convite à imobilidade,
parece-me exagero.
Move-te, sim, mas acrescentando
coisas e assuntos à paisagem onde entras. Eis só.
Gonçalo M. Tavares
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Aconteceu em viagem - 6 - Sicília
Um dos quartos do Hotel Art.
Contemplar pela janela para fora do quarto. Fora de nós? Que fazer com a projecção?
E para dentro de nós, onde nos sentamos, como encostarmos as costas? não ficaremos desamparados?
Mas estéticamente é de facto muito bonito!
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